Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Arlindo Montenegro
“Aqui
é casa de mau homem: quem não trabalha não come”. Um dia na infância ouvi dizer
isto aí. Hoje entendo o conteúdo implícito da mensagem: você ganha seu salário
se fizer, pensar e defender o que querem que você faça, pense e defenda. Ou
então, perde o seu posto de trabalho e a possibilidade de sobreviver. Cumpra as
regras, dobre a espinha, diga amém. Isto é o que garante suas necessidades
básicas. Caso contrário, vá à merda.
A
economia do planeta está nas mãos de umas 500 famílias de aristocratas e
banqueiros europeus e norte americanos em sua quase totalidade. Sòmente nos
Estados Unidos uma parcela mínima detém hoje 50 trilhões de dólares. Uns poucos
aplicam suas fortunas em projetos de melhoria das condições de populações miseráveis.
A maioria investe na ideia do controle totalitário.
Estamos
no século XXI para constatar que em mais de dois mil anos, nem aristocratas,
nem religiosos, nem filósofos, nem economistas, nem governantes, nem guerras
somando milhões de assassinatos, encaminharam a humanidade para um ambiente
pacífico. A nova guerra dos globalistas gera mais pobreza, mais enfermidades,
mais violência.
Quanto
mais sofrimento, maior é a concentração de riquezas, mas os meios de
comunicação, cujas agências seguem as pautas dos detentores do poder mundial,
nada dizem a respeito do que é o maior roubo continuado já imaginado, com os
gatunos impunes dando continuidade ao crime contra a humanidade escravizada. As
pessoas podem entender de receitas, de esportes, de vinganças e paixões, dos
crimes e acidentes que ilustram os noticiários. Mas não podem entender que
estão sendo roubadas e enganadas pelo sistema, que abrange e controla todos os
veículos de informação.
Vez
por outra aparece a notícia de trabalho escravo: numa fazenda dos cafundós,
pessoas transportadas de regiões distantes trabalham duro, mas nunca conseguem
pagar o que retiram do “armazém” da fazenda, para satisfazer menos que as
necessidades básicas. O “salário” nunca cobre a dívida. Assalariados e dívidas
bancárias... Parece um filme conhecido. Parece escravidão ou feudalismo?
Esconder,
negar a posse, negar a distribuição da riqueza criada pelo trabalho, concentrar
os recursos financeiros, cobrar juros extorsivos, facilitam a manutenção e
crescimento das dívidas de pessoas, empresas e nações. Tudo somado facilita o
controle das populações em desespero. Isto vale aqui e no mundo inteiro. Aqui
se pode sentir que, com o avanço tecnológico baixam os custos de produção,
gerando mais lucro e benefícios nunca repassados para os consumidores.
Até
dos aposentados este governo já permite à CUT retire 1% das pensões na surdina.
A mídia calada. Os estudantes pagam para estudar e devem; os comprometidos com
a propaganda das “suaves parcelas a perder de vista sem juros”, o acesso a médicos
e hospitais, a iluminação e transporte público, os alugueres, impostos sobre
salários, taxas embutidas em tudo quanto as famílias consomem... Assalariados =
dívidas bancárias = juros = concentração de renda.
As
pessoas são forçadas pela propaganda e endividar-se cada vez mais apenas para
sobreviver. Já vi escrito por aí que “existem duas maneiras de conquistar e
escravizar um povo: pela guerra ou pela dívida”. E a propaganda governamental
sugere o endividamento, provoca o consumismo, influi na vontade, nas decisões,
repetindo “opiniões” pré fabricadas milhões de vezes. Mentiras que acabam
aceitas como verdade.
Cala-se
sobre a escandalosa concentração de riqueza que poderia ser aplicada para o “bem
comum”. A propaganda hipnotiza a consciência das pessoas, que acabam aceitando
falsas lideranças que escondem a gravidade dos problemas protelando soluções.
As consciências sufocadas e confundidas não entendem que existem mudanças
possíveis. Acomodam-se como se estas fossem suas vontades, suas escolhas, suas
opiniões.
Quando
a gente tem condições e possibilidades de obter informações confiáveis, percebe
as possibilidades, os níveis de corrupção,
os antolhos ideológicos dos meios de comunicação, a ignorância que
espalham transformando tudo em propaganda, enquanto os governantes e suas
cortes agem por conta própria, fazendo pensar que agem em conformidade com a
opinião da nação, opinião criada por eles, decidida a portas fechadas.
A guerra da
propaganda oficial é a pior das guerras que a humanidade já conheceu. A
propaganda destrói os ideais democráticos e prepara as mentes para o ambiente
coletivista e totalitário, para reagir como os cães de Pavlov aos “reflexos
condicionados”, fornecidos pela mídia, pelas escolas, pelas instituições, pelos
líderes de equipes... que se dizem democratas, mas agem impondo a vontade dos
controladores da nova versão de ditadura global.
Arlindo Montenegro
é Apicultor.
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