"Quando todas as armas forem propriedade do
governo e dos bandidos, estes decidirão de quem serão as outras
propriedades" (Benjamin Franklin).
Por Gerhard Erich Boehme
Caro Valdir Fiorini - O Esquerdopata de Campo Limpo Paulista, o teu
entendimento sobre o que foi o período que estivemos sob um regime de exceção é
proporcional a sua falta de inteligência. Das duas uma, ou realmente não sabe o
que foi o regime militar, ou realmente lhe falta inteligência, e não somente
ela, mas também juízo. Felizmente tivemos os militares, se não fossem eles hoje
o Brasil estaria dividido.
31 de Março é uma data que os brasileiros não deveriam comemorar, mas
não porque não a merecemos. Sim a merecemos, faz parte da nossa história. Mas
os brasileiros não a merecem, antes tivéssemos investido em educação e na
consolidação de nossas instituições pautadas na democracia, no estado de direito
e na defesa da propriedade.
Antes o brasileiro tivesse a consciência da importância que tem para uma
nação a fiel observação ao princípio da subsidiariedade. Mas não, tivemos ao
longo da história brasileira no Século XX a imposição da oclocracia, tivemos
Vargas, Juscelino, Jânio e Jango. E depois tivemos Collor, FHC e o PTa.
Tivemos outros, por certo, tivemos até mesmo aquele que acabou se
tornando o dono do Brasil, o Sr. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa, e
tivemos o dono da consciência dos brasileiros. Todos alternaram doses de
populismo, de demagogia e de paternalismo.
Quanto aos presidentes que tivemos de 1964 até 1985 temos a certeza de
que eram pessoas que defendiam valores, entre eles a defesa do povo brasileiro.
Cometeram erros, seguramente.
O maior deles foi a centralização, a qual deu margem para a concentração
do poder que veiro depois, e com sabemos o poder corrompe, principalmente quando
não temos, como tivemos os militares, pessoas com valores.
O endividamento do Estado é a melhor mostra disso, uma parte foi criada
nas crises do petróleo, mas a maior parte tinha destino certo.
Os militares seguramente não a temeriam, mas os que
vieram depois, seguramente a temem.
E a auditoria da dívida externa, bandeira do PTa e
dos PTistas por mais de 20 anos? Não teria sido a hora de se fazer?
31 de Março tem e deve ter um significado especial
na nossa história, foi um momento marcante, deu início a um regime de exceção,
foi como se levássemos todos uma bela de uma surra. Mas qual é o filho que anda
em bom caminho que não sabe a importância dela? Mas, no meu entender, com base
em tudo que ocorria naqueles temos, é sem dúvida hoje uma data simbólica, que
representa a união de nosso país.
A destituição de Jango se legitimou e foi oportuna,
não apenas pelo fato de ter evitado as tragédias que tenho reiteradamente
apontado, que de fato ocorreriam caso os militares não tivessem levado adiante
a contrarrevolução de 1964 e se Jango não tivesse desistido de enfrentá-la:
1) O
Brasil estaria dividido, como correu em inúmeros outros países, principalmente
a Alemanha, embora lá a divisão tenha se dado por outros motivos, mas foi
mantida até 1989. Tivemos o Sudeste Asiático, e aqui perto de nós temos ainda
hoje as FARC com a atuação em parte significativa do território colombiano.
2) Teríamos
uma guerra civil sem precedentes, pois além de grupos de direita fortemente
armados, tínhamos as polícias militares de São Paulo, Minas Gerais e Rio de
Janeiro sob o comando de Adhemar de Barros, Magalhães Pinto e Carlos Lacerda.
Lacerda e Adhemar foram posteriormente cassados pelo regime militar, mas isso
não é mencionado.
3) Uma
parcela significativa da população teria empreendido sua diáspora,
principalmente os brasileiros que descendiam de imigrantes, muitos ainda com
vínculos familiares, principalmente na Europa e no Japão.
4) Teríamos
uma intervenção militar norte-americana, pois somente ingênuos acreditariam que
os Estados Unidos não iriam intervir, ainda mais em seu “quintal”. Afinal
porque esta interpretação não é debatida pelos esquerdistas de hoje, que a todo
momento dizem ser os Estados Unidos intervencionistas.
Entender o 31 de Março de 1964, principalmente para
quem defende a oclocracia, como o fazem os ditos socialistas, neo-socialistas,
nacional ou internacional-socialistas, PTa-Ptistas, bolivarianos, socialistas
do Século XXI, et cætera ou etc., usw. e assim por diante, quanto ao mais,
de resto, e os restantes, e outros tantos mais, ..., é, reconheço, muito
difícil, ainda mais quando desconsideram o que é de fato uma democracia: www.if.org.br/analise.php?codAnalise=121
"O Estado não deve, de forma alguma, fazer
aquilo que os cidadãos também não possam fazer. Isso é autoritarismo puro. Ao
contrário, só se pode atribuir ao Estado tarefas que os próprios cidadãos
possam cumprir, mas que não é desejável que as cumpram sozinhos (seja porque
isso sairia muito caro [como a prevenção ao crime, como escolta, vigilância,
vigias, proteção de autoridades etc. – assim temos a Polícia Militar que atua
subsidiariamente], seja porque não teriam forças para executá-las [como a
tributação, defesa nacional ou justiça, incluindo os primeiros passos na esfera
criminal dado pelas Polícia Civil, Federal e Técnico-científica que desempenham
funções privativas do Estado]). O Estado nada mais é do que o resultado da
transferência de poder dos indivíduos para uma entidade que os represente em
suas próprias ações. E ninguém pode transferir o que não tem." (Marli
Nogueira)
Gerhard Erich Boehme é Engenheiro.
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