Tudo começa com a metáfora do Boi, como um chefão aflito,
correndo pelo pasto para transmitir ao rebanho a realidade fatídica: “Gente!
Sabe aquele trem onde embarcam alguns de nós para conhecer o sabor de gramas
nunca vistas? A verdade é que, em vez de divertimento e aprendizagem, o trem
conduz para um matadouro...”
Ouvindo a notícia apavorante, o rebanho segue
espantando as moscas com o rabo, rindo e comentando: “Deixa de onda! Tá doido?
E eu com isso?” Muitas “notícias” que
poderiam interessar aos humanos, estão contidas em “The Biggest Secret”,
de David Icke (Bridge of Love
Publications, USA, 1999), uma visão realista e inusitada sobre a milenar Agenda
da linhagem de “sangue azul”.
É conhecida a estrutura do conhecimento que aparece
nas notas de 1 dólar: a pirâmide cujo pináculo significa a informação contida
nas mãos de uns poucos, flutuando sobre a massa da base, nós, os ignorantes
manipulados e hoje embarcados no trem do controle “mental, emocional,
espiritual e físico. Confinados nos campos de trabalho forçado e extermínio que
antecedem o Estado Global Fascista”.
Esta realidade se manifesta nas arremetidas para o
“controle global das políticas, economia, negócios bancários, educação, saúde e
a mídia”, que orquestra os sons e compassos históricos desta dança macabra que
envolve os humanos há milhares de anos.
Estamos na encruzilhada onde cada decisão, cada escolha pessoal, cada
grito de protesto ou silêncio, tem peso na sobrevida do Planeta, no legado que
passamos para as novas gerações.
Numa entrevista à revista “Veja”, o velho Senador
Pedro Simon disse que as mudanças neste País só aconteceram de fato com a
interferência de grandes mobilizações da população. Isto lembra a “Marcha da
Família com Deus pela Liberdade” apoiando a tomada do poder pelos militares e
conseqüentes ações que em duas décadas mudaram a face da nação. Lembra as
greves no ABC paulista e as mobilizações pelas eleições “Diretas Já”,
antecedendo o afastamento dos militares da cena política. Logo a cassação de um
presidente eleito. E depois, o silêncio.
Ficamos na janela, apreciando o assalto ao poder por
fanáticos e corruptos comprometidos com as políticas de globalização. “Quando
acontece algo desagradável a gente encontra algum culpado. Quando os problemas
são globais, nos interrogamos: “O que é que eles vão fazer agora?”. Os
governantes criam o caos e decidem os caminhos para restaurar a ordem que lhes
interessa: a ordem do medo e do controle total sobre as populações.
Ficamos encolhidos, atarefados com nossas estreitas
realidades, esmagados por pensamentos e ações sugeridas. “Quando entregamos
nossa mente e fugimos à responsabilidade entregamos nossas vidas. Se muitos o
fazem, entregamos o mundo. É assim que uns poucos têm manipulado o planeta com
a globalização dos negócios, bancos e comunicações.”
O ataque é silencioso e parece indolor. Em cena mais
uma ópera dramática da série CPI. Revela-se o poder local, revelam-se a força e
as manobras de bastidores que facilitam a submissão da nação à “nova desordem
mundial”, controlada pelo eixo Anglo Americano, União Européia, Nações Unidas,
Organização Internacional do Trabalho, FMI, Banco Mundial, Bancos Centrais,
Grupos dali e d’acolá, Fundações e Institutos, que asseguram o domínio
imperial. Congressistas e mídia parecem ignorar. As tais CPIs revelam apenas o
cinismo e força impune dos pares locais, escolhidos pelos controladores
mundiais. Eleições livres, honestas?
Adriano
Benayon, em excelente artigo (Tecnologia, Desenvolvimento e Ilusões) afirma
que: “O Brasil foi programado pelo império anglo-americano para ser uma área de
exploração de recursos naturais, em condição semelhante à maioria dos países
africanos... Foram elementos-chave da estratégia (...) das potências
imperiais e associadas: 1) a intervenção política e militar junto aos governos
brasileiros; 2) a intervenção do dinheiro e da corrupção nas eleições; 3) o
genocídio cultural; 4) o fomento da crença de que capital estrangeiro favorece
o desenvolvimento, complementa a poupança nacional e outras falácias”.
Somos
“...um país que participa do BRICs e pleiteia assento permanente no Conselho de
Segurança da ONU, só para ser enrolado pela potência dominante... Somos meros
montadores de aparelhos eletrônicos. Enquanto isso, a Rússia, a Índia e a
China são potências nucleares, detentoras de tecnologia militar de
altíssimo nível..."
Mesmo
tendo acesso à informação, tendemos a elaborar justificativas mentais para o
que percebemos. Acabamos por reduzir a censura, abrir mão de princípios,
aceitar novos valores. Consentimos que a nossa mente seja controlada. Ficamos
caladinhos diante das manifestações de força e cinismo de legisladores e
autoridades ignorantes, vassalos (inconscientes ou não) do império global.
Assim se enraíza o controle mental definido como “manipulação dos pensamentos,
das ações e comportamentos de massa”.
David
Icke diz que o controle físico da população global é impossível. E que a agenda
do Milênio revela inúmeras conspirações para remover da cena pessoas e
organizações: assassinatos, guerras e a introdução de companheiros em posições
de poder, criação de crises, terrorismo, bombas e colapso econômico e soluções
como o crédito, muito crédito bancário. Tudo conectado como aspectos da mesma
realidade.
Finalmente ficam duas perguntas de David Icke: “O Estado
global fascista vai se realizar nos próximos anos? Pergunta que só pode ser
respondida com outra: vamos agir como pessoas ou continuar como carneiros?”
Arlindo Montenegro é Apicultor.
2 comentários:
Caro Arlindo,
nenhuma manifestação popular de vulto é, ou foi, espontânea. Tudo é planejado e estimulado meticulosamente (por “Eles”). Assim foram: a “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”; “Diretas, já”; “Movimentos grevistas no ABC”; os “Cara-pintadas”; “Movimento dos Sem Terra”; “Paradas Gays”; outros.
Não são as manifestações que desencadeiam as ações e resultados; o povo é convocado para apenas, e tão somente, dar forma de anseio popular ao que já está determinado. Até com o voto é assim.
O Senador Pedro Simon é um ingênuo incorrigível ou não quer falar o que sabe.
Se o povo definisse seu destino não estaríamos em pleno “Silêncio” diante de tantas aberrações e absurda degradação moral. Os donos do mundo não querem nenhum movimento popular agora.
Abraço.
Caro Arlindo Montenegro.
Para se contrapor, imagino eu, temos que nos basear numa contra-proposta àquela que querem nos impor. Não vejo como poderemos continuar apenas na denúncia do que estão nos aprontando.
Denunciar e continuar aceitando pacificamente o sistema político em vigor é malhar em ferro frio, pois nosso maior problema é justamente o sistema que permite que os mesmos atores não desçam do palco.
Tenho recolhido muitas denúncias, mas poucas propostas de como atacar as causas. Se não nos unirmos em torno de uma proposta básica e aproveitando a internet passemos à debatê-la e difundi-la, eles já ganharam, por mais que continuemos, um aqui outro ali, à denunciá-los.
Sds.
http://capitalismo-social.blogspot.com/2011/12/2-novo-contrato-social.html
Postar um comentário