Por Paulo Chagas
Os mitos se constroem ou são construídos por erros,
acertos, sorte e acasos, são frutos da imaginação das pessoas que os criaram.
No caso do “Che”, foi construído pela precipitação
das autoridades da Bolívia e executado por um jovem Tenente do Exército. No
caso de Hugo Chávez foi construído pelo acaso e executado pela incompetência
dos médicos cubanos.
Ambos morreram prematuramente, isto é, antes que a
verdade sobre eles e suas “obras” fosse exposta à humanidade e,
particularmente, a seus inebriados e desinformados seguidores.
Ernesto Guevara, conhecido como "o
porco", porque fedia e não tomava banhos com a frequência que a higiene
recomenda, teve o privilégio de cobrir com sua estampa as nádegas e os seios de
uma top model brasileira, bem como de ornamentar o braço de um jogador de
futebol argentino, em região próxima à axila.
Guevara executou sumariamente centenas de pessoas,
sendo que muitas pessoalmente, como ele próprio conta em seu diário:
"Acabei com o problema dando-lhe um tiro com uma pistola calibre 32 no
lado direito do crânio, com o orifício de saída no lobo temporal esquerdo. Ele
arquejou um pouco e estava morto. Seus bens agora me pertenciam".
Como comandante era "imprudente, irascível,
rápido em ordenar execuções e mais rápido ainda em liderar seus camaradas para
a morte". No entanto, a mitologia o descreve como "dono de um talento
militar excepcional".
Foi incompetente como soldado, como médico e como
administrador. "Sua vida foi uma sequência de fracassos". Fidel
livrou-se dele mandando-o para a África e depois para a Bolívia, onde o
abandonou para a morte!
Suas únicas virtudes foram a fotogenia e a sorte de
ter morrido nas mãos de autoridades precipitadas e sem visão de futuro, que o
eliminaram antes de submetê-lo ao julgamento dos homens e de expor as suas
mazelas, a sua incompetência e os seus crimes à execração pública e mundial,
criando, assim, as condições ideais para que os maquiadores da história e a
ignorância popular o transformassem em símbolo e lenda do que nunca foi!
Os moradores do cidade em que foi morto tinham
raiva dele e invadiram o local em que seu corpo estava sendo lavado, mas,
quando o viram, passaram a dizer que ele parecia Jesus Cristo." Começara o
mito.
Na localidade foi erigida uma estátua em sua
homenagem e a região passou a ser conhecida como "San Ernesto de La
Higuera" e ele a ser cultuado como “santo”.
Hugo Chávez, por sua vez, do alto de sua conhecida
megalomania, tinha ambição desmesurada pelo poder e sonhou transformar-se no
“Che” bolivariano.
A realidade e as perspectivas da situação econômica
deixadas por ele na Venezuela nada têm a ver com suas promessas e discursos. A
inflação está na casa dos 30% e o país segue importando tudo e não produzindo
quase nada, salvo petróleo!
A criminalidade é das mais elevadas do planeta, os
problemas da saúde pública, de habitação e de infraestrutura e a decadência que
os venezuelanos enfrentarão, em futuro quase imediato, serão motivos de crises
cujas causas se devem à gestão populista, irresponsável e demagógica de Chávez,
mas que, aos olhos da massa de favelados, inebriada, comprada e iludida por sua
falsidade messiânica, será, certamente, atribuída à sua ausência e servirá de
justificativa aos golpes oportunistas e de rupturas políticas que ocorrerão
entre suas “viúvas” e opositores, civis e militares.
Chávez levou os pobres a acreditar que eles
estariam finalmente sendo incluídos em um modelo de governo que iria reduzir a
pobreza e a desigualdade, quando, na realidade, a verdade era o contrário.
Sua morte livrou-o das responsabilidades que lhe
cabem neste quadro de negras perspectivas. Seu passamento antes da debacle e
ainda no auge da ilusão do “bolivarianismo” lhe assegura a conquista do
pedestal do falso mito ao lado e à semelhança do “Che”, como sonhava fazer em
vida.
Che Guevara e Hugo Chávez, duas mentiras, dois
engodos que a má fé, a ambição, a fraqueza, a falta de cultura, a
desinformação, a fantasia e, principalmente, a casualidade do destino,
transformaram em ídolos, antes que lhes caísse a máscara que lhes encobria as
ambições, a maldade e a incompetência.
Paulo Chagas é General de Divisão na reserva.
3 comentários:
Concordo Prezado General Chagas com seu brilhante texto!
O que sempre me pergunto e como o povo favelado, pobre, pode acreditar apenas nos discursos vazios?
Não podem ser tao cegos assim de ver as mesmas mazelas e problemas, e mesmo assim votam e lutam...pelo que, para que?
Gostaria de entender...
Atenciosamamente
Amex
Quem ler com cuidado e senso crítico, o livro “Rumo à Sierra Maestra”, baseado nos diários escritos por Che Guevara e Raul Castro, não terá a menor dúvida de que a revolução cubana e os mitos “diaristas” são as farsas mais absurdas dos nossos tempos. E nem pode haver contestações convincentes, porque tratam-se de episódios narrados por 2 (dois) “combatentes”, que não combateram nada além de disenterias e más alimentações no mato.
As forças de Batistas se desintegraram internamente devido às altíssimas somas distribuídas em subornos aos comandantes militares, pelos Estados Unidos; enquanto os “mitos” Fidel, Che e outros, eram criados e enaltecidos pelo jornal New York Times, começando por uma fantasiosa entrevista/reportagem com os “bravos guerrilheiros de Sierra Maestra”, que não chegavam a somar 3 dúzias de rotos. A mentira e a farsa da “revolução cubana” é obra dos Estados Unidos da América, desde a libertação (episódio de Moncada) e exílio, de Fidel e seu grupo, passando pela preparação no México. E permanece como obra americana até hoje; eles precisam deste tipo de “inimigos” para justificar certos atos.
só poderia ser um general mesmo pra escrever este artigo, pessoa da direita, nao deve saber o que é passar fome devido a tanta injustiça social e ao capitalismo selvagem em que sobrevivemos ... que pena ...
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