Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Gélio Fregapani
Continuou o forçamento governamental para
uma utópica integração da América do Sul sem ter o consenso da nossa
sociedade, que é a mais prejudicada, nem das outras, as beneficiadas, mas que
nos acusam de imperialismo.
A América do Sul não se unirá. É uma região
dividida pelo o gigantismo brasileiro, pelo chavismo venezuelano, pela mística
indígena e cocaineira boliviana, pelo esquerdismos uruguaio, o
populismo argentino, o enclave dos EUA na Colômbia e o contrabando endêmico do
Paraguai. A tentativa de integração regional só atrapalha a defesa
dos interesses do Brasil como ator global, mas estranho e ilógico mesmo é o
entranhado amor por Cuba, que nem faz parte da América do Sul.
- A Dívida Pública manipulada continuou a
nos impor uma sangria de quase a metade do orçamento somente com os juros.
Enquanto, não baixarmos os juros e não nos livrarmos da dívida nenhum governo
pode dar certo. Caso forcemos a baixa, a oligarquia financeira internacional
apoiará uma revolução. Aliás, parece que já “decretou” a mudança de governo.
-Agravando a pressão dos juros, nem se fala em
reduzir o número de ministérios nem de senadores, deputados, vereadores, nem de
reduzir as mordomias, assessores, carros, motoristas e o que é pior: continua o
repasse de verbas para ONGs, que em grande parte trabalha para
paralisar o progresso.
- Os partidários do Genuíno teriam mandado
dinheiro para que ele pagasse a multa. Como ultrapassou o necessário, a sobra
teria sido repassado ao Delúbio. Foi publicado que um dos contribuintes entrou
com quase meio milhão. Socialista rico? Talvez, mas houve uma transferência de
50 mil euros na Europa para a conta, no Brasil, do ex-tesoureiro petista. O
dinheiro veio em nome de italianos e marroquinos usados como “laranjas”. Nesse
mato tem coelho...
- A reeleição do atual governo já não é
mais uma certeza, quer em função da atuação da oligarquia financeira
internacional, quer em função de eterna leniência com a corrupção e dos erros
da atual política. De qualquer forma, ganhe quem ganhar, prenuncia-se grandes
dificuldades para o futuro governo, pois as tropas de choque petistas em caso
de derrota tenderão a inviabilizar a administração e o funcionamento do
Governo e em caso de vitória petista a oligarquia financeira internacional
procurará inviabilizar a economia. Ambas as atitudes são capazes de levar o
País à ruína.
Aliás, a Presidente Dilma que
inicialmente pareceu disposta a enfrentar a oligarquia internacional, nos
últimos tempos passou a contemporizar com suas exigências, numa tentativa de
diminuir-lhe as restrições à sua reeleição. Isto indica que, se reeleita
cederá tanto quanto cederiam seus adversários. Em resumo, ambas as
candidaturas tanto a do PT como a do PSDB tem pouco a ver com o interesse
nacional ou mesmo com ideologias. Elas são basicamente consequência dos
pactos entre forças econômicas internas e externas com cada uma delas.
Naturalmente falta aos nacionalistas um
lado para apoiar, de uma parte temos o entreguismo explícito e do outro lado
o entreguismo disfarçado. Para piorar o quadro podemos esperar por uma
disputa pelos votos que a Marina alardeia ter, por ambas as principais
candidaturas, com rendição à maligna agenda ambientalista e evidente aporte
de forças externas. Como antídoto a essa agenda antinacional, a candidatura
ruralista de Ronaldo Caiado propondo a reação às invasões e o fim do
acovardamento pode ainda repercutir na opinião pública revoltada com a
insegurança e com a política oficial de acovardamento.
- É hora de
acabar com o indigenismo antes que incendeie o Brasil. As
divergências cada vez mais irreconciliáveis, estimuladas por ONGs
estrangeiras e pelo próprio Governo e conflitos podem estourar a qualquer
momento. Há focos de conflito iminente em pelo menos sete Estados, todos
ligados a disputas entre os índios e proprietários rurais. As disputas de
terras entre índios e fazendeiros deverão ser algo mais do que dor de cabeça
para a Presidente Dilma neste ano eleitoral. O conflito tende a se agravar e
a assumir uma proporção de guerra civil.
- Como boa notícia a provável
substituição do Ministro da Defesa, o inconsequente que assinou a convenção
dos direitos dos povos indígenas e dando crédito ao publicado na internet,
teria ainda distorcido um trecho prejudicando ainda mais o País. Seja
bem-vindo futuro Ministro Gabas. Empunhe a bandeira nacionalista que o
seguiremos.
|
No mundo
- Embora seja previsível o desdobramento da
crise financeira, não são previsíveis suas consequências. Por enquanto o 'Fed'
tem tentado perpetuar a ilusão de que o sistema está solvente, ocultando os
dados para esconder a debilidade do dólar. Claro, a exploração do gás de Xisto
pode alterar essa situação e se for bem sucedida haverá mais um século de
hegemonia dos EUA, que tenderão a se afastar do Oriente Médio. Para o caso do gás de Xisto não
corresponder a expectativa os EUA contam com o nosso pré-sal, que deve duplicar
a nossa produção em médio prazo.
- Caso, com o sucesso do gás do Xisto, o
petróleo deixe de ser uma necessidade crítica é provável que as atenções se
voltem para certos minérios essenciais e pouco comuns como as “Terras Raras” o
Manganês e o Nióbio. Deste último, possuímos 98% de todas as reservas conhecidas, mas oficialmente
exportamos apenas 40% do consumo mundial e a preço meramente simbólico. Caso o
nosso País resolva usá-lo politicamente ou mesmo para ganhar o que pode
certamente terá retaliações ou mesmo guerra.
- De alguma forma se observa que as
principais ameaças de conflito tendem para um arrefecimento, quer no Oriente
Médio entre os EUA e o Irã, quer no Extremo Oriente entre a China e o Japão. As
guerras quentes de Terceira geração cedem espaço para as de Quarta geração,
todos mantendo consideráveis meios militares mais como elemento de pressão ou
de dissuasão. Isto vale também para nós, sendo que a defesa do Meio-Ambiente e
a proteção aos povos indígenas serão os prováveis pretextos para as pressões.
- Apesar da desmoralização do aquecimento
global, o movimento ambientalista mundial não desiste. No nosso País o
Greenpeace nos sugere por o pré-sal de lado e a explorar apenas vento e sol, a
desistirmos de Belo Monte, a não asfaltarmos estradas na Amazônia nem
melhorarmos os portos. Nas isto só vale para o nosso País. Na Holanda, sede das
principais ONGs, fazem-se aterros a todo momento, há inúmeras refinarias, e o
porto de Rotterdam acaba de realizar uma enorme expansão. Danem-se os impactos
no ambiente...
Que este ano, aconteça o que acontecer, possa o nosso País continuar dono do território que herdamos. Que Deus nos ajude e que façamos por merecer.
Gelio Fregapani é escritor e Coronel da
Reserva do EB, atuou na área do serviço de inteligência na região Amazônica,
elaborou relatórios como o do GTAM, Grupo de Trabalho da Amazônia.
Um comentário:
Sr Gélio:
O caso da Reserva Raposa Serra do Sol precisa ser melhor explicado ao povo brasileiro. Hoje, pode-se supor que tal Ato foi imposto ao governo do Brasil por forças externas interessadas no Nióbio existente naquela região de RR.
O Senhor bem que poderia, com o seu amplo conhecimento do Brasil, nos informar melhor com mais ousadia.
Postar um comentário