Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Ernesto Caruso
"Sim", "não", "depende", 'indiferente',
serão possíveis respostas conforme o ponto de vista de cada um, função do
momento e do lugar. Vantagens e desvantagens são ponderadas, análise e
conclusão pessoal no âmbito da sociedade. De pronto, até porque o UBER é a
novidade, constata-se a sua presença em inúmeras cidades da América do Norte,
Central e do Sul, Europa, Ásia, Austrália, e no Brasil, a mencionar cidades de
grande porte como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte.
Os motoristas cadastrados no UBER de
acordo com a norma brasileira devem ter registrada, nas respectivas CNH, a
expressão “Exerce Atividade Remunerada”, medida que abrange motoristas de
caminhão, taxistas, entregadores de pizzas, etc, submetidos obrigatoriamente à
Avaliação Psicológica.
O momento cruciante da economia, com
mais de 12 milhões de desempregados, ser motorista do UBER é a saída de
sobrevivência, trabalho honesto, possibilidade de ser enquadrado como micro
empreendedor individual (MEI), que vai contribuir com o seu quinhão para o INSS
e ISS, como prestador de serviço, daí contar com aposentadoria, auxílio-doença.
Pretender limitar o número de
motoristas é repetir o que já ocorre com os taxistas, a resultar uma hiper
valorização dos alvarás concedidos pelas prefeituras a alguns, em detrimento de
outros, vinculados pelo costume à venda de pontos, disputas e brigas com outros
taxistas comuns em especial nas proximidades dos aeroportos.
A exigência para o motorista do UBER
ser proprietário do veículo é fechar as portas aos que também necessitam
trabalhar. Não ocorre com os taxistas; uns são proprietários, outros pagam
aluguel aos detentores dos alvarás e pontos.
Como notícia antiga na internet se
pode ler: “Os alvarás acabam na mão de poucos frotistas que chegam a ter
cinqüenta carros em seu controle... Temos que pagar aluguéis que variam entre
170 e 235 reais por dia, dependendo da região, e muitas vezes o que ganhamos
não é suficiente nem para cobrir essa diária.”. Inconcebível tolher a livre concorrência
e permitir a prestação do melhor serviço e mais barato ao cidadão, que deve
servir de foco ao administrador público.
Ora, o que equilibra no mundo
capitalista é a competição em termos saudáveis. Já se imaginou, limitar o
número de bares, restaurantes, mercados, por área ou setor? Quem detiver os
alvarás será considerado um privilegiado e o valor do ponto será inflacionado,
baseado somente na condição de proprietário e não função do trabalho eficiente
de atração do público e oferta de melhores produtos, serviços e preços
competitivos.
Cabe ao UBER avaliar o número de
colaboradores, como não cabe ao UBER a exclusividade para prestar o serviço de
transporte. Que outros aplicativos usufruam de condições idênticas.
Outro aspecto a citar é a avaliação
feita pelo usuário do serviço que lhe foi prestado, o que serve de estímulo
para que o veículo tenha apresentação, limpeza, ar condicionado sem necessidade
de pedir ao motorista para ligá-lo.
A comparar outra condição, o
motorista do UBER não goza da isenção de IPI e IOF, concedida aos taxistas na
aquisição do carro zero quilômetro.
Vale ressaltar que a movimentação
financeira é perfeitamente rastreável, pois é via bancária. Do valor pago pelo
usuário referente à prestação do serviço, em dinheiro ou pelo cartão de
crédito, 75% são creditados na conta corrente do motorista do UBER. Logo, 25%
ficaram para o UBER. Receitas bem definidas para fins de imposto de renda.
Ao poder público incumbe fiscalizar,
cobrar taxas e impostos justos, e, punir nos casos de infração; ao cidadão,
optar pelo melhor conforme o seu senso. Ora, um casal com dois filhos vai pagar
em torno de 14 ou 15 reais no ônibus sem ar condicionado. Daí fazer a conta e
optar pelo mais conveniente.
Compete às autoridades governamentais
nos vários níveis a responsabilidade de fazer o país voltar a crescer e criar
mais emprego para o brasileiro. Que tenhamos mais aplicativos inteligentes,
taxistas e ônibus disputando passageiros e sem buracos/crateras nas ruas. Todos
ganham.
Ernesto Caruso é Coronel de
Artilharia e Estado-Maior, reformado.
3 comentários:
OS TAXISTAS DESDE 1950 QUANDO AINDA ERAM CHAMADOS DECHOFER DE PRAÇA SE SUJEITAM A SEREM ESCRAVOS DOS VERDADEIROS DONOS DOS PONTOS, PARA UM MOTORISTA DE TAXI CHEGAR A SER DONO DO PONTO TEM QUE TRANSAR COM DEUS E COM O LUBSOMEM, BASTA INVESTIGAREM E TODOS ÃO DE VER QUE QUEM TRABALHA COM O CARRO NÃO SÃO DONOS E SIM QUEM TEM UMA JORNADA DE 18 HORAS E RECEBE POR COMISSÃO E QUASE SEMPRE APOSENTADOS POR INVALIDEZ PARA NÃO PODEREM RECLAMAR OS SEUS DIREITOS TRABALHISTAS... OS DOMPS TEM UMA FROTA E SÃO POLITICOS, POLICIAIS, E ATÉ TRAFICANTES, ENTÃO O DEMAGOGO QUE QUER SE MOSTRAR SABIDO DEVERIA DENUNCIALOS E NÃO FICAR FALANDO MÉRDA POIS O UBER JÁ SE TRANSFORMOU NA MESMA MAFIA...
O que equilibra no mundo economicamente liberal e de estado mínimo, é a competição econômica e social em termos saudáveis.
Há que rever profundamente a logística, a qualidade e conforto do transporte público.
O que a uber faz é dupping quer exterminar os.taxis e depois cobrarem o que quiserem com o preço dinâmico.
Fora que não estão nem aí para seus motoristas nem aqui nem em qualquer lugar, se o cara fez dívidas para comprar o carro e fora desligado do APP sem nenhuma justificativa.
Uber é bom para o usuário e pra uber pq para o motorista mesmo é enganação.
Sou ex uber e sei que ali é ilusão e enganação.
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