Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Paulo Chagas
Caros amigos: A resposta a esta pergunta,
neste momento, exige alguma contextualização, reportando-nos ao tempo da Guerra
Fria em que o mundo estava dividido entre democratas e comunistas. Assim,
é de se supor que o primeiro, mais urgente e acertado objetivo do Movimento
teria que ser a preservação da democracia, considerando que os comunistas
já “estavam no governo e lhes faltava apenas o poder”, o qual seria obtido, em
breve, pela deflagração de um golpe de estado, tramado e preparado para os
primeiros dias de maio de 64! (Jacob Gorender – Luiz Carlos Prestes)
Os
comunistas, embora compusessem uma ínfima minoria no contexto da Nação, eram
organizados e atuantes e estavam se preparando desde o início dos anos 60 para
desencadear a tomada do poder pela luta armada (Luis Mir – A Revolução
Impossível).
A imensa maioria da sociedade condenava a
baderna que se instalava no País e temia a “cubanização”, em consequência
acolheu com alegria e ufanismo a iniciativa dos militares, o que ficou
largamente registrado nas manchetes dos jornais da época.
A
antecipação das forças democráticas, embora tenha frustrado o golpe dos
comunistas, não os impediu de por em prática o plano “B”, qual seja o da luta
armada para implantar a “ditadura do proletariado”.
As
ações terroristas tiveram início desde logo e se intensificaram na medida em
que obtinham sucesso, como foi o caso do atentado no Aeroporto dos Guararapes,
em 1966, onde duas pessoas foram mortas e outras 14 ficaram gravemente feridas.
Esta
evidência obrigou o Governo a endurecer o regime decretando o Ato Institucional
nº 5, que criou as condições necessárias para controlar, neutralizar e derrotar
os terroristas. (Luis Mir e Jacob Gorender).
O
desenrolar das ações de combate ensejou a prática de lamentáveis
arbitrariedades e de violência e excessos de ambos os lados. A censura, imposta
na medida exigida pela natureza das operações de combate ao terrorismo, não
impediu as manifestações políticas ou artísticas e, muito menos, interferiu na
ação da justiça, haja vista os registros nos anais do Congresso e os arquivos do
Superior Tribunal Militar, fontes largamente utilizadas pelos autores do livro
“Tortura Nunca Mais”.
O
rigor no cumprimento das leis, a ordem que se instalou e o comprometimento dos
novos dirigentes criaram o ambiente de segurança e de otimismo que acabou por
propiciar acelerado progresso, crescimento econômico e pleno emprego aos
brasileiros, tirando o Brasil do subdesenvolvimento.
A
busca obstinada por esta evolução, sob a ameaça das organizações terroristas,
fez com que o Regime Militar durasse mais do que, hoje, podemos avaliar como
necessário, no entanto, por todas as razões já abordadas, é lícito concluir que
alcançou seus objetivos, particularmente o principal, a preservação da
democracia!
A
melhor prova de que o objetivo principal foi alcançado é a presença no poder da
República dos terroristas derrotados e anistiados pelo Regime Militar, alçados
a estas posições pela via democrática!
A
liberdade preservada em 64 e consolidada ao longo dos 21 anos de Governos
Militares permite que, hoje, no poder executivo, os adeptos da ditadura do
proletariado, valendo-se dela, conspirem contra a democracia, aparelhando o
Estado e buscando o controle sobre os demais poderes da República, ou seja,
estão fazendo uso da liberdade defendida em 64 para, seguindo as orientações do
famigerado Foro de São Paulo, implantar no Brasil a forma “bolivariana” do
comunismo de sempre!
A
promessa da Governanta Dilma, em Cuba, de implantar o “socialismo” em
seu suposto segundo mandato; o comentário colocado pelo “comissário” Tarso
Genro na Proposta de Lei Orçamentária do Rio Grande do Sul de que "o
novo papel do Estado ou avançará no sentido de iniciar uma transição ao
socialismo ou ficará restrito a uma reforma do capitalismo que fortalece a
autonomia da burguesia nacional" e, mais recentemente, a declaração
do “comissário” José Eduardo Cardozo, na pasta da Justiça, de que “é
preciso repensar a separação dos poderes”, são provas evidentes dessa manobra
liberticida.
Concluo,
portanto, a resposta à pergunta título deste texto, dizendo que não há
objetivos do Regime Militar a serem alcançados. Há, isto sim, objetivos a serem
preservados!
Paulo Chagas é General de Brigada, na
reserva.
2 comentários:
Contamos com vocês para impedir a comunização do país.
Excelente texto. E foi isso mesmo que se viveu na época. Contamos hoje com vocês para por em prática o art 142 da CF antes que viremos uma cuba ou Venezuela.
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