Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Nilo Paulo Moreira
Setembro de 2015. Mensagem recente do Papa Francisco
exortou o povo cubano a “confiar mais em homens do que em ideologias”,
indisfarçada alusão a regime há muito desmascarado na enganação de promover o
bem-estar geral da população caribenha.
Dias depois, organismos de fiscalização ambiental
revelaram fraude redutora de até 40% nas emissões poluentes de carros da
Volkswagen examinados nos Estados Unidos. Até tu, Volks? indagaria
ingênuo desavisado das engrenagens colossais de certas trapaças, nem tão
difíceis de reconhecer em suas origens mais ou menos conexas.
O fenômeno social das massas, no Século XX, amplificou
benesses e mazelas à estratosfera, na afluência consumista da competição entre
produtos, empresas e nações, e na proliferação descontrolada de contrastes
humilhantes, flagelos ambientais, violência e guerras enraizadas no abandono de
valores morais. Por outro lado, o aviltamento político parelho à doutrinação
totalitária alimentou o ovo da serpente desses tristes tempos de moralidade
frágil, cada vez mais inspirados na célebre máxima nazi-goebbeliana - “mil
vezes repetida, uma mentira torna-se verdade”. Infelizmente, o lema adquiriria
tons dominantes no Sec XXI.
Outubro de 1917. A Revolução Bolchevique depõe o Czar,
desmobiliza as tropas russas na 1ª Guerra Mundial, exalta a falsa ditadura do
proletariado, exacerba o aparelhamento do Estado, massacra opositores, institui
privilégios odiosos e internacionaliza a ordem revolucionária no atropelo
orquestrado do livre ordenamento político de povos e nações, a partir de
chavões falaciosos. Doravante, mistificações gigantescas campeariam nas
sociedades planetárias.
Quase cem anos transcorridos da gênese comunista, e vinte
e cinco o Muro de Berlim arrasado, resquícios de revolucionarismo colegial
persistem ao sul do Equador, exotismo tragicômico de anacronismo sepultado no
berço natal, todavia resiliente em governanças continentais retrógradas.
Dispensável afirmar não comportar a inoculação exclusiva da maldade global ao
ideário marxista, mas o viés do desregramento na tomada do poder, estimulação
fratricida da luta de classes, desapreço a instituições milenares, repressão
virulenta ao livre pensar e violação declarada do jogo democrático fizeram-no
ameaça contundente ao equilíbrio psicossocial da humanidade.
O que entrelaça a derrocada castrista, o escândalo da
Volks, o comunismo soviético e os bolivarianos do Foro de São Paulo?
Certamente, a banalização institucionalizada do engodo. Na senda comum da
patifaria macunaímica automobilística, cevada na ganância desmedida de mercado
potencialmente indiferente aos bons costumes organizacionais, as referências
totalitaristas ilustram expressões de ideologia ainda perversa na propagação de
balelas irrefutáveis para mentes oportunistas, e corações inocentes úteis.
Vicejam, assim, as semelhanças extraídas de igual matriz destrutiva da verdade.
No Brasil, assolado por extraordinários desafios
históricos mal resolvidos, a tsunami antiética atingiu sintomas impositivos de
UTI para tratamento indeterminado. Mesmo escoladas na convivência frequente de
situações e comportamentos pouco edificantes, multidões se espantam diante do
massacre incessante de notícias expondo conchavos criminosos de políticos,
empresários e dirigentes de estatais. Escândalos parecem não ter fim, atolados
no charco da corrupção ceifadora de reputações construídas ao arrepio da
moralidade no trato da coisa pública. Reagir é preciso, neste oceano de
gravíssimo comprometimento da economia, de poderes republicanos e, sobretudo,
de estamentos da nacionalidade.
Improrrogável serem adotadas providências para extirpar as
causas dos malefícios anunciados, ninguém duvida. Contudo, consideradas conversas
informais, redes sociais, e manifestações infindáveis, ressaltam indícios de
bacharelismo oratório incapaz de transformar realidades próximas, embora não
raro as desprezemos. Proclamar ao léu antecedentes históricos, elementos
formativo-culturais ou soluções simplistas não coibirão a reincidência malsã de
lava-jatos e mensalões, subprodutos alentados de flagrante deformação coletiva
insensível ao cumprimento de regras comezinhas.
Se a moral consiste na formulação, e aceitação, de acervo
de princípios incluindo, entre outros, honestidade, fraternidade e justiça,
transgressões sistematizadas atribuídas a significativos percentuais
de determinado agrupamento social provocam a ruptura dos
pilares grupais. Moralidade, portanto, não expressa especulação
filosófica inconsequente ou moralismo piegas abstraído de valoração real, mas
necessidade imperativa para aprimorar a aventura humana, e para isso é preciso
praticá-la no dia a dia.
Enquanto a malandragem inglória, os jeitinhos marotos, os
pequenos grandes delitos cotidianos, a tolerância à impunidade e insofismáveis
nuances de parcela comportamental da cultura brasileira não forem desmerecidos
pela maioria da população, sofreremos maracutaias em série. Reformas políticas,
governantes messiânicos e o simples ainda que indispensável martelar dura
lex sed lex pouco significam sem a apreensão legítima de preceitos
indispensáveis à coexistência terrena.
Sou otimista, não poderia ser diferente. Mas a persistirem
sinais fechados desrespeitados no trânsito, objetos lançados em logradouros
públicos, jogadores de futebol espezinhando árbitros em penalizações de
simulações ostensivas de faltas, saques de caminhões acidentados, atestados
médicos falsificados para justificar faltas ao trabalho, a politicalha obscena
e tantas violações éticas consentidas no acumpliciamento generalizado, nada
haverá a comemorar.
Dia antevejo, entretanto, em que os herdeiros das atuais
gerações restaurarão a moralidade combalida por maus conterrâneos, no desanuviar
feliz do célebre desafio proposto pelo velho Rui, desencantado diante do seu
tempo – “Ou todos nos lucupletemos, ou restaure-se a moralidade”.
A Campanha pela Moralidade, do Clube Militar,
oferece excelente oportunidade para acelerar a construção do futuro
almejado.
Nilo Paulo Moreira é Coronel de Cavalaria.
Um comentário:
NESSE ÍNTERIM...
DÁ ATÉ VÔMITOS VER O FOCINHO DO LULA NAS TVS...
Lula, o espertalhão e oportunista, agora começou numa ofensiva nas tvs tentando nos passar doses de otimismo, confiança, num Brasil no futuro, grande nação - em matéria de falsas propagandas, ninguém pode realmente com o PT, são doutores nas patifarias, na arte de trapacear e mentir na maior cara-de-pau!
Mas a realidade é ao contrario: onde os comunistas do martelo e foice botam as patas o atraso, miseria, muita violência, drogas a rodo, destruição e morte estão garantidos!.
A desgraça Cuba e a bola da vez a miserável Venezuela são os retratos do que os abutres do PT querem para o Brasil!
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