Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Paulo Ricardo da Rocha Paiva
Prezados companheiros "da luta": Estamos encerrando mais uma campanha em defesa das
nossas mais caras crenças!
Francamente, eu esperava um pouquinho mais, que fosse, na
mensagem da Ordem do Dia do Exército em 2015. Os poucos
"pastores de ovelhas", aqueles que ainda comungam
no pensamento de que existe uma reserva "raivosa"
(quanta/que injustiça), que me perdoem, mas, faltou algo mais, faltou
alma, faltou a indignação, faltou o brado de "basta" ao engasgo de
sapos. Faltou o recado de quem comanda...
Enaltecer o Exército, do início ao fim de uma mensagem, neste momento da
vida nacional, decididamente, é muito pouco para uma Força Terrestre que
precisa mais, mas muito mais do que nunca, de desagravo, de
sentimento de repulsa, de projeção de brio represado.
Não, em absoluto, não sou contra a exaltação do nosso
Exército. Mas assim também o fazem, a todo o momento, aqueles que o
defendem com unhas e dentes, colocando muitas vezes o sentimento
sagrado de respeito à Instituição e de lealdade à Pátria acima da
"disciplina militar prestante", hoje decantada, com segundas
intenções, em prosa e verso, por notórios inimigos dos militares.
Assim o fazem a todo instante aqueles que não têm o rabo preso nem algo a
perder. Assim o fazem a todo instante aqueles que, muitas vezes, colocam a boca
no mundo, defendendo sem medo a manutenção do ESPÍRITO DE
CORPO do Exército e são acusados, de forma pusilânime, de estarem concorrendo
para a indisciplina ou para a desarmonia.
Que não se duvide: quem clama por BRIO, muito mais que raivoso,
está, sim,indignado pela falta de atitude, pela submissão às conveniências,
pela falta de "decisão de caráter moral"!
Preocupante! Não enalteceu o Exército pelo cumprimento de missão
vital, em 1935 e 1964, qual seja a de livrar o País da "foice e
do martelo". Medo do que? Medo de quem? Arrependimento? Vergonha?
"Mea culpa"?
Ainda no dia 14 de abril, em reunião da reserva com o comando da
guarnição de Santa Maria, ao final das exposições, fiz chegar
pessoalmente ao excelentíssimo senhor comandante da 3ª DE
não uma pergunta, muito menos um questionamento, mas, tão somente, a solicitação
de que se fizesse chegar ao alto comando a apreensão da reserva, e mesmo
da ativa, quanto ao fato da nossa Medalha do Pacificador ainda estar no peito
de um guerrilheiro mensaleiro.
Devo acreditar (à esta altura, acho que ninguém mais duvida): esta
preocupação seria transmitida, a quem de direito e obrigação e à
viva voz, por alguns companheiros (AOS QUAIS ME INCLUO), em uma
reunião na qual estivesse presente o próprio comandante da
Força. Sim, porque ninguém, absolutamente ninguém, nem oficiais-generais podem
estar imunes às cobranças (desde que feitas na posição de sentido), de forma a
que não se afastem da exação no cumprimento de suas atribuições funcionais.
Atenção! Até sobejas provas em contrário, acho que gente desqualificada
vai ser enterrada, como sempre, com a Bandeira Brasileira, só que agora,
também, com o pavilhão auriverde emoldurado pela nossa Medalha do
Pacificador! QUEM VIVER VERÁ!
Em oportunidade passada alguém já disse: -"Que ninguém se
julgue perfeito neste mundo. A natureza humana é imperfeita. Quem jamais pecou,
quem nunca errou, quem nunca se enganou, que atire a primeira pedra! Mas, não
há como negar também aquele velho e sábio ditado: - “Errar é humano, mas
persistir no erro é diabólico.”
A voz do povo é a voz de Deus, mas o clamor do
Exército é o brado do soldados! E o brado
da tropa, ativa e reserva, que me perdoem mais uma vez os "pastores
de ovelhas", não foi ouvido, muito menos assimilado, por quem deveria ter
um mínimo de sensibilidade como condutor de homens de farda. Sentir,
identificar, assumir a aspiração do subordinado é atributo/princípio de
liderança. O Duque de Caxias sentiu na carne que sua intervenção em
Ytororó era o desejo de seu soldados. Osório, Sampaio, todos eles,
sabiam manejar o carisma pessoal, sempre identificados com o que a tropa
esperava deles em termo de atitudes. Nos últimos dias, ativa e
reserva traduziram para o comando do Exército suas justas aspirações, suas
expectativas de justiça, de desagravo, de imposição de auto respeito pela
Força Terrestre, para seu comandante, e ele não entendeu a mensagem.
Não, não desejamos a tal NOVA FORÇA TERRESTRE apregoada com tanta ênfase
naquela ordem do dia. Eu pelo menos prefiro a FORÇA TERRESTRE
ANTIGA, aquela de generais como Humberto de Alencar Castelo Branco, que
não levava desaforo para casa, que não admitia a convivência com
declarados inimigos do Exército, que não se afastava um milímetro do
cumprimento de suas atribuições por qualquer tipo de conveniência.
Não, não sou o dono da verdade! Quem viu alguma coisa de
aproveitável na dita mensagem, para a situação periclitante em que estamos
mergulhados hoje (até o talo), QUE SE MANIFESTE. Mas não venha com aquela
"estória para boi dormir" de que apregoo o "golpe";
com aquela excrecência injusta de que, cobrando por atitude, estou sendo indisciplinado ou que, chamando
companheiros de "pastores de ovelhas", estou contribuindo para a
desunião. Que estes últimos fiquem tranquilos: quando a hora da definição
chegar,tenho a certeza de que estaremos do mesmo
lado da trincheira. Quando a "luta" tiver lugar (e ela vai
chegar), não faltará um "VELHO SOLDADO RAIVOSO" para buscar o
"PASTOR DE OVELHAS" que tenha sido ferido no combate.
O meu abraço forte a todos, "raivosos e pastores".
SELVA ! BRASIL ACIMA DE TUDO!
Paulo Ricardo da Rocha Paiva é Coronel de Infantaria e
Estado Maior, na reserva.
7 comentários:
Coronel Ricardo Rocha Paiva, o seu texto deveria substituir o do Comandante Militar do Exército,sem alma, frio como um cadáver na geladeira e em estado de putrefação.
Adsumus!
Você acha que coronel vai se dar o trabalho de escrever alguma coisa de útil este inútil deve estar planejando soltar balões apenas para sabotar todos militares estão envolvido em alguma patifaria todos pela nova ordem mundial...
clamamos pelo exército, militarismo já ou aqui jaz uma nação democrática agora comunista.
já está perto de sermos iguais a Cuba.
Por favor alguém faça algo para intervir.
VAI CLAMAR PARA O CAPETA QUANDO SABER QUE TUA GENITORA FOI PARAR NO PAU DE ARARA E A ESTRUPARAM MATARAM SEU PAI E PRENDERAM SEUS IRMAOS E ESTAO ATRAZ DE VOCE AI QUANDO ACORDAR VAI TOMANDO CUBA PARA ACALMAR DESSE PESADELO QUE VOCE ESTA PEDINDO INTERVENHA NESTE TEU MOMENTO DE BOBEIRA E MANDE ESTE CEL TOMAR NO COPO...
O militante militonto virtual está atuante. Cuidado, ele morde!
Larga de ser cara de pau coronel de pijama.
Quando a sociedade souber o que acontece dentro dos quartéis das FFAA, a sua máscara cínica e de vários outros oficias irá cair.
Fale a verdade: quantos oficiais abrem empresas no nome de laranjas (esposa, tio, mãe, irmão) para fraudar licitações dos quartéis?
E a canalhice de empresários juntamente com oficiais da maçonaria, perseguindo subordinados que denunciam as falcatruas (direcionamento de licitações para os irmaozinhos do bode perverso)?
Você não tem moral, pega tua pijam sujo, deita e cala essa tua boca nojenta.
Ô "reserva nervosa" ou, como queiram, "leões sem dente". Não se pode esperar algo de quem não quer oferecer o que tem.
Há tempos, o Exército adotou a estratégia do silêncio, que pode ser traduzida como o silêncio dos covardes.
Depois da abertura democrática em 1985 as FA se aquartelaram, camuflaram suas mazelas entre os muros dos quartéis e, como não poderia deixar de ser, perderam espaço na sociedade.
Na história recente as FA deixaram de exercer aquilo que a sociedade espera deles: A REPRESENTATIVIDADE. Numa de suas falas, o atual Cmt Ex, disse que o Exército é um corte vertical da sociedade, de fato, porém esse corte está sangrando há um bom tempo.
A ordem é medíocre, e, muito mais ainda, o comentário do coronel de pijama.
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