Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por H. James Kutscka
Em um de meus livros, mas
especificamente, “Vidas” Diversão Mortal, o personagem principal, se refere em
uma conversa com seu secretário particular, a uma história verídica de uma
família de sanfoneiros em Erechim no Rio Grande do Sul, lá pelos anos cinquenta
do século passado.
O único emprego disponível na cidade
para a família de sanfoneiros era em uma casa da zona do meretrício, onde havia
bailes todas as noites.
Zé Gaiteiro, assim era conhecido o
chefe da família, com duas garotinhas, uma de oito anos outra de dez, casado
com uma polaca bonita, eram todos exímios na sanfona. Como bom gaúcho, Zé não podia deixar faltar a
comida em casa, então aceitou o trabalho.
Em um pequeno estrado que servia como
palco, estavam em quatro cadeiras de madeira, ele de “frente para o crime” e o
resto da família tocando, como de castigo de cara para a parede.
Animava desta forma todas as noites
os bailes na maior casa da Zona até a hora que fosse.
De certa maneira, penso que
nós pais de família, nos sentimos
como o ele, estamos vendo
toda sujeira que se
estabeleceu no nosso país
nos últimos trinta anos
e por falta de meios
de sobrevivência noutro lugar,
aos milhões somos obrigados a manter o resto da família de cara
para a parede até que as coisas mudem e possamos ter
um STF independente, com pessoas de qualidade intelectual, ética e moral comprovadas, um
senado e uma câmara dos deputados
idem.
Fazer de conta que a política desse
país não é uma putaria (perdoem de novo) não resolve nada.
Temos de acreditar que nosso exército
virá pôr um fim na grande (mais uma vez perdão pelo palavreado) “suruba” em que
transformaram nossas instituições.
Festinha essa na qual, nós o povo,
(vou tentar ser cavalheiro pelo menos uma vez) somos os “passivos” e o governo
os “ativos”.
Está na hora de pôr ordem na
“suruba”.
Nossas Forças Armadas, parece que
como virgens pudicas estão olhando para a parede. Já são bem crescidinhos para
encarar a verdade frente e de fazê-los (os representantes desse desgoverno)
experimentarem um pouco da nossa posição.
A propósito a Zona de Erechim foi
batizada (se é que tais redutos de permissividade o podem ser) de Brasília, na
época pretendia ser uma homenagem que o novo bairro nos arredores da cidade
prestava à nova capital. Que ironia! Hoje, se é que ainda existe, já que a internet
entre outras coisas veio a acabar com os (me perdoem o termo vulgar) puteiros,
seu nome é mais apropriado que nunca.
Na atualidade, a antiga Brasília da
cidade de Erechim, se pareceria um convento, perto da do planalto central.
H. James Kutscka é Escritor e Publicitário.
Um comentário:
Os gaúchos elegem e reelegem esquerdistas (porque afirmam votar em pessoas e não em partidos, garantindo essa "tradição" desde Getúlio e Brizola) e depois reclamam que as FFAA não providenciam o término do caos que aqueles propositalmente provocam.
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