Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos I. S. Azambuja
A revolução precisa ser distinguida
da rebelião. A revolução significa a orientação para um objetivo, enquanto a
rebelião refere-se a um determinado comportamento A revolução sempre tenta
alcançar seu objetivo por meio de uma rebelião, mas também existem revoluções
sem rebeliões – revoluções “silenciosas’ – e, ainda, revoluções sem objetivos revolucionários. Dentre
estas, devemos incluir, particularmente, as rebeliões nacionais, rebeliões
dirigidas exclusivamente, ou primariamente, contra um repressor estrangeiro, às
vezes, contra um agressor, às vezes contra um ocupante. Às vezes, contra a
potência estrangeira que anexara ou tomara posse do território em que a
rebelião eclode.
A revolução tanto quanto a rebelião
podem levar à guerra civil. Para a revolução, a guerra civil é um meio é um
meio de alcançar o seu objetivo para a rebelião, o resultado natural, se a
potência contra a qual a rebelião se dirige ou se defende. Tal como a rebelião,
a sua continuação sob a forma de guerra civil pode servir a diferentes
finalidades, tanto revolucionárias, quanto nacionais. Como Hartmurt Schumann
sustenta com correção, a intenção da guerra civil pode ser a mudança do sistema
político enquanto se mantém o território do Estado e o seu sistema político.
Mais que isso, a intenção pode ser a separação de parte ou partes do território
do Estado, com o objetivo de alcançar a independência. Finalmente, pode ser a
separação de parte ou partes do Estado, em vistas a alcançar uma anexação a uma
ou mais terceiras forças. A primeira das citadas intenções combina-se com
freqüência com qualquer das outras duas na guerra civil sob forja de
indissolúvel unidade.
Do ponto de vista da lei interna, a
rebelião tanto quanto a guerra constituem crimes e violações da lei. Se uma
rebelião não é bem sucedida ou se os rebeldes de uma guerra civil são
derrotados, julgamento e sentença de acordo com as leis existentes, aguardam os
derrotados Se a rebelião é um sucesso ou se os rebeldes da uma guerra civil são
derrotados, julgamento e sentença d conformidade com as leis existentes,
aguardam os derrotados. Se a rebelião é um sucesso ou se os rebeldes da guerra
civil, são vitoriosos, o êxito justifica a façanha.
O risco de empreender uma rebelião ou
uma guerra civil situa-se nas conseqüências legais de um fracasso. Por analogia
com a noção do “ato d guerra com risco, poder-se-ia falar de um “ato político
com risco. O risco de ua rebelião e de uma subseqüente guerra civil –
independente de ela começar ou não como movimento revolucionário ou nacional –
é um tanto maior quanto mais nítida se configura a legitimidade que ela viola.
Os que se envolvem em uma rebelião devem sempre buscar solapar a crença na
legitimidade do adversário.
Um crime cometido numa guerra civil
deve ser distinguido da guerra civil, entendida, ela própria como crime. O
crime pode, como se mostrará adiante, tornar-se um meio de guerra irregular e,
do mesmo modo, também um meio da guerra civil, conduzida como guerra irregular.
Em situações concretas não se trata apenas de traçar uma linha entre uma
justificada “façanha por questão de convicção – senão legalmente, pelo menos
moralmente – é um ato criminal moralmente repreensível. “Nada é mais difícil do
que definir o crime político”, diz-se. O rebelde acredita em
O que quer que faça, voltado para o
objetivo que quer alcançar, seu adversário estará por outro lado, sempre,
inclinado a encarar o crime cometido no calor do combate como uma prova a mais
do caráter criminoso dos objetivos da rebelião.
A guerra civil consiste no emprego
lato em violência fixa em que normas consuetudinárias e contratadas da lei
internacional são válidas. Trata-se, essa maneira, do emprego da violência sem
normas que a regulem, posto que a instituições legais internas não reconhecem a
possibilidade legal do emprego da violência. A guerra civil cria as suas
próprias regras. Ela pode se desdobrar em forma de guerra convencional. Aí
haverá exércitos da guerra civil em cujo âmbito “combatentes” dos dois lados se
confrontarão, como se estivessem conduzindo a guerra no contexto da
lei internacional – normas que limitam o emprego da violência a certas pessoas
e determinados instrumentos -, nesse caso a guerra civil assume a forma de
guerra irregular
A guerra civil normalmente começa com
uma violenta rebelião por uma parte das Forças Armadas sem que haja uma
participação ativa da população ou uma rebelião por parte da população, sem o
envolvimento do lado militar. No primeiro caso, tropas combatem tropas,
soldados a soldados. A guerra irregular só se configura quando a populaçao
civil – aqui não incluída a organização militar- inclina-se a favor ou contra a
parte rebelada da força armada. Por outro lado, no caso de uma revolta popular,
o governo contra o qual o movimento se dirigir, tentará reprimí-lo com o apoio
das forças armadas. Já na primeira metade do século XX, a rebelião civil tinha
uma certa chance de ser vitoriosa em tais conflitos violentos com o governo.
O combate er conduzido quase que
exclusivamente com armas portáteis. Era possível aos rebeldes a aquisição de
armamento mais ou menos equivalente ao empregado pelas tropas do governo,
tivessem os insurretos se apossado de tais armas e as mantido escondidas até a
irrupçao da rebelião ou mesmo como resultado de pihagem, ataques a armazéns e
depósitos na primeira fase da rebelião. O manuseio de tais armas era simples e
era possível treinar com elas, se necessário, pouco tempo antes da rebelião, em
algum porão recôndito.
Desde a metade do Século XX que os
insurretos já não dispõem dessa perspectiva de combate franco contra as Forças
Armadas. As tropas já não se engajam, como antes, com armamento portátil. Tomar
um número considerável de blindados ou aeronaves é simplesmente impossível a
rebeldes com que uma parte considerável das forças Armadas não faça causa
comum; tanto como utilizar essa material caso os insurretos, de alguma forma,
conseguissem obtê-los.
Em razão da superioridade das Forças
Armadas – que não pode ser contrabalançada – em relação aos rebeldes, que não
possuem grandes unidades do eu lado, tais insurretos, hoje, malgrado toda
coragem e determinação de ser sacrificarem, já não têm possibilidades de êxito
no combate franco. A única maneira de chegar à vitória que se oferece em tal
caso, é a guerra irregular.
_______________________________
_______________________________
O texto acima é um dos capítulos do
livro “A Guerra Irregular Moderna”, de autoria de Friedrich August Von Der
Heydte, editado em 1990 pela BIBLIEX.
A Guerra Irregular, segundo o autor,
vem substituindo, gradativamente, a guerra convencional, porquanto não se
prende às leis e às normas internacionais já estabelecidas. Em sua advertência,
o autor cita as diferentes formas de atuação desse tipo de guerra, que já se
fez presente, inclusive na América Latina.
4 comentários:
Jair Bolsonaro alerta sobre grave risco de confronto armado no Brasil e repercute na web; veja
Folha Política - 26/10/2016
https://www.youtube.com/watch?v=qjbwld0oH9A
.
acp
Nunca existiu o falso decalogo do genocida.
Nada a ver com quê fazer:
http://www.tau.ac.il/~russia/cvs/Faculty/Halfin/chp4.doc
Trata-se de um texto sobre bolcheviques e psique.
Links mortos:
http://www.historia.uff.br/grad_discipl_hist_contemp1.php
https://www.marxists.org/espanol/lenin/1900s/quehacer/
Fácil é ver que fazer e estágio são diferentes textos, e não um só com dois títulos. Nada do falso decalogo neles consta. Leiam-se seus sumários.
quê fazer:
Contents
• Preface
I. Dogmatism And “Freedom of Criticism”
II. The Spontaneity of the Masses and the Consciousness of the Social-Democrats
III. Trade-Unionist Politics And Social-Democratic Politics
IV. The Primitiveness of the Economists and the Organization of the Revolutionaries
V. The “Plan” For an All-Russia Political Newspaper
• Conclusion
• Appendix: The Attempt to Unite Iskra With Rabocheye Dyelo
• Correction to What Is To Be Done?
https://www.marxists.org/archive/lenin/works/1901/witbd/index.htm
https://www.marxists.org/espanol/lenin/obras/1900s/quehacer/index.htm
https://www.marxists.org/espanol/lenin/obras/1900s/quehacer/que_hacer.pdf
https://www.marxists.org/francais/lenin/works/1902/02/19020200.htm
https://www.marxists.org/italiano/lenin/1902/3-chefare/cf-index.htm
https://www.marxists.org/portugues/lenin/1902/quefazer/index.htm
estágio:
Contents
PREFACE 187
PREFACE TO THE FRENCH AND GERMAN EDITIONS 189
I. CONCENTRATION OF PRODUCTION AND MONOPOLIES 196
II. BANKS AND THEIR NEW ROLE 210
III. FINANCE CAPITAL AND THE FINANCIAL OLIGARCHY 226
IV. EXPORT OF CAPITAL 240
V. DIVISION OF THE WORLD AMONG CAPITALIST ASSOCIATIONS 246
VI. DIVISION OF THE WORLD AMONG THE GREAT POWERS 254
VII. IMPERIALISM AS A SPECIAL STAGE OF CAPITALISM 265
VIII. PARASITISM AND DECAY OF CAPITALISM 276
IX. CRITIQUE OF IMPERIALISM 285
X. THE PLACE OF IMPERIALISM IN HISTORY 298
https://www.marxists.org/archive/lenin/works/1916/imp-hsc/index.htm
http://www.marx2mao.com/M2M(SP)/Lenin(SP)/IMP16s.html
https://www.marxists.org/francais/lenin/works/1916/vlimperi/vlimp.htm
https://www.marxists.org/italiano/lenin/1916/imperialismo/index.htm
https://www.marxists.org/portugues/lenin/1916/imperialismo/index.htm
Isto igualmente nada do falso decalogo trata:
http://verdademundial.com.br/2013/10/a-verdadeira-historia-sovietica-documentario/
https://www.youtube.com/watch?v=79HC57EagRQ
Isto igualmente nada do falso decalogo trata:
http://resistir.info/mreview/editorial_mr_jan04.html
http://www.monthlyreview.org/nfte0104.htm
acp
.
.
acp
Falso! Inexiste tal decálogo!
Nunca houve catalogação de donos de armas. Os comunas distribuíram armas às mancheias ao povo nas revoluções. Depois, tiveram de pedir que as devolvessem, pois não sabiam quem as tinha!
Ao tempo dos bolcheviques inexistiam meios de comunicação de massa, nada de rádio ou tv.
lenin era um conservador em termos sexuais.
Nunca trataram de democracia.
Nunca desmereceram a Rússia
Greves realizaram.
Eram subversivos, não podiam evitar que os czaristas contivessem a subversão, as greves, as bagunças.
Não se puseram contra a moral. Não derrubaram a honestidade. Inexistia votação de interesse dos comunas.
acp
.
.
.
.
acp
Nunca existiu o falso decalogo do genocida.
Nada a ver com quê fazer:
http://www.tau.ac.il/~russia/cvs/Faculty/Halfin/chp4.doc
Trata-se de um texto sobre bolcheviques e psique.
Links mortos:
http://www.historia.uff.br/grad_discipl_hist_contemp1.php
https://www.marxists.org/espanol/lenin/1900s/quehacer/
Fácil é ver que fazer e estágio são diferentes textos, e não um só com dois títulos. Nada do falso decalogo neles consta. Leiam-se seus sumários.
quê fazer:
Contents
• Preface
I. Dogmatism And “Freedom of Criticism”
II. The Spontaneity of the Masses and the Consciousness of the Social-Democrats
III. Trade-Unionist Politics And Social-Democratic Politics
IV. The Primitiveness of the Economists and the Organization of the Revolutionaries
V. The “Plan” For an All-Russia Political Newspaper
• Conclusion
• Appendix: The Attempt to Unite Iskra With Rabocheye Dyelo
• Correction to What Is To Be Done?
https://www.marxists.org/archive/lenin/works/1901/witbd/index.htm
https://www.marxists.org/espanol/lenin/obras/1900s/quehacer/index.htm
https://www.marxists.org/espanol/lenin/obras/1900s/quehacer/que_hacer.pdf
https://www.marxists.org/francais/lenin/works/1902/02/19020200.htm
https://www.marxists.org/italiano/lenin/1902/3-chefare/cf-index.htm
https://www.marxists.org/portugues/lenin/1902/quefazer/index.htm
estágio:
Contents
PREFACE 187
PREFACE TO THE FRENCH AND GERMAN EDITIONS 189
I. CONCENTRATION OF PRODUCTION AND MONOPOLIES 196
II. BANKS AND THEIR NEW ROLE 210
III. FINANCE CAPITAL AND THE FINANCIAL OLIGARCHY 226
IV. EXPORT OF CAPITAL 240
V. DIVISION OF THE WORLD AMONG CAPITALIST ASSOCIATIONS 246
VI. DIVISION OF THE WORLD AMONG THE GREAT POWERS 254
VII. IMPERIALISM AS A SPECIAL STAGE OF CAPITALISM 265
VIII. PARASITISM AND DECAY OF CAPITALISM 276
IX. CRITIQUE OF IMPERIALISM 285
X. THE PLACE OF IMPERIALISM IN HISTORY 298
https://www.marxists.org/archive/lenin/works/1916/imp-hsc/index.htm
http://www.marx2mao.com/M2M(SP)/Lenin(SP)/IMP16s.html
https://www.marxists.org/francais/lenin/works/1916/vlimperi/vlimp.htm
https://www.marxists.org/italiano/lenin/1916/imperialismo/index.htm
https://www.marxists.org/portugues/lenin/1916/imperialismo/index.htm
Isto igualmente nada do falso decalogo trata:
http://verdademundial.com.br/2013/10/a-verdadeira-historia-sovietica-documentario/
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Isto igualmente nada do falso decalogo trata:
http://resistir.info/mreview/editorial_mr_jan04.html
http://www.monthlyreview.org/nfte0104.htm
acp
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