Ponto
de vista de cima do obelisco que demarca a divisão dos hemisférios - Cidade San
Antônio de Pichincha. Fotografia: Fabrizio Albuja (2010)
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Fabrizio Albuja
O
Equador é um país às margens do Oceano Pacífico na América do Sul que possui
este nome por ter a demarcação geográfica da linha que divide o hemisfério
norte do hemisfério sul. Com cerca de 14 milhões de habitantes e um
território muito inferior e extensão à grande maioria dos estados brasileiros,
tem se tornado uma dor de cabeça para a governança norte-americana.
Tudo começa no período da Segunda Guerra
Mundial, com os conflitos entre os Aliados e o Eixo. O Equador é um país que
fez parte do Império Inca e com a desculpa dessa herança histórica, o Peru aproveita essa confusão mundial para invadir a soberania do país.
Em 29 de janeiro de 1942, na cidade
maravilhosa, em reunião das nações que iriam discutir questões relacionas à
guerra, firma-se um acordo de paz entre Equador e Perú chamado Protocolo do Rio
de Janeiro que praticamente retirou toda a área a amazônica pertencente
originalmente ao país da equatorial.
Em agosto de 1979, surge no Equador um
presidente que poderia ter sido o “Chaves” que deu certo. Jaime Roldós
Aguilera, intelectual de ideologia realmente socialista, pronunciou um discurso
histórico em duas línguas: Espanhol e Quechua.
Considerando que grande parte da população
equatoriana ainda mantém as tradições indígenas das várias tribos que faziam
parte do grande estado Inca, discursar no dialeto-mater se torna uma jogada de
marketing político fortíssima do conceito nacionalista.
Essa proposta se alia ao pensamento
soviético, motivo pelo qual há teorias conspiratórias que indicam que o
assassinato do Presidente Roldós, em 1981, fora planejado e executado pelo
serviço secreto norte americano.
Mas por qual motivo ele seria o “Chaves”
que poderia ter dado certo? Simples, ele não era de origem militar, foi
eleito democraticamente, tinha grande conhecimento e competência diplomática e
o maior medo dos Estados Unidos, o poder da comunicação.
E qual o interesse que o Equador teria em
dar asilo político aos “inimigos” dos Estados Unidos como Edward Snowden e
Julian Assange? A resposta está justamente na proteção da soberania.
O Equador é um país com o certificado de
zona livre de analfabetismo declarado pela Unesco, com uma das maiores
diversidades de fauna nas Ilhas Galápagos , autossuficiente no que se refere a
combustíveis e civilidade da população de dar inveja em muitos países,
inclusive ao Brasil. Assim, aderem a uma nova geração de nações, a população
pensante.
Como já dizia Platão: “pensar é perigoso”.
Perigoso para a terra do Tio Sam.
Fabrizio Albuja é
Jornalista e Professor Universitário.
Um comentário:
O Equador é menos que uma cidade de São Paulo. O Chile dá de dez a zero naquele País. Nem por isso está prosa. O Equador só está virando notícia, por causa desses dois asilos políticos. No mais, não é nada. População pensante? De onde esse professor tirou isso? O Tio Sam está com meda do Equador? Ora, será que esse monte de índios é mais perigoso do que o Iraque? Do que o Afeganistão? KKKKKKKKK Vai estudar mais um pouquinho! O senhor é professor do que mesmo?
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