Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Sérgio Alves de Oliveira
Já seria tempo das pessoas comuns,
que pensam, participarem das discussões sobre a mais recente crise de água em
parte do Brasil, especialmente no Sudeste, ao lado dos políticos, governantes e
todos os especialistas na área.
Sabe-se que a natureza não dotou as
diferentes regiões do mundo com a mesma disponibilidade de água doce. Foi
generosa com umas. Cruel com outras. Zonas desérticas coexistem com outras onde
há água em abundância.
Um dos lugares onde ela está com
fartura é no Brasil. Mas nessa disponibilidade nada é estanque. Grandes são as
modificações que aconteceram e acontecerão no futuro da crosta terrestre. A
superfície total do Planeta (águas, terra e gelo) oscila muito, em todos as
direções. Terras e águas se alternam em torno das mesmas coordenadas
geográficas através dos diferentes tempos.
É tanta a modificação, que onde tem
terra hoje pode ter havido água ontem, e vice-versa, o mesmo se aplicando no
amanhã dos milênios. Mas não é exatamente essa a discussão a enfrentar. O foco
em mente é mais limitado. Resume-se nos recursos hídricos naturais e os seus diversos
tipos de consumo, não no mundo, porém no
Brasil, agora, na segunda década do Séc.XXI.
Com
certeza não há no “mapa mundi” território mais privilegiado que o brasileiro no
que pertine à disponibilidade natural de água doce, tanto superficial, quanto
subterrânea. Especialmente a reserva do “Aquífero Guarani”, na metade Sul do
país, tem “olho grande” do mundo inteiro.
Considerando
o fato do espantoso crescimento da população mundial, que deu-se em ordem
geométrica, muito acelerada, especialmente a partir da segunda metade do Séc.XX
, e, por outro lado, o relativo “estacionamento” da quantidade dos recursos
hídricos naturais fornecidos pela natureza através dos séculos, é evidente que
a relação da “procura e oferta” desse produto precioso ficou alterada.
Enquanto
a “procura”aumenta, a “oferta” fica no mesmo nível. Nem com toda a tecnologia
do mundo o homem conseguiria alterar substancialmente essa relação. Das
máquinas das suas fábricas poderá sair qualquer produto, exceto vida e água. E sem água não poderá haver vida
em qualquer ponto do universo. Mas parece que no mundo “humano”essa verdade não
causa muita apreensão.
Para
melhor avaliação do problema, deve-se ter em mente, num primeiro momento, o
fato de que a população mundial DOBROU, passando de um bilhão de pessoas, em 1800, para dois bilhões em 1927. Ou seja, passados 127 anos, cresceu somente 100%. Daí em diante foi um
crescimento muito maior, espantoso. Em 2014 estava em 7 bilhões. Calcula-se que
no fim do Século XXI, a população mundial passe a ser de 12 bilhões.
Isso
significa que em menos de um século, ou seja, passados tão só 87
anos, o mundo recebeu mais 5 bilhões de “filhos”, passando de 2 bilhões,
em 1927, para 7 bilhões, em 2014. Demorou, por conseguinte, 127 anos (de 1800 a
1927) para DOBRAR, e 87 anos (de 1927 a 2014) para QUADRIPLICAR. Mas o “azar”é que toda essa gente também
passou a precisar de água. Para beber, lavar, irrigar suas plantações e mil
outras necessidades e utilidades.
Esse
cálculo, com certeza, pode ser estendido às
necessidades de consumo de água, para todos os fins. O crescimento populacional
é enorme e a oferta de água natural
estacionária.
Mas
a água tem mil e uma utilidades. A potável, para beber, ainda é o menor dos
problemas. Se todas as pessoas do mundo bebessem os dois litros diários
recomendados pelos médicos e nutricionistas, seriam necessários 14 bilhões de litros/dia.
Ora, isso é “mixaria” se relacionado ao volume ofertado pela natureza. O grande
problema está mais nos “outros” consumos, ou seja, na água não-potável utilizada para fins diversos. Ocorre
que muita água potável é desperdiçada. E a potabilização, ou purificação, desse
líquido custa muito dinheiro. As redes de distribuição se encarregam de jogar
fora muita água potável, principalmente
por falta de manutenção. Esse desperdício é dinheiro público jogado no
lixo, pois a água vai embora, apesar de “enriquecida”
com produtos químicos caros nas estações
de tratamento.
Mas
a carência de consciência da maioria dos consumidores acaba emparelhando com a
incapacidade governamental frente ao
problema. Não se sabe quem tem mais ou menos culpa. Mais parece uma “guerra”
. Uma guerra “equilibrada”. O
desperdício domiciliar mais se deve à falta de consciência do consumidor em
economizar água e evitar o excesso de consumo e desperdício sem o devido aproveitamento.
Nessa
estupidez, o consumidor tem a fiel parceria dos políticos, governantes e autoridades responsáveis pelo abastecimento
público de água. Essa “parceria” está em dois aspectos. O primeiro é o baixo
custo da água para consumo humano, que estimula os excessos desnecessários e desperdícios domiciliares. O
segundo está na dispensado PODER DE POLÍCIA que tem a Administração Pública. Na
verdade ela está se “lixando”para o que acontece com a água.
O
Governo tem o papel e a caneta na mão
para disciplinar a área e impor medidas
junto aos fabricantes de produtos hidráulicos. A maioria não é nada
“inteligente”, sem nenhuma visão e consciência sobre o enorme problema. Os mais
“baratos” são os piores, os que mais jogam água fora. Se o Governo se
preocupasse em ver esse problema de perto, iria se espantar. Concluiria que o
problema está mais no desperdício do que na oferta. Tudo por ausência de consciência
e inteligência. Do Governo e do consumidor.
A
produção e o consumo de água purificada deveria tomar algumas lições lá na
“Coca-Cola”. Começa pelo fato de que ninguém desperdiça o refrigerante, tanto
na produção, quanto na distribuição e
hora do consumo. É que “ele” custa caro. Se a água fosse mais cara, não
haveria tantos problemas como existem
hoje. A água é barata e, por isso, desperdiçada. Claro que não quero dizer com
isso que a água para beber deva custar o mesmo que a “Coca-Cola”. A referência
foi tão somente para fins de ajudar no raciocínio.
Mas
o maior volume de água da natureza utilizado para “fins humanos” não passa
pelas estações de limpeza e purificação das águas para ser distribuída. Esse
maior volume é colhido diretamente nas fontes naturais (rios, barragens, lagos, lagoas, açudes, etc)
para irrigar as plantações, e abastecer
a pecuária e indústria. Essa água é “grátis”, o que também favorece o
desperdício. E como o crescimento das suas necessidades se iguala, ou até
supera, à da água potável, e estas duas,
em conjunto, se equivalem ao aumento em ordem geométrica da população mundial, é
evidente a disparada vantagem que leva a PROCURA sobre a OFERTA de água potável
e não-potável.
Importante
é sublinhar que na medida em que crescem os pontos de captação de água na
natureza,o volume da dita fonte decresce
em equivalente medida . Cada ponto de captação significa menos água na
fonte de origem. Diversos rios chegam a
“secar”, ou quase, em razão das captações consentidas e clandestinas
verificadas no seu curso, especialmente para uso da agricultura e indústria. É
tão trágica a situação que às vezes chega a faltar água para as estações de tratamento
e nas torneiras das residências. Trocando em miúdos:falta água para beber na
rede de distribuição pública.
Aos
olhos do mundo,certamente essa crise de
abastecimento de água no Brasil - considerado o paraíso das águas no Planeta
Terra ,privilégio até invejado por outras nações - daria quase no mesmo que
receber a informação que estaria faltando
“gelo” no Polo Norte, ou na Antártida,para os fins em que ele é costumeiramente utilizado.
“Fechando”
com o titulo escolhido para esse texto, certamente a crise hídrica no Brasil de
hoje, notadamente no Sudeste, não decorre da FALTA DE ÁGUA, porém da combinação
da incapacidade governamental, pouca inteligência e quase nenhuma consciência
do consumidor para enfrentar esse grave
problema.
E
não é muito diferente a situação referente às tradicionais zona de “seca”, situadas no Nordeste. Aí o quadro é muito mais grave, pois
os responsáveis tiveram “um século” para resolver e quase nada foi feito, apesar
dos vultosos e inúteis recursos públicos
carreados para a região, conhecidos pelo povo da região como “indústria da
seca”.
Sérgio
Alves de Oliveira é Sociólogo e Advogado.
3 comentários:
Sr. sergio não se preocupa, ja esta em ação um plano para exterminar 80% da população, a Nova ordem mundial.
Vc deveria ler as noticia na India a coca cola esta sen do processada por roubar aguas do subterraneo.
Cada 1 litro de regrigerante gasta-se 2 litros de agua.
Mas eles ja devem ser donos do aguifero Guarani, veja a repotagem no You tube, la diz que esse aguifero já deve estar na mão da verdadeira elite ocultisra do mundo OFT.
Prestem atenção PH do sangue humano 7,30 a 7,40, PH de um refrigerante 2,5 a 3,5 quanto mais alto o PH da Agua mais alcalino.
Cancer se desenvolve em ambiente acido.
Por tanto senhor Sergio era melhor suspender a produção de refrigerante, pois a maioria da população não ficaria doente, aqui vc cita coca cola com exemplo, eles são exemplo de vender a morte a população desinformada.
Vejam esta palestra para medicos:
https://www.youtube.com/watch?v=z4I50nAtuvA
Sr. Sergio não se preocupa, já esta em ação um plano para exterminar 80% da população, a Nova ordem mundial.
Vc deveria ler as noticia na India a coca cola esta sendo processada por roubar aguas do subterraneo.
Cada 1 litro de refrigerante gasta-se 2 litros de agua.
Mas eles já devem ser donos do aguifero Guarani, veja a reportagem no You tube, la diz que esse aguifero pode abastecer por 2500 anos.
https://www.youtube.com/watch?v=jXh0fAAfJMo
Prestem atenção PH do sangue humano 7,30 a 7,40, PH de um refrigerante 2,5 a 3,5 quanto mais alto o PH da Agua mais alcalino, qto mais baixo mais acido, o Cancer se desenvolve em ambiente acido.
Por tanto senhor Sergio era melhor suspender a produção de refrigerante, pois a maioria da população não ficaria doente, aqui vc cita coca cola com exemplo, eles são exemplo de vender a morte a população desinformada.
Reportagem sobre o aquifero guarani:
Vejam esta palestra para medicos:
https://www.youtube.com/watch?v=z4I50nAtuvA
Coca cola um exemplo de empresa
Dr.Anônimo das 1:34PM: VªSª não entendeu. Não fiz nenhuma apologia da Coca-Cola. Só a tomei "emprestada" porque é muito conhecida e cara.Não pode ser desperdiçada.E se eu a trocasse por "leite" ? Tudo bem?
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