Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Henrique Abrão
O
moderno século XXI da tecnologia nos embota e coloca o diálogo em xeque. Milhares
de rebeliões e assassinatos em todas as praças do Mundo, revelando elevado grau
de incerteza e a própria insegurança, a traduzir negação do direito e
emblematicamente a sonegação da justiça.
Quando
pensávamos que os meios contemporâneos de comunicação abririam frestas de
diálogo e paz mundial, nos enganamos redondamente, e vemos justamente o
contrário. Cada vez mais a globalização impactou no distanciamento entre os
povos e as Nações. Essa espiral de desigualdade social rompe com o tecido e
fragmenta a base que solapa diante de uma sociedade voltada para o capital. E
cada vez mais o direito é negado pela expressão da força, a que domina e
posiciona em relevo as armas, destruindo vidas e apontando na direção do
radicalismo político-religioso.
As
entidades internacionais já não funcionam de há muito e o debate é na verdade
um monólogo, haja vista que americanos e europeus fazem seus lances no tabuleiro
e despertam pouco interesse para a periferia do mundo economicamente
globalizado. Nesse complexo mundo da tecnologia e da arte de matar, voltamos à
barbárie, cujas pessoas são assassinadas pela respectiva ideologia, partidária,
política, ou religiosa, e tenta se combater de forma incessante e sem tréguas
essas sequelas perversas dos levantes deflagrados a partir da primavera árabe.
Paradoxalmente
o mundo se viu prestigiado por novas máquinas, pela robótica, por caminhos de
muita dinâmica e sensibilidade no sentimento da aprovação social desses
instrumentos do dia a dia que rotinizam e às vezes nos escravizam. Porém, se de
um lado houve esse incremento, doutro o relacionamento humano recuou séculos
pré história, e tal fato sucede pela absoluta ausência de lideranças, líderes e
suas forças internacionais.
O
direito é negado peremptoriamente. O escrito na carta constitucional é
voluntaria e involuntariamente desconsiderado e rasgado, ao passo que a demora,
lentidão e o caminhar a passo de cágado transformam a realidade numa sonegação
da Justiça. O principal fator é co participar a solidariedade e blindar as
forças que lutam pela paz, ao mesmo tempo fortalecer a justiça local e do
direito internacional.
Países
desenvolvidos ainda praticam a pena de morte, a exemplo dos EUA que mantém em
alguns estados a cadeira elétrica ou injeção letal. Outros usam armas para
tirar vidas e assim continua a humanidade a viver um verdadeiro conflito
provocado pelas misérias sociais e fraturas dos lucros abusivos e ganâncias de
grupos econômicos.
O
Estado escreve o texto legal mas ao mesmo tempo coloca o cidadão amesquinhado e
apequenado, enquanto a infra estrutura da justiça não dá sinais de recuperação,
mormente num País tal qual o Brasil que o grosso volume de feitos se relaciona
com causas individuais e de microaspectos sem conotação coletiva ou difusa.
Em
contrapartida se o dinheiro é o motor da sociedade atual e de suas
transformações ambivalentes, doutro há valores intangíveis os quais não são
alcançados pelo vil metal. A dignidade, a honra , a sensatez, emblematicamente
incorporadas à honestidade produzem efeitos nevrálgicos nas sociedades e
reduzem o avacalhamento provocado pela mídia e organismos interessados em
debelar o bem e implantar a confusão.
Viveremos
reféns das armas e trôpegos perante a vida, nessa nova quadra aberta a partir
do tempo de Quaresma, se não nos recolhermos ao interior e descobrirmos que, sem
valores éticos e morais, a dissolução do tecido social corre enorme risco pela
negação diária do direito e sonegação perene da justiça.
Carlos
Henrique Abrão, Doutor em Direito pela USP com Especialização em Paris, é
Desembargador no Tribunal de Justiça de São Paulo.
2 comentários:
Era uma vez uma senhora com uma educação fora do normal, fina, culta etc.
Na rua onde morava algumas prostitutas faziam ponto, ela era contra e sempre entravam em atrito.
Um dia elas tiveram uma ideia, cagaram e colocaram a merda numa caixa de presente.
Pediram para um menino que ficava na rua entregar a caixa para esta senhora.
Que depois de uma semana, convidou as moças para um cafe da manha descomunal, vários sucos pães etc.
Depois que todas se esbaldaram, a senhora, pegou varias caixa de presente e distribuiu para as moças, vestidos, blusinhas, meias tudo do melhor.
Quando uma das moças perguntou, pq a Sra. esta fazendo isso pra gente, nos mandamos merda pra senhora e a Sra fez tudo isso pra nós.
Ora minha filha, cada um manda o que têm.
De fato, o que houve foi que o sr. Lula privatizou o judiciário para os maçons com dois objetivos, ou sejam, votos e de desmoralizar o judiciário. Dar ênfase aos direitos coletivos e difusos como tem feito o MP é, na verdade, escolher trabalho e deixar de lado o cidadão para que resolva seus problemas com a Lei de Hamurabe. Assim assistimos à escalada da violência sem limites. Recorrer ao Judiciário e ao MP hoje é pura perda de tempo e de recursos. Eliminar quem viola seus direitos sai muito mais barato.
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