Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Paulo Roberto Gotaç
O Senhor Marco Aurélio Garcia, conhecido pelo acrônimo de
MAG, beneficiado pela lei da anistia em 1979, quando regressou ao Brasil após
auto-exílio no Chile e na França, foi um dos fundadores do PT e teve papel
preponderante na coordenação dos programas de Governo de Lula e Dilma.
Sempre arredio e
atuando nos bastidores, emergiu na mídia, no entanto, por protagonizar o
insólito episódio do "top-top", quando foi flagrado ao gesticular
obscenamente, em regozijo pela divulgação de que a queda do avião da TAM em
2007, no qual 199 pessoas perderam a vida, decorreu de defeito técnico,
eximindo assim a então propalada responsabilidade do governo, veiculada por
alguns setores da imprensa, dentro do contexto da crise aérea da época.
Sem formação
específica na área diplomática, ocupa hoje o indefinido cargo de Assessor
Especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, o que faz
dele, entretanto, o verdadeiro timoneiro da política externa do país,
desastrada, com posicionamentos constrangedores diante da comunidade
internacional, e divorciada dos verdadeiros interesses comerciais do
país, por estar atrelada a tratados que a engessam, relegando, ao mesmo tempo,
a segundo plano o Ministério respectivo, com pesada tradição de atuação.
É conhecido por suas
tendências esquerdistas radicais, fato ilustrado pelo seu papel preponderante
na montagem do subterrâneo Foro de São Paulo e pela circunstância de ter
formado sua equipe de "companheiros" no âmbito da diplomacia.
Assim, não é
surpreendente que tenha manifestado, como constou em alguns órgãos da imprensa,
seu descontentamento pela desaprovação no Senado, do nome do Sr. Guilherme
Patriota para ocupar cargo na OEA, anunciando inclusive uma ameaçadora crise a
ser desencadeada pela decisão.
Seria interessante
que MAG fizesse uma auto-crítica da sua atuação durante os governos petistas,
reconhecesse os entraves na política externa pelos quais foi responsável,
descesse do alto de sua arrogância e, sendo minimamente coerente, renunciasse.
Certamente a
diplomacia brasileira respiraria aliviada.
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.
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