Por André Faro
Nos últimos meses, temos acompanhado que o Brasil
vive um cenário de estagnação em alguns setores da economia. No entanto, quando
analisamos a situação do agronegócio, visualizamos um cenário bem diferente e
com perspectivas otimistas para os próximos anos. No primeiro trimestre de
2013, por exemplo, o PIB, soma dos produtos e serviços produzidos pelo
país, ficou abaixo do esperado, com 0,6%, porém, na contramão disso, o setor
agrícola registrou o maior crescimento desde 1998 e avançou 9,7%.
Levantamentos feitos pela Organização Mundial do
Comércio (OMC) também destacam que em 2011 o Brasil foi responsável pelo maior
saldo comercial agrícola do mundo, alcançando o valor de US$ 73 bilhões. Na
safra 2012/2013, por exemplo, podemos notar que o cenário é ainda mais
positivo, pois foi registrado um superávit recorde (exportações maiores que
importações) de US$ 83,91 bilhões. Parte desse saldo positivo é resultado da
valorização do dólar, que torna o preço das commodities agrícolas altamente
atrativo ao consumidor externo, elevando de forma significativa o volume das
vendas destas commodities.
Estamos falando de um setor altamente lucrativo e
não podemos deixar de ressaltar que, para o agronegócio atingir o grau de
importância que tem hoje, uma peça chave diante de todo esse cenário é o
agricultor. Hoje, são aproximadamente 25 milhões de trabalhadores no campo,
responsáveis pelo cultivo das commodities, como soja, milho, café, laranja,
entre outras, que tornam o Brasil um dos países mais competitivos do segmento
no mercado mundial.
Graças aos profissionais do campo também podemos
comemorar o aumento do índice de produtividade agrícola no país. De acordo com
análise feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), entre 1975
e 2010, a atividade foi multiplicada em 3,7 vezes, número duas vezes maior que
o registrado nos Estados Unidos, maiores produtores do mundo. Outro dado que
podemos comemorar é a maior safra de grãos da história da agricultura
brasileira. Estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)
registraram uma safra de 185 milhões de toneladas para 2012/2013.
Ao avaliarmos todos os números positivos e as
condições de trabalho dos agricultores, podemos notar que a tecnologia também
tem um papel importante e contribui fortemente com o desenvolvimento do setor.
Falando especificamente da mecanização no campo, tendência que iniciou no
Brasil ainda em 1930 com a primeira colheita mecanizada de arroz no Rio Grande
do Sul, a indústria de equipamentos tornou-se uma forte aliada do trabalhador,
com soluções, que ao longo dos anos, transformou a vida no campo menos árdua e
mais produtiva.
Quando falamos em mecanização, não podemos pensar
apenas nas grandes máquinas, pois o mercado de tecnologias portáteis também tem
importante participação no segmento. São empresas que estão preocupadas em
desenvolver equipamentos que oferecem muito mais que potência. Afinal, os
produtos também precisam ser de fácil manuseio, confortáveis na operação e com
design ergonômico, pois quando reunimos todas essas características,
conseguimos aumentar a produtividade e reduzir custos de colheita e manejo de
culturas.
Certamente, com o passar dos anos, vamos ver e
ouvir cada vez mais notícias de que a agricultura contribuiu com o crescimento
econômico do país. Os setores público e privado sabem que esse mercado tem
grande potencial de crescimento, por isso estão engajados em buscar meios que
aprimorem o dia a dia no campo, seja por meio da ciência ou da tecnologia.
Também não podemos deixar de ressaltar a representatividade dos profissionais
que atuam no campo, graças a essas pessoas a agricultura caminha rumo ao
desenvolvimento econômico do país.
André Faro é gerente de vendas nacional
da Husqvarna, multinacional sueca líder em equipamentos para o manejo de
áreas verdes.
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