Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Roberto Viana Santos
Os 40 anos da ponte Rio - Niterói estão
sendo comemorados neste 2014 e o sistema GLOBO, hegemônico no estado do Rio,
através de O GLOBO, iniciou neste domingo uma série de reportagens a respeito.
Embora as manchetes sejam aparentemente negativas, os repórteres Chico Otávio e
Bruno Góes não se deixaram patrulhar, mostrando que não é a ideologia que
domina as redações - embora tente - mas a verdade.
Seis anos durou a obra, empresas foram
afastadas, o ministro mudou-se - com a família - para o canteiro de trabalho.
Houve mortes, sim, num tempo que a segurança do trabalho engatinhava no Brasil.
Este Andreazza, aliás, não era um demagogo sorridente, como muitos pensam. Era
da arma de Engenharia (de Combate) da AMAN, após o que cursou a antiga Escola
Técnica do Exército, hoje IME (é mole!).
Encarar regiões inóspitas com a família
era, então, e é até hoje, sacrifício natural entre os militares.
Impressionante o orgulho demonstrado por engenheiros e operários
entrevistados, com a obra mas, também, com
os militares envolvidos, que "chegavam junto".
Quando um político hoje passa mais de
24 horas em região conflagrada, em meio à catástrofe? Faz um rolezinho de
helicóptero, para fotos e vídeos, determina liberação de recursos que não
chegam nunca e pronto. E agora querem assinar embaixo da obra!?
Construir a ponte foi uma epopéia como foi
construir Brasília, embora esta última seja hoje área de homizío do que há de
pior na política brasileira. Já a ponte, perguntem a cariocas e
niteroienses...
Roberto Viana Santos é General de Divisão na
reserva.
4 comentários:
Belo artigo, que realmente traduz tudo o que ocorreu naquele período de construção da Ponte Rio-Niteroi que todos aguardavam ansiosos.
Mas aproveitando o tema, gostaria de relembrar que logo após a inauguração foi dito ao povo brasileiro que seria implantado o pedágio na ponte até o momento em que os custos das obras fossem cobertos. Já se passou 40 anos e ainda estamos com o pedágio na ativa. O povo vai acreditar em mais alguma coisa ... de jeito nenhum. Não existe dignidade, por parte das autoridades, aqui neste Brasil.
Tive o privilégio de participar e ver a construção da Ponte Rio-Niterói emergir do fundo da Baia de Guanabara e tornar-se uma grandiosa obra. Comecei a trabalhar na construção da Ponte, como auxiliar técnico, em setembro de 1970. Era jovem, esforçado, destemido e entusiasmado com aquele gigantesco canteiro de obra, no mar e em terra, e logo fui promovido. Na construção da ponte foram utilizadas pela primeira vez, tecnologias inovadoras, como ilhas flutuantes com equipamentos de perfuração de tubulões, treliças de lançamento e dois equipamentos de colocação de aduelas. Há 40 anos a gente estava à frente do mundo inteiro. Congratulações a todos os colegas, que com muito esforço, sacrifício e coragem, trabalharam na construção da Ponte.
Tive o privilégio de participar e ver a construção da Ponte Rio-Niterói emergir do fundo da Baia de Guanabara e tornar-se uma grandiosa obra. Comecei a trabalhar na construção da Ponte, como auxiliar técnico, em setembro de 1970. Era jovem, esforçado, destemido e entusiasmado com aquele gigantesco canteiro de obra, no mar e em terra, e logo fui promovido. Na construção da ponte foram utilizadas pela primeira vez, tecnologias inovadoras, como ilhas flutuantes com equipamentos de perfuração de tubulões, treliças de lançamento e dois equipamentos de colocação de aduelas. Há 40 anos a gente estava à frente do mundo inteiro. Congratulações a todos os colegas, que com muito esforço, sacrifício e coragem, trabalharam na construção da Ponte.
Grande Mari Andreazza. Desbravador e visionário com Bernardo Sayão, que enfrentavam os canteiros de obras, acreditando neste Pais, que hoje temos orgulho de sua pujança e de um povo ordeiro e trabalhador, diferentemente dos políticos.
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