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Por Gelio Fregapani
Já diziam os filósofos gregos que a democracia com
corrupção degenera em demagogia e que isto termina por exigir um governo forte
que ponha ordem na sociedade. A nossa História parece comprovar esta assertiva.
Foi só entregar o poder para os políticos e deu no que está aí.
Sucederam-se ineptos, traidores e ladrões. Com Sarney teve
impulso a compra de votos e com Collor, mais do que a corrupção avultou a
traição à Pátria na questão ianomâmi, traição que, com FHC tomou um vulto nunca
igualado. Após, com a eleição de indivíduo reconhecidamente inepto e demagogo –
o Lula, a corrupção se espalhou em todas as camadas da classe política e à sua
sucessora, ainda que melhor intencionada, faltou um mínimo de habilidade; ensaiou
uma faxina ética e teve que recuar em nome da “governabilidade”, ensaiou
medidas econômicas nacionalistas e recuou ante as pressões da oligarquia
financeira internacional, mas mesmo cedendo, aquela oligarquia decretou sua
queda.
A Presidente, além de incompetente, acuada ao extremo nada
consegue fazer além de tentar sobreviver, vendendo até a alma. Por sua história
de guerrilheira não soube pedir o apoio dos militares para que a garantissem
contra as pressões advindas da corrupta politicalha quando contrariada e das
pressões internacionais. Ao contrário, Dilma permitiu humilhações a eles como a
Comissão da ”falsa” Verdade e a colocação de um inimigo como Ministro da Defesa
afastando assim os únicos que poderiam protegê-la. Na hora em que ela poderia amparar-se
no nacionalismo dos militares faltou-lhe a vontade viril transformadora inibida
por sua história esquerdista. Agora que até a opinião pública a repudia, está
perdida. Ou sofrerá um impeachment ou será neutralizada e dominada pelas forças
que ensaiou combater. Quanto ao Legislativo, que só pensa em tirar
vantagem, o sorvedouro de recursos é algo estarrecedor. O Poder Judiciário está
dobrado e corrompido em nível medular.
A saúde econômica do País ingressa em um período difícil,
em parte pela inépcia governamental, em parte pela corrupção generalizada, mas
principalmente pela atuação da oligarquia internacional que, atuando
maquiavelicamente no complicado xadrez mundial, cria as condições para se
apropriar do petróleo e outras riquezas, pelas beiradas, de forma a dificultar
uma possível reação. Tenta colocar no governo um novo FHC.
Por último, mas não por fim, a insegurança no campo e nas
cidades, o acovardamento da população desarmada e ensinada a não resistir
prepara a nação a ceder ante qualquer ameaça, (Guerra de 4ª Geração), que nos
deixa ainda mais vulneráveis do que nossa debilidade militar.
O merecido descrédito político somado a permanente
sensação de insegurança,tirou a esperança dos brasileiros. Não há
condições de mudar nada no nosso País. Ninguém sabe de nada, ninguém quer
nada, um autêntico carnaval travestido de Semana Santa . O Governo, como está,
não pode persistir é clara a aspiração de mudança, mas qual, se dentro da
legalidade não se vê nada melhor?
Fosse somente um problema interno terminaríamos por seguir
a teoria do sábio grego e resolver o problema com um governo forte, mas a
orientação externa é de impedir, a qualquer custo, o surgimento aqui de uma
potência que possa agir com independência e contam com o auxílio de legiões de
compatriotas que, no afã de derrubar um mau governo estão dispostos a
prejudicar o País, o que é uma tolice evidente. Uma nação pode
sobreviver até aos gananciosos, mas terá dificuldade para superar os danos
causados pela tolice aproveitada pelo inimigo externo, se for grande o número
de ingênuos que não visem em primeiro lugar o interesse nacional.
Estamos em dificuldades reais. Pior ainda, não acreditamos
em nós e apreciamos falar mal de nós mesmos.
Ainda o pior de tudo, estamos desunidos. Já se
disse que uma casa dividida não se sustenta em pé.
Sem noção
1- O prefeito Eduardo Paes homenageará com um busto no Rio
de Janeiro a Marco Archer, executado na Indonésia por tráfico de drogas. Diz o
prefeito que “A morte de Marco representa a luta não só do povo carioca
por um mundo mais justo, mas sim de todo o povo brasileiro e que
essa pessoa contribuiu muito para o progresso da humanidade.
2- Rodrigo Janot, o Procurador Geral da República esteve em
Washington, para falar mal da própria Pátria. Parece que o objetivo é ajudar
seus colegas americanos a ferrar a Petrobras. Janot é o mesmo que ao discursar
na abertura do ano legislativo se referiu à revisão da lei da anistia, citando
o parecer da revanchista comissão.
3- O Exército Brasileiro foi e é ainda um dos grandes
culpados do desarmamento civil, portanto não somente do morticínio de cidadãos
indefesos como do acovardamento geral da nação pela cooperação com o incentivo
a “não resistência”. É muita ingenuidade. Na Amazônia fala em Estratégia da
Resistência, mas como com o povo acovardado? Que guerra ele quer ganhar? Que
tome consciência das consequências do que faz”.
4 - É de uma ingenuidade de estarrecer o internacionalismo
dos nossos governos. Poderíamos ter construído a hidrelétrica de Itaipu
totalmente em nosso território, nas Sete Quedas. Optamos por ajudar o Paraguai
com uma sociedade e deu no que deu. Durante o governo tucano optou-se por
favorecer aos cartéis norte-americanos e no governo petista a financiar obras
em outros países. Agora se pensa fazer uma hidrelétrica no rio Uruguai
juntamente com a Argentina. Será que nunca aprenderemos?
5 - Todos reclamam da queda de preço das ações da
Petrobras. Então por que não recomprá-las? Parece que o George Soros as está
comprando.
6 - Todos são iguais perante a Lei, mas os índio são
melhores e tem mais direitos. Aliás os negros também tem seus privilégios, mas
os mais diferenciados são os gays. Sobre esses talvez seja proibido até dizer
que são privilegiados pela Lei.
7 - A punição maior para os Juízes condenados por crime ou
corrupção é a aposentadoria imediata com vencimentos integrais.
A Presidente está sem noção de “o que fazer”. Isolada,
encurralada, sem base parlamentar nem apoio social, contestada até dentro do
PT, com um novo esqueleto no armário aflorando a cada dia tudo tende a piorar.
A rigor Dilma teria uma chance: fazer uma faxina radical, mas para isto
precisaria de decidido apoio militar para evitar que o Congresso a tire no
mesmo dia que começar a faxina. Esse apoio é difícil de conseguir mantendo um
inimigo das Forças Armadas no Ministério da Defesa.
Gelio Fregapani é Escritor e Coronel da Reserva do EB,
atuou na área do serviço de inteligência na região Amazônica, elaborou
relatórios como o do GTAM, Grupo de Trabalho da Amazônia.
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