Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Robson Merola de Campos
Tem sido recorrente nos últimos meses os pedidos populares
de intervenção militar no Brasil. Basta entrar-se nas redes sociais para se
confirmar isso. Nas manifestações de 15/03 e 12/04 foram vistas centenas de
faixas e cartazes nas ruas exigindo a “volta” dos militares.
Entre as pessoas que pedem a intervenção militar estão
homens, mulheres, jovens, idosos, professores, bancários, empresários,
profissionais liberais, donas de casa, chefes de família, funcionários das mais
diversas categorias e matizes, ricos, pobres, moradores de todas as regiões do
Brasil, brancos, negros, pardos, descendentes de europeus, latinos e africanos,
enfim, uma miscelânea de pessoas que só poderia ser possível mesmo no Brasil.
Curiosamente, apenas uma categoria de brasileiros tem se
mantido alheio a tal debate: os próprios militares, especialmente aqueles em
serviço ativo. Pelo menos publicamente. Nas casernas, entretanto, o assunto
fervilha, como, aliás, no restante do Brasil.
A pergunta que deve ser feita, e sobre a qual devemos refletir
é: por que uma parcela significativa da população tem exigido a chamada
“intervenção constitucional militar”?
Seria em virtude do fato de que os militares têm hoje no
Brasil o maior arsenal bélico? Isso, mesmo se considerarmos o arsenal nas mãos
do crime (des)organizado. Sabe-se que o cidadão de bem, para possuir legalmente
uma arma em casa, para sua proteção e para proteção de sua família tem que se
submeter-se a um calvário longo e sob diversos aspectos até mesmo humilhante.
Seria então por isso?
Os militares serem o braço armado da população? Nesse
caso, se considerarmos apenas a questão das armas à disposição, seria lícito
imaginar-se que os cidadãos poderiam também estar clamando pela intervenção das
nossas polícias, militar, civil, federal, rodoviária etc. Como tal clamor não
existe, podemos então concluir que o fator “poder de fogo” não é, de per
si, o motivo do chamamento popular.
Vejamos outro motivo: o Brasil vive e viveu nos últimos
doze anos um período em que o ciclo de governantes tem paulatinamente se
dedicado a implantar aqui uma cultura voltada à instalação de um socialismo
pan-americano que quer, em verdade, tentar salvar conceitos e ideologias há
muito ultrapassadas e sepultadas pela história. Como os militares em 1964 impediram
que os comunistas dessem um golpe de esquerda no Brasil seria natural voltar-se
a eles para pedir que façam o mesmo.
Ocorre que o regime atual teve início há mais de doze
anos. Seria então de se supor que tal clamor deveria ter começado lá atrás, e
não somente agora. Afinal de contas, o Foro de São Paulo foi criado no início
dos anos 1990. E antes mesmo da primeira eleição presidencial vencida pelo PT
ele já era de conhecimento público. Infelizmente, e isso perdura até hoje, não
o é do grande público. A mídia televisiva insiste em ignorar o tema. E aqui
abro um parêntese:
(Imagine um programa como o “Fantástico” ou “Globo
Repórter” da Rede Globo, ou o “Domingo Espetacular” da Rede Record, ou um
“Conexão Repórter” do SBT sobre o tema. No dia seguinte, outros milhões de
brasileiros acordariam do torpor em que nos encontramos e passariam a olhar com
outros olhos o governo que aí está, entendendo as suas reais finalidades).
Fecho o parêntese. É de se supor, portanto, que esse
talvez também não seja o motivo determinante.
Seria então, o motivo do clamor pela volta dos militares
os equívocos econômicos da última administração da presidente Dilma Rousseff?
Com seu estilo de gerente tomou para si as rédeas da economia e deu no que deu:
naufragou e levou junto, para o abismo submarino, o Brasil. Ora, o último
governo militar, do Presidente João Batista Figueiredo enfrentou grande
turbulência na economia.
A crise mundial de 1979 cobrou seu preço aqui no Brasil
também, e começamos a conviver com uma inflação galopante, que, nos governos
civis seguintes, é bom que se frise, chegou ao patamar de inacreditáveis 1800%
ao ano. Entretanto, justiça seja feita, no Governo do Presidente Emílio
Garrastazu Médici, a inflação era pequena e em contra partida o crescimento
espantoso do Brasil (mais de 10% ao ano) passou a ser chamado de Milagre
Brasileiro. Antes que a discussão se instale, esclareço: não creio que sejam os
indicadores econômicos a sustentar o clamor pelo retorno dos militares.
Busquemos outros motivos: seria a segurança pública do
Brasil daqueles dias? Quando você podia sair nas ruas tranquilamente à noite
sem correr o risco de ser assaltado? Ou o fato dos brasileiros daquele tempo
terem mais amor à Pátria, quando os desfiles de Sete de Setembro eram motivo de
orgulho para aqueles que participavam? Será que se clama pelo retorno dos
militares devido à censura daqueles anos?
Sim senhor, amigo leitor, censura, pois naquela época não
se via tanta obscenidade nas novelas, nem em propagandas... Nessa mesma linha
de raciocínio podemos também citar o fato de que naquela época havia respeito
quase místico à figura da autoridade, tanto a paterna e familiar, quanto de
professores, chefes etc. Era impensável um aluno responder um professor.
Dar-lhe um soco ou quebrar-lhe o nariz era inimaginável... E ainda, porque
naqueles dias, bandido ia para a cadeia e lá permanecia, sem as tantas benesses
hoje existentes...?
Se formos aqui continuarmos a elaborar os motivos – e as
comparações – pelos quais uma parcela significativa da população quer o retorno
dos militares faríamos uma lista sem fim. E tal lista acabaria por cometer
injustiças. Tanto a favor como contra tais argumentos.
Mas em verdade, na minha íntima convicção, creio que
existe um denominador em comum entre todos aqueles que querem a chamada
“intervenção constitucional militar”. É que o brasileiro dos dias atuais se
cansou de ver a forma como o Brasil, e ele mesmo, cidadão, está sendo tratado.
Cansou-se do descaso e da mentira. Cansou-se da corrupção e de ver que quem
ocupa o Planalto pensa que ele é bobo. Cansou-se do desmando e do marketing
eleitoral. Cansou-se dos crimes de lesa pátria.
Cansou-se de perceber que o seu grito, perante as
instituições, está ecoando no vazio. Exemplifico com um único argumento: a alta
cúpula dos senadores do PSDB preferiu participar de uma festa em homenagem ao
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em Nova Iorque do que ralar durante
mais de oito horas em uma comissão do Senado que sabatinou Luiz Edson Fachin.
Nem vou aqui discutir o mérito de FHC receber tal homenagem. Mas, vou lembrar
que um comandante não deixa o campo de uma batalha importante para
confraternizar em um país estrangeiro. Primeiro o trabalho, ou a obrigação;
depois o lazer.
Cansado de tanta coisa errada o brasileiro se volta
naturalmente para a instituição que é um baluarte de confiança: as Forças
Armadas, sabendo que ali encontrará um porto seguro. Nem um único dos
Presidentes militares enriqueceu na função, antes, ou depois dela. Todos são
exemplos de probidade. As Forças Armadas, e seus integrantes, tem sido alvo de
uma constante, cruel, aniquiladora campanha difamatória nos últimos anos.
Por muito menos do que isso já vi homicídios acontecerem.
E como reagem seus integrantes? Calados, como manda a hierarquia e a disciplina
dos bons soldados profissionais. Alguns, após deixarem o serviço ativo, passam
a expressar a sua opinião. E quando surgem as críticas, elas nem sequer de
longe se assemelham ao caudal de insultos que recebem. E justamente por isso,
tem sido agora alvo de impropérios também por parte dos chamados
“intervencionistas” que não entendem porque os militares não atendem ao seu
apelo e põem logo para correr quem está surrupiando as riquezas da nação.
Fato é que quando a população pede a intervenção militar o
faz porque compara em termos éticos e morais o que foram os governos dos cinco
presidentes militares e o que é o atual ciclo de governo petista. Veem o óbvio:
naquela época, quem governava o Brasil se importava com o país. Preocupava-se
com o nosso futuro. Houve falhas? Claro que sim. Seres humanos acertam e erram.
Faz parte da nossa natureza. Mas, além dos erros estava o sincero desejo de
acertar pelo bem comum. E um amor sincero e imorredouro pelo Brasil. Nossa
Pátria.
Não, a “pátria grande” pregada por quem hoje ocupa
transitoriamente os corredores do Planalto. Hoje, o único desejo dos atuais
governantes é o de se perpetuar no poder. Aparelhar o Estado. E ao contrário de
Robin Hood, tiram dos pobres e servem aos ricos, eles mesmos (vide o ajuste
fiscal sendo aprovado no Congresso através da mercantilização de cargos no
governo). Para isso, fazem acordos espúrios, negociam mamatas, inventam
esquemas, reinventam a corrupção.
Quem hoje ocupa o poder e mesmo uma parcela da população
está se esquecendo de um detalhe ao não entender o aparente alheamento dos
integrantes das Forças Armadas: o militar profissional é antes de tudo um
cidadão brasileiro. E como cidadão acompanha par e passo o que ocorre no seu
país. Sente-se constrangido quando vê um ex-presidente (que já foi seu
comandante em chefe) ameaçar a população com uma guerra civil com um exército
formado por milicianos. Entristece-se quando percebe que sua nobre profissão de
defender a pátria lhe reduziu a um papel de polícia, mas, ciente de seu dever,
obedece e vai apaziguar com sua autoridade o morro de onde o marginal expulsou
a polícia.
O militar, da ativa e da reserva – remunerada ou não –
está ciente de seu dever e de seu solene juramento, de oferecer o supremo
sacrifício da própria vida. Reza contrito pela paz, pois sabe das agruras da
guerra. E sabe porque atualmente está em Angola, Haiti, Costa do Marfim,
Libéria, Colômbia, Saara Ocidental, Congo, Sudão do Sul, Sudão, Líbano e Chipre
com mais de 1700 soldados e oficiais das três Forças – Exército, Marinha e
Aeronáutica.
E mais de 27 mil homens já participaram de 30 missões de
paz da ONU no exterior em locais conturbados por guerras e catástrofes. O
militar ouve o clamor popular. Mas, percebe, que sua hora ainda não chegou.
Ainda não se esgotaram todas as alternativas democráticas. Mas, vigilante e
consciente de sua missão, aguarda o comando.
E, no momento certo, saberá seguir o exemplo de três
anônimos heróis brasileiros, os soldados Arlindo Lúcio da Silva, Geraldo
Rodrigues e Geraldo Baeta, que durante uma das mais sangrentas batalhas que a
Força Expedicionária Brasileira participou na sua vitoriosa campanha na Itália
durante a Segunda Guerra Mundial, mesmo isolados e sem contato com sua tropa,
não se entregaram, atentos ao juramento de sangue que um dia fizeram e
demonstram tamanha coragem no campo de batalha que foram homenageados pelo
próprio inimigo alemão, que parou de guerrear por alguns momentos e enterrou os
três soldados brasileiros, escrevendo sobre a tosca cruz de madeira a
inscrição: “DREI BRASILIANISCHE HELDEN” (TRÊS HERÓIS BRASILEIROS).
Os heróis são assim mesmo: pessoas comuns, muitas vezes
anônimos, mas quando chamados ao dever, no tempo certo, transformam-se e lutam
ferozmente para defender aquilo em que acreditam.
“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o
propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de
plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; Tempo de matar, e tempo de
curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar”. (Eclesiastes 3:1-3)
7 comentários:
Esta eu não entendi como assim o povo pedindo a volta dos militares? Eles nunca saíram continuaram até hoje roubando traficando contrabandeando sonegando e recebendo os seus salários fora o rateio para fazer vistas grossas e cooperar com as sabotagens sempre foram paus mandados pela nova ordem e também a terceira funciona assim se você for pego agente diz que é um caso isolado que não é pra generalizar dai a máfia continua desde vereadores até chegar aonde vocês sabem quero dizer novamente ladrão é ladrão não interessa o partido ou se está de farda toga cueca ou calcinha .SE GRITAR PEGA LADRÃO NÃO FICA UM MEU IRMÃO...
Só lembrando às Forças Armadas que qualquer movimento para tirar alguém do PT do poder o presidente Maduro da Venezuela enviará mais milicianos ao Brasil além dos que já estão clandestinos por cá e ninguém diz nada, sem contar com os cubanos.
PRESTEM ATENÇÃO NOS ACONTECIMENTOS
ESTAMOS POR NOSSA CONTA
É essa atenção que falta à maioria dos brasileiros, atenção nos acontecimentos, e encontrar ligações até ocultas no primeiro momento mas transparentes debaixo de análise fria.
Por exemplo, muitos pediam, pedem (eu também) intervenção militar constitucional por parte das FFAA brasieiras, mas todos esquecendo um fato bem simples, o das manifestações de militares da cúpula de comando afirmarem que não o farão. Mas oras, não só isso, pois acontece que o povo também poderia passar a uma ação mais efetiva, ou seja o próprio povo poderia depor Dillma Rousseff, poderiam promover uma rebelião, mas lhes falta coesão, união. Observem a miríade de grupos existentes no Facebook, por exemplo, cada um querendo construir seu grupo, ser o salvador da Nação. E tais formadores de grupos aceitam fusão inter grupos, lutarem por uma bandeira, um objetivo simples, unificado? Não, não aceitam. Mas oras, militares sabem como emular espíritos, criar união, mas alguém sabe, viu, leu, sobre ações de militares tipo gal. Paulo Chagas, promovendo ou buscando união entre os civís? Não, claro que não, pois isso não é do interesse deles militares, muito ao contrário, pois a presente situação lhes é conveniente, pois gestaram e pariram Lulla e o PT. O que vivemos a muitos anos, desde até que iniciou o governo de José Sarney, corrupção e completa impunidade, inseguranca publica e povo e Estado desarvorados, é fruto do trabalho de militares das FFAA brasileiras e da sua cria Lulla da Sillva e PT, inclusive PSDB e outros partidos.
Resumindo, o que nos acontece hoje, o que acontece à nossa Nação, ao nosso povo, ao nosso Brasil, é resultante de estratégia das FFAA brasileiras, de Lulla da Sillva, do PT e suas crias malditas e de nossa omissão e até desconhecimento de muitos do que acontece nos bastidores políticos e institucionais.
Ou nos unimos e promovemos uma rebelião geral, armada, ou pereceremos como escravos do socialismo satânico.
Venezuelano pode o que não pode é bode americano pois nois na tiro nois soco e da facada nois semo bom na pernada mais enquanto nois da porrada Americano sorta bomba .
AF disse:
Se não se levantar um novo Mourão, que tome a frente de pôr a tropa na rua e ir até Brasília derrubar os mafiosos, então e melhor sair do Brasil.
Os patriotas têm que ir para a frente dos quartéis, EXIGIR a intervenção dos militares! E sabe por que para a frente dos quartéis?
1- Para deixar claro que a opinião pública é favorável a isso.
2- Para encorajar e apoiar os patriotas nas FFAA a tomarem alguma atitude e pressionar seus superiores.
3- Para acuar e constranger os melancias e os acomodados, obrigando a deixarem os cargos ou serem trucidados pela opinião pública e perderem a moral diante de seus comandados.
Parabéns Dr. Robson Merola de Campos! Realmente expressa a pura verdade. Quanto a estes anônimos petistas, não conhecem nossas FFAA!!! Que continuem pensando assim e verão o que os aguarda.
Jorge
Excelente texto.Sempre que possível devemos disponibilizar análises críticas, comentários, textos e documentos históricos que mostram como estas e também as atrocidades cometidas em países com doutrinação marxista e compará-los com a performance de países que não adotam tais práticas.
É preciso enriquecer o entendimento das pessoas sobre outros sistemas políticos, em especial o conservadorismo, cujo conceito vem sendo deturpado para fazer crer que é algo a ser evitado.
Se os "mestres" não permitem aos alunos conhecerem a teoria de outros sistemas de governo por razões ideológicas, cabe disponibilizar estas informações na net, especialmente nas redes sociais.
O pior é que, por irem de encontro às crenças enraizadas de professores esquerdistas estes simplesmente ignoram a sua obrigação de lecionarem de modo neutro matérias que contrapõem o pensamento marxista. E apenas este é exaltado e debatido. Porque devemos tolerar isso?
Se as pessoas que simpatizam com o marxismo tivessem um pouco mais de conhecimento do que é realmente ser um regime esquerdista revolucionário, do tipo implantado na Venezuela (e que querem implantar também aqui no Brasil, com o Foro de São Paulo), mudariam radicalmente de posição.
Muitos ( na verdade a quase maioria absoluta ) dos eleitores do pt não conhecem a ideologia do partido e nem o que eles pretendem transformar o Brasil - são massa de manobra, ignorantes ou inocentes úteis, como também já fui.
Outra questão é analisarmos o exemplo da Venezuela para evitarmos o mesmo destino ao Brasil. A intimidação aos adversários, a insistência em implantar reforma política e da Constituição, o controle da mídia e outros estratagemas fazem parte do plano de dominação comunista para o Brasil, assim como Chaves e Maduro fizeram para dominar a Venezuela. As greves forjadas nas instituições de ensino e em outras instituições públicas e privadas pelos militantes petistas e as agressões que provocam são justificativas para mais tumultos.
Vejam o vídeo: BEM VINDOS A VENEZUELA - O relato vivo de um sobrevivente.
https://www.youtube.com/watch?v=rf94GERmTYQ
Um vídeo de uma ex-petista mostando que o esquerdismo tem cura:
PTismo tem cura! Ex-militante faz depoimento para abrir os olhos dos iludidos:
https://www.youtube.com/watch?v=7nfsp7egMJg
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