Por José Carlos Leite Filho
A hipócrita “Comissão da Verdade” (sic) nomeada
pela presidência da República continua empenhada, a seu modo,
em “efetivar o direito à memória e à verdade histórica e promover a
reconciliação nacional” em função dos fatos ocorridos no período de 18/09/46 a
05/10/88.
Contudo, evidenciando a sua falta de isenção, não lhe interessam
ações terroristas à semelhança do recente atentado ocorrido em Boston, nos
Estados Unidos, vitimando inocentes e capaz de causar comoção mundial, pois
para ela o alvo são, incompreensivelmente e apenas, os “agentes do Estado”; em
outras palavras, aqueles que salvaram o Brasil das garras do comunismo. A
vingança e não a “reconciliação nacional”, custe o que custar, tem que ser
alcançada.
Seguindo o impulso da revolta e do nojo que me
causam tantos despautérios, valho-me, hoje, do artigo intitulado A gentil “Convocação”, datado de 16 do corrente, da autoria do General Valmir Fonseca Azevedo Pereira, a
respeito da recente convocação de um militar para prestar depoimento, do qual
passo a transcrever alguns trechos:
“O ofício de convocação teve como portadores
policiais federais, fardados e armados, em viatura estacionada em frente à sua
casa, como se ele fosse um criminoso.
“Tivemos uma leve amostra de que o “indiciado”
deverá comparecer ao tribunal devidamente amedrontado por antecedência, e que
no picadeiro, será esquartejado até a morte. ......
“Certos de que comparecer perante a Comissão será
adentrar à arena totalmente desarmado e manietado, e sem condições de qualquer
defesa, nos declaramos contrários ao comparecimento ao patíbulo de qualquer
ex-agente da repressão, e, se militar com maior veemência.
“É o massacre anunciado.
“Tal qual o regime nazista de Hitler, o desgoverno
decretou o holocausto nacional para exterminar o grupo de ex-agentes da
repressão que se postaram contra os seus desejos de dominarem o poder pela
força.
“O trucidamento daqueles cidadãos, de fato, será o
holocausto moral de todos os que anseiam viver num país democrata, e que
almejam uma sobranceira e honrada nação. ....
“Apesar de nossos conselhos, tememos que o
convocado, ao abrir seu coração, apoiado na sua indignação, pretendendo com a
sua verdade deixar os membros da Comissão abalados, cometerá um monumental
engano, pois suas palavras serão distorcidas.
“Após a visita da Swat e toda a sua aparelhagem de
intimidação (por que um único oficial de justiça não foi o portador da
“convocação”, como sói acontecer até com criminosos de alta periculosidade?), é
óbvio concluir que estamos certos em nossa opinião de evitar a Comissão como o
diabo da cruz.
“Meus amigos, eles contam com o poder, com
recursos, com as leis, com parte da mídia; quanto a nós, só com a nossa
indignação. Mas, infelizmente, a indignação não atemoriza aos canalhas, não os
abala a nossa repulsa à injustiça, nem a nossa revolta à indignidade. ....
“Por muito menos, eles assassinaram, assaltaram e
aterrorizaram; nós procuramos sem nenhum apoio, nem mesmo, como deveria
ocorrer, dos chefes militares, sem recursos, sem qualquer divulgação denunciar
a terrível ação institucionalizada em andamento.
“Tristemente, temos pregado num deserto. ....”
Proclamando que a união faz a força e valendo-me
agora da dúvida do apóstolo Paulo, finalizo com a sua indagação: “se a trombeta
soa um som incerto, quem se aprestará para a batalha?” A História despreza os
covardes!
José Carlos Leite Filho é General de Exército na
Reserva - linsleite@supercabo.com.br. Originalmente publicado
em “O Jornal de Hoje”, de 17/04/13 – Natal-RN).
Um comentário:
Não entendo porque o governo Lula/Dilma apoia a Ditadura da Venezuela e sempre apoiou a truculência do extinto Chavez, se foram contra a Ditadura no Brasil. Alguém tem explicação para isso?
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