Artigo
no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por
Gelio Fregapani
Certamente
houve anteriormente corrupção na administração federal, mas no tempo antigo,
tal como pequenas esfoladuras, sangravam mas não chegavam a comprometer a
saúde. Certamente a corrupção tomou vulto na construção de Brasília e terá
sangrado a economia, mas compensou.Os sangramentos foram consequencia da
necessidade. Sem a corrupção, semi oficializada, certamente não teria
acontecido a construção da Capital, que criou condições para a ocupação do
Centro-Oeste, sendo a maior jogada geopolítica desde a Independência. Até onde
se sabe, não foram para o Governo nem para os partidos.
Com
certeza a corrupção diminuiu durante o Governo Militar. A modéstia das posses
dos generais-presidentes o comprova. Se houve então alguma corrupção terá sido
nos baixos escalões da administração e passou despercebida da rigorosa justiça
da época, mas a partir da “redemocratização” romperam-se as veias. A corrupção
do Sarney ainda em um caráter regional prossegue sem grandes abalos.
Na
era Collor ficou conhecida a “República das Alagoas” que resultou no
impeachment, mas pouco se sabe de quanto poderia ter recebido para criar a área
ianomâmi. Quem pagaria? O Cartel Internacional do Ouro, a oligarquia financeira
internacional, ou seja, à corrupção somou-se a traição à Pátria. Passada a era
Collor a corrupção e a traição expandiram-se exponencialmente.
Nada
antes se comparou às privatizações/ desnacionalizações do FHC. A
hemorragia atingiu as principais artérias da economia e entre as 58
empresas vendidas (em grande parte ao estrangeiro) avultam a Vale do Rio
Doce, as telefônicas, as siderúrgicas, os bancos estaduais, muitas
hidrelétricas, linhas de transmissão, distribuidoras etc, vendidas em média por
10% de seu valor. Talvez as mais maléficas atuações de FHC e seu preposto
Reichstul possam ter sido os leilões do petróleo e a tentativa de venda da
Petrobras.
Disse
o governo de então que arrecadou 85,2 bilhões. O valor justo passaria de um
trilhão, mas mesmo assim não teria valido a pena pois as remessas de lucros e a
falsa compra de tecnologia passam a representar um sangramento permanente.
Quanto FHC e seus asseclas teriam amealhado para trair a própria Pátria? É
difícil saber. Imagine o leitor.
A
indignação popular (hoje quase esquecida) foi tão grande que propiciou a eleição
de um indivíduo despreparado, inculto, reconhecidamente inepto e para muitos,
representando uma ameaça comunista. Apesar da inépcia, o Lula evitou a
continuidade das desnacionalizações, mas loteando os cargos entre seus vorazes
partidários multiplicou os ferimentos, estes ainda que significativos, quase se
eclipsam diante da hemorragia iniciada pelo FHC e não controlada nos governos
Lula e Dilma.
Agora,
no final do primeiro governo Dilma aparecem providências para diminuir a
hemorragia. Diminuir, não estancar. Pois para estancar seria necessário retomar
o que foi desnacionalizado. Contudo, graças a boa atuação da Polícia Federal
alguns ferimentos serão tratados e quem sabe alguns dos corruptos punidos.
Como
seria de esperar, a politicalha toda tenta se aproveitar de tais eventos. O
Governo afirmando que sua administração foi a única que permitiu a devassa e a
oposição mostrando que os corruptos apanhados são em maioria gente do próprio
Governo.
Apesar
de tudo fica uma mensagem de esperança: Nem FHC/ Reichstul
nem Lula/Gabrielli nem toda a quadrilha que loteou a Petrobrás
conseguiu destruir a nossa Petrobras!!!! A produção de petróleo no
Brasil atingiu recorde em outubro com 2,126 milhões de barris por dia. Outubro
foi o nono mês consecutivo de crescimento da produção no país", conforme
comunicado oficial.
O
maior roubo da História
Revistas,
políticos, judiciário, pessoas comuns até jornais do exterior dizem que
mensalão e Petrolão foram os maiores roubos da nossa Historia. Sem
diminuir a importância dessa ladroagem devemos nos lembrar da venda da
CVRD. Avaliada no CONSENSO DE WASHINGTON DE 1982, (FHC presente), por Rockfeler
e Jorge Soros, de que o valor seria algo em torno de 5,5 TRILHÔES DE
DÓLARES.
Pois
bem, a CVRD, foi privatizada 15 anos depois, por FHC, por 3,3 bilhões de
dólares, compreendendo 7.500 áreas de mineração com as maiores jazidas do
mundo, 03 ferrovias, 03 portos de grande calado, 30 navios da Docenave e mais
outras menores. Seus funcionários comentam que ainda haveria muito dinheiro em
caixa e que o pagamento seria pago com lucro de 06 meses. Que a Vale, estatal,
não dava tanto lucro pelos programas de assistência social que executava e
que o preço justo em 1987 seria algo em torno de 7 a 8 trilhões de
dólares.
Contudo
não podemos nos iludir pensando que não havia corrupção. Havia sim e muita, mas
a da venda caberia no livro dos recordes.
Dinheiro
emprestado
Uma
pessoa pode necessitar de dinheiro e ter que pedir emprestado, mas para um país
que pode imprimi-lo só a necessidade urgentíssima de divisas para compras no
exterior (de petróleo ou de alimentos) poderia justificar, mesmo consciente que
terá que pagar com juros.
Internamente,
quando um governo tem despesas maiores do que suas receitas, se deseja fazer
determinadas obras ou o que for, poderá imprimi-lo em vez de contrair um
empréstimo.
Ambos
causam a mesma inflação e o empréstimo tem os juros e sendo externo, causa a
perda parcial da autonomia. Há razões para crer que os pedidos de empréstimo
visam mesmo as “comissões”, da mesma forma que as “licitações” dirigidas.
Há
que se levar em conta o prejuízo que os juros da dívida tem causado ao nosso
País, comendo quase a metade do superávit primário. Vem de longe o golpe da
agiotagem da dívida. Esta explodiu com a decisão de FHC que a remunerou a
juros exorbitantes. Nós pagamos 11% da divida, talvez os juros mais altos do
mundo.
Isto
é um crime contra a economia nacional e vem causando a maior parte dos males
que enfrentamos, desemprego, problemas sociais, falta de verbas para
obras essenciais, violência urbana, etc. Os EUA pagam 0,5% para os juros da
divida interna, a Alemanha paga menos de 1%, a Rússia 1,5%.
O
que um bom governo faria, uma vez tendo herdado essa maldita
situação? Certamente baixaria os juros.
–
Mas então os credores retirariam o dinheiro emprestado, não é?
Claro
que sim e certamente o investiriam em atividades produtivas assim aconteceu
quando abolido o tráfico negreiro o capital migrou para a agricultura e
indústria, trazendo o progresso. Com juros altos só um tolo empregaria seu
capital em um empreendimento produtivo podendo, só com os juros, ganhar mais do
que o empreendimento lhe remuneraria.
-
E daí? Haveria numerário suficiente para honrar o capital retirado?
-
Se não houver, o que fazer?
- Fácil,
imprimir se necessário.
Gelio Fregapani é Escritor e Coronel
da Reserva do EB, atuou na área do serviço de inteligência na região Amazônica,
elaborou relatórios como o do GTAM, Grupo de Trabalho da Amazônia.
Um comentário:
Caro Coronel, saudações !
As privatizações levaram o país a crescer, trouxe desenvolvimento ao País. Ou o senhor se esqueceu que a 20 anos atrás, nao tinhamos telefone fixo ou móvel, estradas, etc e etc. Voltemos a falar da Vale do Rio Doce.
O senhor se esqueceu que essa empresa enquanto nas maos do governo brasileiro só dava prejuízo. No caso da telefonia, quem tinha telefone naquela época?
Estatais só servem para uma coisa! Serem roubadas e pilhadas, por políticos corruptos no poder, um cabide de emprego. A Petrobras é o primeiro dos casos a serem investigados, ou o senhor acha que nas outras estatais a corja de ratos politicos tambem nao colocaram suas garras ? Sejamos sinceros ! O senhor acha que se a Petrobras, fosse privada, ela teria sido estuprada do jeito que vem sendo ? Se fizerem uma investigação séria nos Correios, Sabesp, Cemig, Eletrobras, Itaipu, entre inúmeras outras de menor ou maior porte, tenho certeza, que nao será diferente da Petrobras.
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