Por Adriano Benayon
Sim, Meirelles faz falta, pois mantinha os juros
reais enormemente altos para satisfação da oligarquia financeira mundial
e seus subalternos do Itaú e demais patrocinadores do inqualificável
entreguista FHC.
Com isso, Lula contou com o aval do eixo
Londres/Nova York. Estava, pois blindado.
Dilma já não conta com o mesmo respaldo da
metrópole. Está cada vez mais acuada, cede cada vez mais às transnacionais de
todas as áreas (como seus predecessores) e, ainda assim, está sob o fogo da
desestabilização.
Embora a oligarquia já tenha quase tudo, ou
praticamente tudo, está usando essa tática para obter ainda mais. Aproveita
mais uma crise às portas – e as crises são tão certas como o sol e a chuva,
nesse modelo desnacionalizante, concentrador e desestruturante. Eles vêm,
sempre violentas após alguns anos, de arrefecimento. Ela já se prenuncia
com o volume e aceleração do crescimento do déficit nas transações correntes,
além de conflitos que já configuram convulsão ou pré-convulsão interna.
A oligarquia está usando a linha de culpar – não de
todo injustamente, o governo de Dilma pela crise – cuja verdadeira causa
é o próprio modelo dependente e entreguista, escondendo-a como sempre. Saqueia
enquanto ilude, principalmente a classe média, com falsas avaliações e a
ilusão de que as eleições podem mudar alguma coisa para melhor (na verdade,
sempre podem, para pior).
Assim, para assegurar seu poder total sobre o País,
a oligarquia busca o melhor dos mundos para ela: extorquir o máximo de Dilma,
enquanto a prepara a entrada dos radicais do entreguismo nas próximas eleições.
Finalizando, Lula mostra-se, como sempre,
hábil manipulador, apesar de sua ignorância, decorrente em parte de sua
esperteza. Muitos, como provavelmente Lula, fingem não entender certas coisas,
como estratégia para se manter à tona num sistema que só dá espaço aos
medíocres, seja os inatos, seja os que simulam essa condição.
Um comentário:
Ilustre Jorn.J.Serrão: Sem entrar no mérito dos protestos protagonizados principalmente pelos jovens,em função das tarifas de ônibus,o que chama atenção é que os alvos destes protestos residem sempre no próprio município. São as prefeituras e as empresas de ônibus. Quando os alvos estão "longe",Estado,União,tributos,sedes das telefônicas,empresas de luz,água,alimentos,remédios,etc.,nada acontece. E aumentam seus preços de forma igual. Seriam os municípios "bois-de-piranha" nessa falsa federação ?
É por esta razão que na INDEPENDÊNCIA DO SUL, se ou quando ocorrer,os maiores poderes serão dos municípios (República Municipalista). Assim os governantes poderão apanhar na "cara" quando passarem dos limites éticos. O poder ficará "perto".
Postar um comentário