Por Félix Maier
O livro
recém-lançado de Romeu Tuma Jr., Assassinato de Reputações – Um crime de Estado,em depoimento ao
jornalista Cláudio Tognolli (Topbooks, Rio de Janeiro, 2013), tornou-se um dos
mais vendidos do Brasil. É um livro-bomba. E a bomba só não explodiu ainda
porque o Brasil é uma republiqueta bananeira, com sede política em Havana e
filiais em Brasília, Caracas e Buenos Aires.
Os fatos escabrosos
narrados no livro, que ainda não acabei de ler, não me causaram nenhum tipo de
surpresa, porque há muito tempo eu tenho a exata noção do que seja o PT e seu
projeto totalitário fascista em
implantação no Brasil. O que causa surpresa é o estrondoso silêncio ouvido na
mídia e entre os políticos – com a honrosa exceção da revista Veja. Como não saiu nada no Jornal Nacional, nem no
Fantástico, é como se o livro não existisse e ponto final. Já que o livro não
existe – embora esteja em segundo lugar entre os mais vendidos da lista deVeja -, nada se fala do seu conteúdo. Lula, envolvido direto
nas denúncias de Tuma Jr., sempre tão loquaz, ficou mudo quando surgiu o
escândalo “Rosegate” e
agora anda ainda mais mudo, surdo e cego, dentro do princípio maroto “não sei
de nada”.
Muitas pessoas não
conseguem encontrar o livro nas livrarias. A desculpa é sempre a mesma: “está
esgotado”. Muitos suspeitam que petistas estão comprando o livro em grande
número para destruí-lo.
Foi uma bênção Tuma
Jr. ter sido alçado a Secretário Nacional da Justiça. Só assim tomamos
conhecimento dos crimes cometidos pelo PT e aliados, onde o Mensalão foi o
menor deles. Já Tuma pai cometeu um erro grosseiro, ao mudar de partido,
passando para a “base alugada” do PT. Delegado íntegro e de longa vivência no
meio político e na Segurança Pública, Tuma deveria conhecer melhor o verdadeiro
PT, não aquele candidamente apresentado a ele pelo “Barba”.
Pelo livro, sabemos
que Lula nunca foi de fato um preso do DOPS, mas um hóspede com muitas
regalias. Mais: Lula foi um importante colaborador (“ganso”) do DOPS, em São
Paulo, e tinha o codinome de “Barba”. O “alcaguete e aprendiz do DOPS” tinha
estreita ligação com o delegado Romeu Tuma e repassava importantes dados sobre
passeatas, greves etc., de modo que o governo militar se antecipasse aos fatos
e tomasse providências no sentido de garantir a segurança pública e evitar
depredações. Nesse sentido, Lula foi útil ao governo militar.
Todavia, o “Barba”
também se valia de sua liderança no meio sindical para, em conluio com os
patrões da indústria automobilística, aumentar o preço dos veículos. A desculpa
marota era sempre a mesma: aumento do salário dos metalúrgicos. (O que não foi
a redução do IPI dos carros, quando o “Barba” se tornou presidente, senão uma
autêntica malandragem, que atendia tanto aos metalúrgicos, que mantiveram os
empregos e aumentaram seus salários, quanto aos donos das montadoras, que nunca
lucraram tanto na vida?)
O livro aborda em
detalhe a estratégia petista de alcançar o poder totalitário, desde que Lula,
“o ganso que virou pavão”, se tornou presidente da República. Jornalistas
amestrados (a “língua alugada” de que fala Tuma Jr.) também se prestam a esse
objetivo: “Lula e o PT são
mestres em usar a imprensa e o dito jornalismo investigativo como peças de
contrainteligência e de condenação avant la lettre: a
imprensa acaba sendo levada a fazer o papel de um tribunal de condenação que
precede toda a segurança jurídica” (pág. 23).
“O jornalista
publica o que recebe, e tal notícia acaba sendo anexada a um inquérito como
verdadeira. Ou vira a peça inicial do inquérito. Tem mais: quando a reportagem
de um jornalista é agregada ao inquérito com informações que você mesmo plantou,
emprega-se outro truque: ao anexar o texto da reportagem nesse inquérito, você
o ‘vitamina’ com altas doses de mentiras. Ninguém vai checar se a reportagem
que gerou o inquérito continha ou não essas informações. O truque é muito
simples. Coloque pitadas de mentiras ainda mais mentirosas na reprodução, no
corpo do inquérito, do que aquilo que foi publicado pelo jornal” (pág. 24-25).
Com as redes
sociais, a “falconaria” petista se esmera em
assassinar reputações, tanto de revistas, quanto de pessoas: “As redes sociais transformaram-se num instrumento
poderoso para a guerrilha virtual na qual o PT tem sido imbatível, pois há
muito tempo seus seguidores aprenderam a lidar com essa poderosa arma” (pág. 139).

O livro aborda
também temas bombásticos, como o caso ainda insepulto de Celso Daniel
(torturado no corpo com cano de arma quente, antes de levar 15 tiros), a
Operação Satiagraha, o dossiê Alstom (desde 2008 o PT queria vazar os dados e
usou o CADE para isso em 2013, para atingir governos tucanos), o dossiê Ruth
Cardoso, o Rosegate, o grampo ilegal contra ministros do STF. O último capítulo
aborda em detalhes a Operação Trovão, que tinha como alvo fritar Tuma Jr,
Secretário Nacional de Justiça, envolvendo-o com um chinês acusado de ser um
mafioso, Paulo Lee, quando na verdade Tuma Jr. tinha em mente promover uma
anistia, de modo que estrangeiros conseguissem a naturalidade brasileira,
dentro da lei. Segundo Tuma Jr., Lula o usou como fraldão geriátrico,
totalmente descartável, e foi essa covardia que resultou no agravamento da
saúde de Tuma pai e sua consequente morte:
“Nunca me calei,
sempre mandei apurar. Até que chegou a minha vez. Gilberto Carvalho, braço
direito de Lula, e ainda de Dilma, tentou negociar o meu silêncio sobre os
trambiques e sinecuras que testemunhei, sobre tudo o que sei, como ninguém, a
respeito da morte de Celso Daniel, em troca de uma cerveja, você verá. Não aceitei.
Veio o refluxo. Fui levianamente acusado e covardemente frito. A história que
se segue é a história da tentativa de assassinato da minha reputação. Que, a
bem da verdade, como uma estratégia das organizações criminosas, se consumou em
boa parte e medida. Além de tirar a vida do meu querido e amado pai, tais
estrategos do lulismo atingiram em cheio as outras duas coisas que mais prezo,
e que valem muito mais que minha vida: a minha família e a minha honra” (pág. 25).
“Eu havia sido
frito e defenestrado pela mídia depois que o governo Lula resolvera divulgar
uma velha e falsa notícia – a de que eu teria favorecido um suposto
contrabandista oriental, que sequer foi denunciado por isso. E mais: que eu era
amigo do chefe de uma ‘máfia’ que jamais disseram qual era, quem integrava,
quais suas atividades. Tudo para atingir a reeleição de meu pai e inviabilizar
minha permanência no seu governo, combatendo a corrupção e o crime organizado,
que, como o tempo mostrou, nele se instalaram confortavelmente. De resto, eis
aí os motivos que levaram meu pai à UTI” (pág. 30).
O PT, desde sempre,
se valeu de métodos clandestinos para bisbilhotar e fabricar dossiês falsos
contra adversários políticos, principalmente em época de eleição. Foi assim no
caso dos “aloprados” - um maroto eufemismo lulano. Foi assim para derrubar
Collor de Mello na tal “campanha pela ética”. Foi assim na “CPI dos Anões do
Congresso”, quando o senador Esperidião Amin chamou os arapongas petistas de
PTPol, a Polícia do PT. Amin estranhava a desenvoltura com que José Dirceu
apresentava documentos que só um espião poderia fazer - aliás, José “Daniel”
Dirceu, então presidente do PT, é especialista em Informações,
Contrainformação, Estratégia e Segurança Militar, com treinamento em Cuba, e
fez parte do MOLIPO, grupo terrorista criado pelo Serviço Secreto cubano.
O que me chamou a
atenção foi o modus operandi da Polícia Federal, no tocante à indústria de dossiês,
à disseminação desbragada de grampos e o uso também ilegal dos Procedimentos
Criminais Diversos (PCD) e dos Relatórios de Inteligência (Relints),
utilizando-os como peças do processo judiciário. É sobre esse grave assunto que
pretendo focar. Assim, faço a seguir algumas transcrições do livro, para que os
leitores tirem suas conclusões.
Escreve Tuma Jr.: “80%, para ser bem favorável a eles, são casos que
nascem de 'grampos' ou de compartilhamento de relatórios produzidos em
inquéritos ou nos anômalos PCDs – Procedimentos Criminais Diversos – iniciados
com as tais escutas que a lei diz que só devem ser realizadas em último caso,
ou quando não houver outro meio de prova. Mas eu pergunto: quando se escolhe um
alvo para se investigar, e não um crime, como usar outro tipo de diligência que
não o ‘grampo’ ”? (pág. 72)
“As operações da PF
aumentaram quinze vezes durante o governo Lula. Pularam, por exemplo, de 16 em
2003 para 143 até agosto de 2009. De 2003 para 2010, o número de funcionários
da PF saltou de 9.231 para 14.575, um crescimento de 58%” (pág. 73).
“Sob Lula, a PF
teve tantas e tamanhas operações porque a lógica foi invertida: ela estipulava
primeiro o ‘alvo’ e depois passava a gerar supostas informações sobre ele.
Sempre com dossiês ou grampos. Só o vocábulo ‘alvo’, em si, já induz que
ninguém mira em algo para errar. Sob Lula, tivemos, industriosamente, a juntada
de relatórios do bunker da PF em inquéritos, e pior: sem qualquer compromisso
cronológico com a realidade dos fatos. Aí, antes de qualquer coisa, você vaza
na imprensa esses relatórios, e condena o acusado no tribunal em que os sites
de pesquisa se transformaram. Sob Lula, passa-se a investigar alvos, não
crimes, e cria-se uma polícia de estado totalitário” (pág. 74).
“Não é para menos
que Márcio Thomaz Bastos me sugeria, antes mesmo que eu assumisse, a ideia de
se criar a Super Secretaria Nacional de Justiça, absorvendo a Senad, o Coaf, o
Arquivo Nacional e, a depender das condições políticas, até a Abin, além de
criar o documento único de identidade sob o nome de Registro de Identidade
Civil – RIC. Eu não viabilizei as mudanças porque temia a aglomeração e
concentração demasiada e absoluta de poder num mesmo órgão. Parece até que eu
já pressentia os riscos e acontecimentos futuros” (pág
74).
“Ademais, no meu
ponto de vista, alguns deles funcionavam adequadamente e na estrutura correta,
e a ideia do RIC, que eu recusei, acabou indo para a PF: CPF, RG, CNPJ,
carteira nacional de habilitação, título de eleitor, tudo num número só, num só
documento, num único arquivo ou banco de dados” (pág
75).
O Exército
Brasileiro está fazendo uma nova identidade para seus militares da ativa, em
formato de cartão, onde irá constar o RG, CPF, CNH, título de eleitor, PASEP,
tipagem sanguínea, dados do registro de casamento. O banco de dados terá também
as digitais eletrônicas dos dedos das mãos dos militares. Esses dados,
inclusive a digital do polegar direito, na verdade já constam na identidade
tradicional - com espaço do RIC em branco. Bom para os usuários, ótimo para a
bisbilhotagem do PT. Se dados pessoais de militares da ativa do Exército, como
identidade, CPF, Banco e conta-corrente onde recebem seus vencimentos vazaram
recentemente na Internet, por que esses dados do RIC verde-oliva não iriam
parar no Data Center da PF para utilização da Gestapo petista?
“Serviços secretos,
de inteligência, ou mesmo polícias mundialmente famosas não usam nem nunca
usaram os métodos da PF de fazer IP (Inquérito Policial) ou procedimentos
similares no setor de inteligência. Cito como exemplos: o FSB (Serviço de
Inteligência Russo), a antiga KGB da ex-União Soviética, a CIA americana, o
Mossad israelense, e o Serviço de Inteligência Britânico MI5; ou ainda a
Direção de Inteligência Militar (DIM) e os Serviços de Inteligência Bolivariana
(Sebin), antiga Direção de Serviços de Inteligência e Prevenção (DISIP), da
Venezuela. É possível que somente a temida Gestapo tenha se aproximado dessa
atuação, mas sem as mesmas tecnologias de hoje. Enfim, uma vergonhosa invenção
brasileira, um produto que sequer a ditadura concebeu” (pág. 82).
“Essa DIP, Divisão
de Inteligência Policial, é um bunker, onde se
coleciona uma série de informes, informações, relatórios e dossiês contra o
‘mundo’ sem que seja dada a necessária e correta difusão. A Polícia Federal usa
isso como um bunker, acessado no
momento em que interessa atacar ou promover uma investigação contra um novo
‘alvo’, da polícia ou do governo. Fala-se tanto nos tempos da ditadura, em seus
arquivos, mas isso ocorre nas barbas desse governo; pior: com sua
condescendência, e ninguém toma qualquer providência” (pág 82-83).
“Vejamos o caso do
ex-senador Demóstenes Torres. Eles arquivaram um relatório de inteligência
feito contra ele e que datava de 2006. Por que não fizeram nada na época?
Porque não interessava. O tal relatório ficou cozinhando nas gavetas do bunker. No momento político oportuno, tais papéis
saíram do forno para atingir Demóstenes, figadal adversário do governo petista.
Tudo isso porque o governo estava operando para Demóstenes migrar para a base
petista aliada. E quando definitivamente ele não foi, chegou a hora de o galo
cantar; e o relatório de inteligência veio, altissonante, à luz do dia e para
toda a mídia” (pág. 85).
“O uso absurdo e
excessivo do Auto de Investigação Preliminar – AIP, que, como o Procedimento
Criminal Diverso – PCD, não sofre qualquer correição, controle interno e
externo, é outra aberração. Esse tipo de procedimento não tem respaldo na
legislação penal. Quando a polícia quer ou tem que investigar algum fato
típico, o faz no bojo de um inquérito policial, nos termos do Código de
Processo Penal. Esse procedimento, uma vez instaurado, não pode ser arquivado
sem ordem judicial. Esses PCDs ou AIPs, ao contrário, são procedimentos
anômalos que podem se prestar a uma série de arbitrariedades e desmandos de
toda ordem. Podem, inclusive, servir como um instrumento muito eficiente para
corrupção, na medida em que não sofrem qualquer controle e não possuem qualquer
registro. Quem manda começar pode mandar encerrar” (pág. 87).

Uma prática comum
nos vazamentos da PF é apresentar apenas a decupagem (resumo) das gravações,
escolhida a dedo, e não a degravação (íntegra). Publicado o grampo ilegal na
imprensa, é a senha para o início de processo criminal. O “indiciado” passa a
ser automaticamente condenado pelo “STG – Supremo Tribunal do Google”, com a
exposição de seu nome no site da PF. Segundo Tuma Jr., são operações
sistemáticas de desinformação e contrainteligência realizadas pela Gestapo
tupiniquim, de modo a destruir o “inimigo”. Como se sabe, o PT trata os
adversários políticos como inimigos do Estado, que devem ser eliminados.
“Essa técnica de
gravar, editar e vazar, sobejamente usada, é uma nova modalidade de violação
dos direitos e garantias fundamentais em forma de tortura psíquico-física.
Trata-se do moderno ‘pau de arara’ virtual, um legado desse governo” (pág. 93).
“A DIP, Divisão de
Inteligência Policial, e o SIP, Serviço de Inteligência Policial, são áreas
reservadas e secretas. Ali nem o Ministério Público entra, nem o próprio
pessoal da PF que não for dali entra! Eles não têm cartório; você não pode
consultar os registros dos inquéritos porque são inquéritos ‘fantasmas’. O
golpe tem vagos fundamentos no direito e nenhum deles na democracia, porque,
quando registram o inquérito, fazem no de forma errada, para nos confundir. Vai
descrito como um crime para ser apurado na ‘delegacia de Crimes contra a
Previdência Social’, mas é possível mandá-lo pra outro lugar, sem declarar. Na
DIP ninguém pode entrar, o cara vem te receber na porta. É um órgão que não
sofre correição, ninguém vai lá, nem o Ministério Público faz correição lá. Não
tem controle externo nem interno. É o diabo à solta. Os advogados estão
ferrados, meu caro. Se chegam lá, não têm acesso, não entram na sala, ficam de
fora. Eles mandam algum meirinho, ou esbirro, que fala para o advogado: ‘Olha,
doutor, aqui não tem inquérito’. O advogado só conseguirá achar o inquérito
depois de um mês, na delegacia errada” (pág. 98-99).
“Os relatórios de
inteligência de hoje são 99,99% feitos de decupagem, que não é transcrição mas
dedução de conversa gravada em telefone. Pior: eles são feitos por agentes,
escrivães ou papiloscopistas policiais, contrariando frontalmente a lei, porque
não é atribuição desse pessoal da Polícia Federal. O único que tem atribuição
para produzir documento de inteligência é o delegado de polícia, conforme o
decreto do Ministério do Planejamento que nós temos aqui. Se for produzido por
agente, escrivão ou papiloscopista, é ilegal” (pág.
105).
Sobre os veículos
aéreos não tripulados (VANT), hoje mais conhecidos como drones, adquiridos para vigiar nossas fronteiras,
escreve Tuma Jr. “Descobri que o
projeto verdadeiro era outro... Esse avião consegue voar sem ser notado, por
exemplo, em cima de Brasília e filmar o que um senador ou ministro do STF está
fazendo dentro de casa” (pág. 107).
“Essa é a grande
contradição que ninguém explora, esse negócio de transparência que eles
continuam pregando, Lei de Acesso à Informação etc. Eles querem dar acesso à
informação aos arquivos da ditadura, que são arquivos porque nunca foram usados
em processos. Existem relatórios de inteligência para subsidiar a decisão
dessas autoridades superiores. Na ditadura servia para isso. Na democracia,
esses relatórios de inteligência servem para prejudicar os outros, para usar
como peça de polícia judiciária. Em vez da questão de depoimento judicial, se
usa isso como peça de inteligência e arquiva-se o relatório. A própria Polícia
Federal agora está usando documento de 2004 contra a amiga do Lula, a Rosemary
Nóvoa Noronha. Por que ela não foi investigada em 2004? Por que não botou para
frente isso? Houve chantagem? Eles prevaricaram na época? Não, era um documento
de inteligência e está sendo usado agora como documento de polícia judiciária,
um supercrime!” (pág. 107).
“A pergunta que eu
faço é: o que era mais importante para o Estadão noticiar? A foto do ‘chefe da máfia’, um chinês, com o
secretário nacional de Justiça na China, ou entregando um presente para o
presidente Lula numa sala reservada do Ministério da Justiça? Eu respondo: é
óbvio que, se não fosse armação do governo com o jornal, se o indivíduo fosse
mesmo um mafioso, o Lula estaria na capa do Estadão e não eu. Era só uma questão de raciocínio, mas os
demais veículos da mídia preferiram entrar no barulho da ‘Trovão’; não se
ligaram que ali também foram uma espécie de ‘fralda’ para o Planalto e para a
PF, que, seletivamente, também escolheram as fotos que seriam vazadas” (pág. 115).
“Na PF, o
silogismo, para dedução em inteligência, funciona assim: ‘Todo ladrão tem arma
em casa; você tem arma em casa; logo, você é ladrão’. Ou ainda, para usar o
primeiro exemplo: ‘Todos os homens são mortais; ora, você é mulher; logo, é
imortal’ ” (pág. 130).
Quer mais? Compre o
livro...
Na pág. 151, Tuma
Jr. escreve: “Relato tais
atrocidades com a profissão de fé de quem bota uma mensagem numa garrafa:
alguma autoridade vai sacar a rolha, abrirá tudo e lerá”. Será que ainda existe
alguma autoridade com aquilo roxo e abra a rolha da garrafa? Ou já está tudo
dominado?
Félix Maier é
Articulista. Originalmente publicado no site Usina de Letras.