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Por Aileda de Mattos Oliveira
1. Introdução
O livro intitulado Revolução
Gramscista no Ocidente escrito pelo General Sérgio Coutinho descreve ao longo
de 123 páginas detalhadamente a origem do gramscismo no Mundo Ocidental, bem
como seu modus operandi e sua instalação no Brasil, a partir da segunda metade
do século passado.
O livro inicia descrevendo quem foi
Antônio Gramsci e como foi concebida sua anacrônica ideologia, que a partir da
década de 1960 começou a expandir-se na Europa, como rastilho de pólvora, em
substituição à ideologia marxista, que motivou Lênin a implantar o sanguinário
Regime Comunista na então União Soviética, em 1917, que ceifou mais de 22
milhões de vidas.
O autor apresenta uma leitura
bastante reflexiva e preocupante sobre o avançado estágio da infiltração dos
agentes da Revolução Cultural Gramscista no Brasil, onde qualquer leitor atento
pode constatar tal fato nos diversos segmentos institucionais, como por exemplo
a mídia, universidades, Igreja e classe política, entre outros.
2. Desenvolvimento
O italiano Antônio Gramsci começou a
conceber sua nefasta ideologia, no final da década de 1920, durante o período
que se tornou preso político do ditador Mussolini.
Intitulado “Os Cadernos do Cárcere”
sua obra se constituiu em um pensamento político, calcado em uma visão
revisionista do marxismo, dotada de uma inovadora estratégia de luta para a
tomada do poder e para o estabelecimento de uma nova ordem política, econômica
e social em consonância com os ditames do Movimento Comunista Internacional.
Na sua concepção ideológica, Gramsci
passou a advogar que a luta para a tomada do poder da burguesia, dever-se-ia
ocorrer no campo cultural (estratégia indireta) e não mais no campo da luta de
classes (estratégia direta) como era preconizada pela ideologia
marxista-leninista, já que a estratégia direta se constituía indubitavelmente
inócua em nações com democracia consolidada e com sistema capitalista pujante.
Além disso, nações democráticas e
capitalistas, explicava ensinava Gramsci, possuem uma densa e robusta rede de
barreiras e trincheiras, materializada pelas Forças Armadas, Igreja, mídia,
Legislativo e Judiciário, entre outros, que protegem o coração do Poder contra
o emprego da estratégia direta (Luta de classes).
Diante desta realidade dos fatos,
Gramsci verificou que a melhor estratégia para a tomada do poder da burguesia
em nações democráticas e capitalistas, deveria ser com o emprego da estratégia
indireta, ou seja, guerra de posição, por intermédio da penetração cultural e
pela guerra psicológica, em princípio, sem o emprego do uso da violência.
Para isso, os intelectuais orgânicos
e inorgânicos dessa Revolução Cultural se constituem nos principais
protagonistas, tendo em vista que o campo de atuação da Revolução Gramscista
não priorizaria mais os sindicatos e os movimentos populares como massa de
manobra como era estabelecida na estratégia marxista-leninista (Luta de
classes), mas sim no seio das universidades, imprensa, Igreja e Legislativo,
entre outros, tendo em vista serem estas instituições as trincheiras da
democracia, que devem ser minadas e destruídas em seus tradicionais valores,
costumes e tradições de dentro para fora ao longo da revolução silenciosa em
curso.
Gramsci orienta, em seus
ensinamentos, que a criação de um partido político é fundamental para se dar
início a estratégia indireta para o assalto do poder da burguesia, tendo em
vista que o partido se constitui na base do sistema democrático e onde
poder-se-ão aproveitar as franquias dos instrumentos democráticos para
enfraquecê-los, miná-los e destruí-los paulatinamente.
Assim sendo, necessário se faz o
emprego permanente de clichês fabricados pela usina ideológica para fazer
pressão política, minar os instrumentos democráticos e estabelecer novo senso
comum com novas palavras de ordem, que atendam ao interesse da causa e seduzam
os incautos, como: abertura política, eleições livres, anistia de presos
políticos e redemocratização, entre outros.
A Revolução Cultural Gramscista busca
ocupar paulatinamente os espaços do aparelho do Estado de forma silenciosa,
empregando largamente técnicas de Operações Psicológicas. Com isso, passa a
promover massivas campanhas publicitárias, custeadas pelo Estado, para
enfraquecer os instrumentos democráticos do próprio Estado, bem como promover
uma reengenharia social, sem que a sociedade se aperceba dessas transformações,
que criam novos conceitos e um senso comum contrário aos princípios ético,
moral, cristão e familiar tradicionais.
Desta forma, a supracitada Revolução
objetiva destruir completamente o Estado Democrático silenciosamente para
depois reconstruir um novo Estado (Socialista), imposto pela ordem
revolucionária, que passa a propugnar mudanças acentuadas às estruturas
política, administrativa e econômica. Para isso, tornar homogêneo o grupo
social, agora sendo grupo dominante, realiza a reforma intelectual e moral dos
indivíduos e desenvolve uma vontade coletiva nacional e popular, além de um
total controle do sistema econômico por parte do Estado.
O aludido livro contribuiu
expressivamente para que este leitor pudesse complementar seu entendimento em
relação ao momento histórico e político vivenciado atualmente pelo Brasil, bem
como refletir sobre o porquê da falência dos atuais valores ético, cultural,
moral, cristão e familiar da sociedade brasileira, que vem resultando em sua
total depauperação dos instrumentos do aparelho do Estado, sem qualquer
precedente na História da Nação.
Com isso, o livro também vem
contribuindo para que este leitor se conscientize da necessidade de
intensificar a valorização dos valores cristão, cívico e patriótico tanto no
seio da estrutura de sua família, bem como junto círculos profissional e de
amizade, a fim de que estes valores se constituam em inexpugnáveis trincheiras
contra a Revolução Gramscista em curso.
3. Conclusão
Após ter sido realizada a leitura atenta
do aludido livro, que nos remete a uma profunda e intensa reflexão sobre a
conjuntura nacional, infere-se que há uma grande e premente necessidade de que
a parcela responsável, cônscia, informada e patriótica da sociedade busque se
unir em prol da Nação e efetivamente estabeleça estratégias de como informar
ao povo sobre as ameaças que rondam o País e o que realmente vem
acontecendo no Brasil, tendo em vista que somente desta forma poder-se-á sustar
o avanço da Revolução Gramscista em curso no País ou desacelerá-lo.
Caso contrário, a democracia
sucumbirá e o futuro das próximas gerações estará comprometido, já que o
objetivo final desta Revolução é a implantação de um Regime Comunista, que a
História vem ensinando que por onde se instalou somente levou a miséria,
assassinato em massa de opositores, banalização da violência e implantação de
sanguinária ditadura a exemplo de Cuba e Coreia do Norte, atualmente.
3 comentários:
Esse é o objetivo deles com essa "revolução", mas a realidade que impuseram ao Brasil foi a destruição completa do estado enquanto nação que terminou por lhes trazer também a ruína por inanição. Os próprios comunistas ficaram surpresos com o rumo que as coisas tomaram de completo descontrole.
Uma dúvida que sempre resta é se esses supostos fanáticos são realmente fanáticos ou estupidamente ingênuos ou só ladrões safados, mesmo. No caso do PuTê me parece que se enquadram somente na terceira opção...
Canalhas que nao pensam a Frente, em uma Sociedade Justa.
Eles bem, no Poder, os demais na miséria e servis... Para o Futuro, um País Arruinado.
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