Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Ronaldo Fontes
Praxe significa um procedimento estabelecido e frequente. Aquilo
que se pratica habitualmente. Tornando-se um costume, atividade corriqueira.
Praxe é um ritual realizado com frequência, um procedimento que permanece igual por muito tempo e que termina por se tornar rotina ou costume.
Praxe é um ritual realizado com frequência, um procedimento que permanece igual por muito tempo e que termina por se tornar rotina ou costume.
Se a praxe da corrupção na vida pública brasileira alcançou
níveis sem paralelo na história, óbvio que não ocorreu por geração espontânea
uma vez que interesses pecuniários internacionais sempre estiveram e continuam
presentes na coxia e nos textos do teatro político nacional.
Intrigante no Brasil é o desconhecimento de quem chega na
política, sobre as origens dessa prática odiosa que fere os interesses do país
e do povo que desejam defender. Tornando a praxe uma mistificação sem leis ou
regras que a impedissem.
Seria obrigação daquele que ingressa na vida pública a
consciência cívica para distinguir a praxe do crime e que a maioria das ordens
e distinções de grande parte dos rituais de “praxe” utilizados no âmbito da
política nacional estão enquadradas.
Outro grande erro em que a maioria dos políticos incorre, surge
da irracionalidade e uma noção sórdida, no mínimo distorcida da realidade. Para
eles, aquela margem de poder, de comando e imposição de vontade sobre o outro
durante a ‘praxe’, é mais importante e satisfatória do que as próprias leis.
O pior do que a praxe impetrada pelo caciquismo político, é que
permitimos a criação de uma geração com poucos valores democráticos, pouco
sentido de honestidade e honra, e escasso profissionalismo , idoneidade ou
transparência. Transpirando os maus hábitos da desonestidade, falsidade e
clubismo, no jogo entre amizades e trocas de favores, cargos de fachada e
recompensas ou humilhação. Desde a política pública para a gestão privada (ou
vice-versa). Onde em vez do desenvolvimento coletivo, impera a lei da
sobrevivência, em que cada um atua como um vampiro esfomeado que só obedece à
sua sede de poder e de estatuto ou à fé de conquistar algo pela bajulação de
quem for mais próximo desse poder.
Pouco importam ideias, capacidades técnicas e serviços,
qualidade ou filantropia. Passamos a viver contagiados pela ideia de que, por
todo o lado, qualquer instituição está minada de interesses, caciques,
oligarquias e lacaios. O problema da “Praxe”, não é a “Praxe” em si. Mas sim a
sociedade que a criou, tolera e alimenta. É um problema de quem, no fundo, a
acha divertida e faz dela uma forma de vida. Contudo, agora se tornou um grave
problema da justiça nunca antes visto na história.
Todavia, aqui no Brasil, onde tudo se critica em nome da
“democracia”, atualmente se observa setores da mídia, juristas, comentaristas
políticos, professores de política, estudantes, cujas máscaras estão caindo,
contrapondo-se ao trabalho da lava-jato. Afirmam que existe um “perigo” muito
grande em permitir poder exagerado ao Ministério Público, com risco de
exacerbar no direito de autoridade e transformar o país em um estado policial.
Tudo muito bonito em palavras, porém quem tinha coragem de mexer
na podridão que nos encontrávamos e encontramos até chegar Sérgio Moro e a
Equipe do Paraná? Como consertar essa podridão? Impedindo as ações do MP? Se
isto é ruim o que será pior?
Devemos trabalhar na busca de uma nova praxe. Está só no começo.
Terá a sociedade interesse nisso ou ela não conta no processo?
Ronaldo Fontes é Médico.
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