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Por João Vinhosa
Como se sabe, os
senadores da base governista têm insistido na ampliação da embrionária CPI da
Petrobras. Eles pretendem ampliar tal CPI, para que a mesma investigue, também,
a formação de cartel nas contratações feitas por governos tucanos para o metrô de
São Paulo.
A senadora Gleisi
Hoffmann (PT-PR), ex-ministra da Casa Civil da Presidência, afirmou que “o
Brasil exige que todo malfeito seja investigado. Não acredito que a oposição
tenha algo a temer”.
Por sua vez, o
senador Humberto Costa (PT-PE) declarou que a intenção dos governistas é
aproveitar para investigar, além das denúncias relativas à Petrobras, outros
casos que envolvam recursos públicos federais. E aproveitou para alfinetar:
“Por que o medo? Vamos apurar os casos da Petrobras e todos os outros onde há
malversação de verba federal”.
Considerando a
vontade política manifestada pelos senadores acima citados, descortina-se uma
oportunidade da maior importância para a sociedade brasileira: o país tem a
chance de aplicar um duro golpe não só no cartel do metrô de São Paulo, mas
também em todos os cartéis internacionais que exploram o consumidor nacional,
público e privado.
Para tanto, basta
notificar as autoridades de defesa da concorrência dos Estados Unidos sobre as
investigações relativas ao cartel em questão, conforme previsto no Acordo
Brasil-EUA para combater cartéis, objeto do Decreto Nº 4.702, de 21 de maio de
2003.
É evidente que os
destemidos Gleisi e Humberto Costa só aventarão a possibilidade de tal
notificação se o Governo não tiver nada a temer com a troca de informações com
as autoridades norte-americanas. Afinal, diversas das empresas envolvidas nas
investigações sobre o cartel do metrô de São Paulo são também fornecedoras de
obras do PAC, e pode haver o risco das investigações saírem do controle.
Adaptando as
palavras dos dois eminentes petistas à notificação aos EUA, teríamos: 1 – “o
Brasil exige que todo malfeito seja (realmente, com a cooperação dos EUA)
investigado. Não acredito que (o Governo) tenha algo a temer”. 2 – “Por que o
medo? Vamos apurar os casos da Petrobras e todos os outros (com a cooperação
norte-americana, nos casos de cartéis internacionais) onde há malversação de
verba federal”.
Pelo exposto, cabe
indagar: Não seria uma deturpação moral querer investigar o cartel do metrô de
São Paulo em uma CPI, e evitar que esta mesma investigação seja compartilhada
com nosso parceiro num Acordo de Cooperação cujo principal objetivo é a troca
de informações sobre cartéis formados por empresas que atuam nos dois
territórios?
A propósito,
maiores detalhes sobre o assunto podem ser vistos no vídeo intitulado “O cartel
do metrô de São Paulo e o Acordo Brasil-EUA para combater cartéis” (parte 1 e
parte 2) cujos endereços são apresentados a seguir.
João Vinhosa é Engenheiro - joaovinhosa@hotmail.com
2 comentários:
A intencao desses senadores meliantes e so desviar a atencao sobre a pobre e delapidada Petrobras apos uma longa caminhada de sucesso e pujanca tendo nos proporcionado tantas alegrias, jaz agora nos seus ultimos estertores devido a uma corja de administradores totalmente comprometidos com a ganancia governamental que assola todo esse pais. Esses citados acima nao querem a investigacao sobre nossa Petrobras porque sabem que o governo esta enterrado ate o pescoco. Ora, o caso do Metro de SP. Salvador e outras capitais e a respeito de um Cartel de empresas estrangeiras que tem que ser investigado sim mas em saparado porque esse cartel nao diz respeito a nenhum governante, seja oposicao ou nao mas eles querem tudo junto que e para tumultuar a verdadeira CPI que alcanca o Governo Federal. A oposicao nao deve temer isso. So lamentar.
A reportagem cita que o cartel foi "formado" pelo governo estadual. O jornalista deveria tomar cuidado com as palavras, pois quem forma cartel são empresas. Se há a conivência ou não de governos é outra história.
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