Swetlana Alexievich
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos I. S. Azambuja
Abaixo uma dolorosa reflexão da jornalista russa Swetlana
Alexievich, em 1991, após Boris Yeltsin enterrar o PCUS e a União Soviética e
ressuscitar a Rússia
Despedimo-nos dos tempos soviéticos. Dessa nossa vida.
Tentarei escutar honestamente todos os participantes do drama socialista
O comunismo tinha um plano louco — transformar o homem "antigo", o vetusto Adão. E isso foi conseguido; foi talvez
a única coisa que se conseguiu. Em pouco mais de setenta anos, no laboratório
do marxismo-leninismo criou-se um tipo humano especial — o Homo Sovieticus. Há quem considere que esse é um personagem trágico;
outros chamam-no de sovok¹.
Eu acho que conheço esse homem, que o conheço muito bem,
estou ao lado dele, vivi muitos anos ombro a ombro com ele. Ele sou eu. São os
meus conhecidos, os meus amigos, os meus progenitores. Durante alguns anos
viajei por toda a anterior União Soviética, porque o Homo Sovieticus não são apenas os
Russos, são também os Bielorrussos, os Turcomanos, os Ucranianos, os
Cazaques... Agora vivemos em Estados distintos, falamos línguas diferentes, mas
somos inconfundíveis.
Imediatamente reconhecíveis! Todos nós, gente do
socialismo, somos parecidos com as outras pessoas e diferentes delas — temos o
nosso dicionário, a nossa compreensão do bem e do mal, dos heróis e dos
mártires. Temos uma relação especial com a morte. Nas histórias que eu escrevo,
há palavras que ferem constantemente o ouvido:"disparar",
"fuzilar", "liquidar", "pôr em circulação" ou variantes soviéticas de "desaparecimento" como: "detenção", "dez anos sem direito de
correspondência", "emigração". Quanto pode valer uma vida humana, se nos lembramos de que
ainda há pouco morreram milhões? Estamos cheios de ódio e de preconceitos. Tudo
vem de lá, de onde havia o GULAG² e a guerra medonha. Coletivização,
deskulakização, deslocação das populações.
Isto era o socialismo e era simplesmente a nossa vida.
Nesse tempo pouco falávamos dela. Mas agora, que o mundo mudou
irrevogavelmente, essa nossa vida tornou-se interessante para todos —não
importa como ela fosse, era a nossa vida. Escrevo, procuro nos grãozinhos, nas
migalhas da história do socialismo "doméstico"
"interior". A maneira como ele vivia na alma
humana. Atrai-me sempre esse pequeno espaço — a pessoa, uma pessoa. Na verdade,
é aí que tudo acontece.
Porque é que há no livro tantos relatos de suicídios, e
não dos soviéticos comuns, com biografias soviéticas comuns? Afinal de contas
as pessoas também se suicidam por amor, por velhice, sem mais nem menos, por
interesse, pelo desejo de descobrir o segredo da morte... Procurei aqueles em
quem cresceu firmemente a idéia, que a interiorizaram de um modo impossível de
erradicar — o Estado tornou-se o seu cosmos, substituiu tudo, até a sua própria
vida. Não conseguiam sair da grande história, despedir-se dela, ser felizes de
outro modo. Mergulhar... Perder-se na existência privada, como acontece
atualmente, em que o pequeno se tornou grande.
O homem quer apenas viver, sem uma grande idéia. Isso
nunca aconteceu na vida russa, nem a literatura russa conhece isso. Em geral
nós somos gente guerreira. Ou combatíamos, ou preparávamo-nos para a guerra.
Nunca vivemos de outro modo. Daí a psicologia militar. E mesmo na vida de paz
tudo acontecia de um modo militar. Soava o tambor, soltavam-se as bandeiras o
coração saltava do peito, o homem não notava a sua escravidão, até gostava
dela.
Também eu me lembro: depois da escola, toda a classe se
reunia para ir para as terras virgens, desprezávamos aqueles que se recusavam,
lamentávamos até às lágrimas que a revolução, a guerra civil — tudo acontecesse
sem a nossa participação. Olhamos para trás: será possível que fôssemos nós?
Que fosse eu? E recordei tudo isso juntamente com os meus heróis. Um deles
disse: "Só o homem soviético pode compreender o homem soviético". Éramos pessoas que só tínhamos memória comunista.
Vizinhos pela memória.
O meu pai recordava que pessoalmente passou a acreditar no
comunismo depois do vôo de Gagárin. Somos os primeiros! Podemos fazer tudo! Era
assim que ele e a minha mãe nos educavam. Eu fui outubrista³, usava o emblema
com o menino de cabelos frisados, fui pioneira,komsomolka. A desilusão veio mais tarde.
Depois da perestroika esperávamos que
abrissem os arquivos. Abriram-os. Ficamos sabendo a história que escondiam de
nós.
"Devemos atrair para nós noventa ou cem milhões que povoam a Rússia Soviética. Com os restantes não devemos falar — é preciso , exterminá-los" (Zinóviev, 1918).
"Devemos atrair para nós noventa ou cem milhões que povoam a Rússia Soviética. Com os restantes não devemos falar — é preciso , exterminá-los" (Zinóviev, 1918).
"Enforcar
(sem falta, enforcar, para que o povo veja) não menos de mil kulaks presos, que
enriquecem, e tirar-lhe todos os cereais, designar reféns... De tal modo que a
cem quilômetros em redor o povo veja e trema" (Lênin, 1918).
"Moscou
está literalmente a morrer de fome"
(professor Kuznetsov para Trotski). "Isso não é
fome. Quando Tito ocupou Jerusalém, as mães judias comiam os seus filhos.
Quando eu forçar as vossas mães a comerem os seus filhos, então pode vir ter
comigo e dizer: 'Temos fome'" (Trotski,
1919).
As pessoas liam os jornais e as revistas e calavam-se.
Sobre elas caiu um horror insuportável! Como viver com isto? Muitos receberam a
verdade como uma inimiga. E a liberdade também. "Não
conhecemos o nosso país. Não sabemos em que pensa a maioria das pessoas,
vemo-las, encontramo-las todos os dias, mas não sabemos em que pensam, nem o
que querem.
Mas
temos a ousadia de lhes ensinar. Depressa saberemos tudo, e ficaremos
horrorizados", dizia um conhecido meu, com quem
muitas vezes me sentava a conversar na minha cozinha. Eu discutia com ele. Isto
acontecia em 1991... Tempo feliz! Acreditávamos que no dia seguinte,
literalmente amanhã, começaria a liberdade. Começaria do nada, dos nossos desejos.
Dos Cadernos
de Apontamentos de Chalámov: "Participei
de uma grande batalha perdida por uma verdadeira atualização da vida". Isto foi escrito por um homem que passou 17 anos
de detenção nos campos stalinistas.
A nostalgia do ideal manteve-se... Eu dividiria as pessoas
soviéticas em quatro gerações: stalinista, khruschovista, brejnevista e
gorbatchovista. Pessoalmente, pertenço à última. Para nós era mais fácil
aceitar o colapso da idéia comunista, porque não vivemos no tempo em que a
idéia era jovem, forte, sem a perdida magia do romantismo fatal e das
esperanças utópicas. Crescemos no tempo dos velhos do Kremlin. Nos magros
tempos vegetarianos. O grande sangue do comunismo já estava esquecido. O
entusiasmo continuava os seus desmandos, mas conservava-se o conhecimento de
que não era possível aplicar a utopia na vida.
Isto aconteceu durante a Primeira Guerra da Chechênia...
Conheci em Moscou, numa estação de caminho de ferro, uma mulher que era das
proximidades de Tambov e estava de partida para a Chechênia, com o objetivo de
tirar o filho da guerra: "Não quero que ele morra. Não
quero que ele mate." O Estado já não dominava a
alma dela. Era uma pessoa livre. Eram poucas as pessoas assim. A maioria eram
aqueles a quem a liberdade irritava: "Comprei quatro jornais
e cada um deles tem a sua verdade. Onde está então a verdade? Dantes líamos de
manhã o jornal Pravda e sabíamos tudo.
Compreendíamos tudo." As idéias saíam lentamente de
sob a narcose. Se eu iniciava uma conversa acerca do arrependimento, ouvia em
resposta:
"De
que devo eu arrepender-me?" Cada qual se considerava vítima, mas não participante. Um
dizia: "Eu também estive preso."
O segundo dizia: "Eu combati." E um terceiro: "Levantei
a minha cidade das ruínas, acartava tijolos dia e noite". Isto era completamente inesperado: todos bêbados de
liberdade, mas não preparados para a liberdade. E onde estava ela, a liberdade?
Só na cozinha, onde por hábito continuavam a criticar o Poder. Criticavam
Yeltsin e Gorbatchov. Yeltsin porque traíra a Rússia. E Gorbatchov? Gorbatchov
porque traíra tudo. Todo o Século 20. E agora, o nosso país será igual aos
outros. Será como todos. Pensavam que desta vez se conseguiria. A Rússia
mudara e odiava-se a si mesma por ter mudado. "O
Mongol imóvel", escreveu Marx acerca da Rússia.
Civilização soviética... Apresso-me a registrar os seus
vestígios. As caras conhecidas. Interrogo não acerca do socialismo, mas acerca
do amor, do ciúme, da infância, da velhice. Sobre a música, as danças, os
penteados. Sobre os mil pormenores da vida que desaparecia. Este é o único meio
de dirigir a catástrofe para o quadro do habitual e tentar contar alguma coisa.
Adivinhar alguma coisa. Não paro de me espantar com a maneira como a vida
humana comum é interessante. Com a interminável quantidade das verdades
humanas. A história interessa-se apenas pelos fatos, e as emoções ficam
fora de bordo. Não é costume admití-las na história. Mas eu olho para o mundo
com os olhos de uma humanista e não de uma historiadora. Fico surpreendida com
a pessoa...
O meu pai já não é deste mundo. E eu não posso terminar
uma das nossas conversas... Dizia que morrer na guerra era mais fácil para ele
do que para os rapazes que agora morrem na Chechênia. Nos anos 1940, iam de um
inferno para outro inferno. Antes da guerra, o meu pai estudou em Minsk, no
Instituto de Jornalismo. Lembrava-se de que quando voltavam das férias, muitas
vezes já não encontravam um único professor conhecido, estavam todos presos.
Eles não compreendiam o que se passava, mas era horrível. Horrível, como na
guerra.
Tive poucas conversas francas com o meu pai. Ele tinha
pena de mim. E eu, tinha pena dele? Tenho dificuldade em responder a esta
pergunta... Éramos implacáveis com os nossos pais. Parecia-nos que a liberdade
era uma coisa muito simples. Passou algum tempo, e nós próprios nos curvamos
sob o peso dela, porque ninguém nos ensinou a liberdade. Ensinaram-nos apenas
como morrer pela liberdade.
Ei-la, a liberdade! É como a esperávamos? Estávamos
prontos para morrer pelos nossos ideais, para combater na batalha. Mas começou
uma vida . Sem história. Ruíram todos os valores, menos o valor da vida.
Da vida em geral. Novos sonhos: construir uma casa, comprar um bom carro,
plantar uma groselheira... A liberdade revelou-se a reabilitação da pequena burguesia,
habitualmente maltratada na vida russa. Liberdade de Sua Majestade o Consumo.
Majestade das trevas. Trevas dos desejos, dos instintos — da vida humana
oculta, da qual fazíamos uma idéia aproximada.
A toda a história sobrevivemos, mas não vivemos. E agora a
experiência militar já não era necessária, era preciso esquecê-la. Milhares de
novas emoções, estados, reações De súbito tudo em redor como que se tornou
diferente: as tabuletas, as coisas, o dinheiro, a bandeira E até o próprio
homem. Tornou-se mais colorido, solto, explodiram o monólito, e a vida
espalhou-se em ilhas, átomos, células. Como em Dalh: liberdade-vontade,
liberdadezinha ampla vastidão.
O grande mal tornou-se uma lenda distante, um romance de
suspense político. Já ninguém falava de idéias, falavam de créditos, de juros,
de letras, não ganhavam dinheiro a trabalhar, mas "faziam-no" em "jogadas". Seria por muito tempo? "A
mentira do dinheiro na alma russa impoluta", escreveu Marina Tsvetáeva. Mas parece que os heróis de
Ostrovski e de Saltikov-Schedrin ganharam vida e se passeiam pelas nossas ruas.
A todas as pessoas com quem me encontrei, perguntava:
"O que é a liberdade?"
Pais e filhos respondiam de modos diferentes. Aqueles que nasceram na URSS e os
que já não nasceram na URSS têm experiências distintas. São pessoas de planetas
diferentes.
Os pais: a liberdade é a ausência de medo; três dias em
agosto, quando vencemos o golpe; uma pessoa que escolhe numa loja entre cem
variedades de salame é mais livre do que a pessoa que escolhe entre dez
variedades; não ser espancado, mas nunca chegaremos às gerações não espancadas;
o homem russo não compreende a liberdade, precisa do cossaco e do látego.
Os filhos: a liberdade é o amor; a liberdade interior, um
valor absoluto; quando não temos medo dos nossos desejos; ter muito dinheiro, e
nesse caso teremos tudo; quando se pode viver de tal maneira que não se pensa
na liberdade. A liberdade é o normal.
Procuro uma linguagem. O homem tem muitas linguagens: a
linguagem que usa com os filhos, e mais uma, a do amor Há ainda a linguagem a
que recorremos quando falamos conosco mesmos, quando travamos diálogos
interiores. Na rua, no trabalho, nas viagens — por todo o lado se ouve qualquer
coisa diferente, mudam não apenas as palavras, mas qualquer coisa mais. Uma
pessoa até de manhã e à tarde fala de modos diferentes. E aquilo que acontece
durante a noite entre duas pessoas desaparece por completo da história.
Tratamos apenas da história do homem diurno. O suicídio é um tema noturno, a
pessoa encontra-se no limite da existência e da não existência. Do sono. Quero
entender isto com a precisão da pessoa diurna.
Disseram-me: "Não tem medo de que isso lhe
agrade?"
Seguimos pela estrada de Smolensk. Paramos numa aldeia ao
lado de uma loja. Uns conhecidos (eu própria cresci nesta aldeia), uns rostos
bonitos, bondosos, e em redor uma vida humilhante, pobre. Conversamos acerca da
vida. "Pergunta-me sobre a liberdade? Entre na nossa loja: vodca, há
toda a que se queira: Standart, Gorbatchov Putinka, salame à farta, e queijo, e
peixe. Até há bananas. De que outra liberdade precisa? Esta para nós é
suficiente." "E deram-lhes terra?" "Quem é que vai mourejar
nela? Se a queres, toma-a. Aqui só o Vaska Krutoi aceitou. O filho mais novo
tem oito anos e anda atrás do arado ao lado do pai. Se fores trabalhar para
ele, não penses em juntar algum dinheiro, ele nem dorme. É um fascista!"
Na "Lenda do Grande Inquisidor" de Dostoiévski há uma discussão sobre a liberdade.
Diz-se que o caminho da liberdade é difícil, sofrido, trágico "Para
que conhecer esse diabo desse bem e desse mal, se isso custa tanto?" O homem tem sempre que escolher: a liberdade ou o
bem-estar e a organização da sua vida, a liberdade com sofrimento ou a
felicidade sem liberdade. E a maioria das pessoas segue por esse segundo
caminho.
O Grande Inquisidor diz a Cristo, que voltou à Terra:
"Porque
vieste cá incomodar-nos? Porque tu vieste incomodar-nos e sabes isso muito
bem"
"Ao respeitá-lo [ao homem], tu procedeste como
se tivesses deixado de sentir compaixão por ele, porque exigiste demasiado dele
Ao respeitá-lo menos, exigias-lhe menos, e isso estaria mais perto do amor,
pois o fardo dele seria mais leve. Ele é fraco e vil Que culpa tem a alma
fraca, se é incapaz de juntar em si tão terríveis dons?"
"Não
há preocupação mais constante e torturante para o homem do que, ao ficar livre,
procurar depressa alguém diante de quem se inclinar a quem transmitir depressa
o dom da liberdade com que esse ser infeliz nasce"
Nos anos 1990 sim, éramos felizes, e essa nossa ingenuidade já nunca mais volta. Parecia-nos que a escolha estava feita, que o comunismo tinha perdido sem apelo. Mas tudo estava apenas a começar
Nos anos 1990 sim, éramos felizes, e essa nossa ingenuidade já nunca mais volta. Parecia-nos que a escolha estava feita, que o comunismo tinha perdido sem apelo. Mas tudo estava apenas a começar
Passaram-se vinte anos... "Não
nos assustem com o socialismo",
dizem os filhos aos pais.
De uma conversa com um professor universitário meu
conhecido:
"No final dos anos noventa os estudantes
riam-se quando eu recordava a União Soviética; estavam confiantes de que à sua
frente se abria um novo futuro. Agora o quadro é diferente Os estudantes de
hoje já descobriram, já sentiram o que é o capitalismo — a desigualdade, a
pobreza, a riqueza descarada, têm diante dos olhos a vida dos pais para quem
nada restou do país saqueado. Sonham com a sua revolução. Usam camisolas
vermelhas com retratos de Lênin e de 'Che' Guevara."
Cresceu na sociedade o interesse pela União Soviética.
Pelo culto de Stálin. Metade dos jovens dos 19 aos 30 anos consideram Stálin
"o maior dirigente político". Num país em que Stálin liquidou tantas pessoas como
Hitler, um novo culto de Stálin?! Tudo o que é soviético está outra vez na
moda. Por exemplo, os cafés "soviéticos" — com nomes soviéticos e pratos soviéticos.
Surgiram os bombons "soviéticos" e o salame "soviético" — com o cheiro e o sabor nossos conhecidos desde a
infância. E, é claro, a vodca "soviética".
Na televisão há dezenas de transmissões e na Internet
dezenas de sites nostálgicos "soviéticos". Podem fazer-se visitas turísticas aos campos
stalinistas — em Solovka, em Magadan. O anúncio promete que para mais completa
sensação fornecem um fato do campo e uma picareta. Mostram os barracões
restaurados. E no final organizam uma pescaria.
Renascem idéias antiquadas: sobre o Grande Império, sobre
a "mão de ferro", "sobre a via russa especial" Reapareceu o hino soviético, há o Komsomol, mas chama-se simplesmente "Nachi" (os "Nossos"), há o partido do Poder, que copia o Partido
Comunista. O presidente tem um poder como o do secretário-geral. Absoluto. Em
vez do marxismo-leninismo, a religião ortodoxa.
Antes da revolução de 1917, Aleksandr Grin escreveu:
"E o futuro parece ter deixado de estar no seu lugar." Passaram cem anos, e de novo o futuro não está no
seu lugar. Chegou um tempo em segunda mão. A barricada é um lugar perigoso para
um artista. Uma armadilha. Ali estraga-se a vista, obscurece a íris, o mundo
perde a cor. Na barricada, o mundo é preto e branco. Dali já não se distingue o
homem, vê-se apenas um ponto negro — um alvo. Passei toda a vida nas barricadas
e queria sair delas. Aprender a alegrar-me com a vida. Recuperar a visão
normal. Mas dezenas de milhares de pessoas saem de novo para as ruas. Dão-se as
mãos, trazem fitas brancas nos blusões, símbolo do renascimento. Há cor. E eu
estou com elas.
Encontrei nas ruas jovens com a foice e o martelo e o
retrato de Lênin nas camisolas. Saberão eles o que é o comunismo?
1 ¹Designação depreciativa do regime soviético e de tudo o que com ele se relaciona. (N. do T.)
2 Ou simplesmente Gulag. Acrónimo da designação russa: Glavnoe Upravlénie Ispravi- telno-trudovikh Laguerei (Direção Central dos Campos de Trabalho Correcional). 3 Outubrista: primeira forma de organização das crianças, que a seguir entravam para os pioneiros e mais tarde para o Komsomol, a juventude comunista.
1 ¹Designação depreciativa do regime soviético e de tudo o que com ele se relaciona. (N. do T.)
2 Ou simplesmente Gulag. Acrónimo da designação russa: Glavnoe Upravlénie Ispravi- telno-trudovikh Laguerei (Direção Central dos Campos de Trabalho Correcional). 3 Outubrista: primeira forma de organização das crianças, que a seguir entravam para os pioneiros e mais tarde para o Komsomol, a juventude comunista.
4 comentários:
A Russia acabou quando assassinaram covardemente a familia imperial.
Os baluartes do comunismo sempre foram retardados e perguiçosos.
Liberdade pra essa gente é tirar a liberdade dos outros.
mexam comigo ou minha familia e irão beijar a terra fria
Agora vejamos o que vem escrito no livro de Apocalipse:
A besta que viste, foi e já não é, e há-de subir do abismo, e irá a perdição; e os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo) se admirarão, vendo a besta que era e já não é, mas que virá.
(APOCALIPSE 17:8)
"Não será que se refere ao comunismo ditatorial? E nesta geração a Besta vem com várias cabeças e com dinheiro inesgotável. Olhem pelo poder económico e financeiro do Dragão (China)? Dos árabes? Dos illuminatis do imperialismo Yankees (a maçonaria)?
O comunismo ditatorial, a nova ordem mundial, o islam é o mesmo espírito. Este espírito do Diabo. Jesus Cristo trouxe a terra o Espírito Santo, e Satanás quando esteve na terra no século VI deixou na terra o espírito que se chama Diabo. O que a Bíblia chama de joio.
E esta Besta está a conquistar muitos países e congregar-lhes para a batalha contra o Cordeiro. Como precisa aqui a Bíblia:
E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército.
E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre.
E os demais foram mortos, com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo (S. Miguel), e todas as aves se fartaram das suas carnes.
(APOCALIPSE 19:10)
Adora a DEUS; porque a testemunho de JESUS É O ESPÍRITO de profecia.
(APOCALIPSE 19:10)
O esquerdista Aldo Rebelo e o apoio ao Islã no Brasil
https://youtu.be/5aMigHIxWCQ
Islamismo no Brasil o Caminho dos Tolos.
https://youtu.be/frORrQWnSQ4
Amar a Deus é respeitar a sua criação. Amai-vos uns aos outros como eu vos amei. E o Senhor nos confiou sua fazenda. Este belo jardim onde todos nós somos apenas hóspedes na casa do Senhor. Mas o mundo já está cheio de um povo cuja religião é destruir tudo o que Deus criou, já fizeram do jardim do Senhor um verdadeiro lagar de sangue. Onde este povo chega converte tudo em abismo. Povo cujo coração é negro que nem carvão, cheio de ódio contra os filhos de Deus, pregam entre os seus seguidores a proceder com violência, e matam gentes inocentes. Quem é o deus deste povo que destrói toda a criação de Deus? E sabendo que Deus, o Pai Criador está no céu, este povo direccionam para o céu os seus posteriores, mostrando a Deus todos os escândalos das suas cuecas. Se eles soubessem que no dia da revelação o que eles terão no lugar da cara vai ser o seu rabo com todos os escândalos que comporta o rabo e reduzidos na condição de serpente, a semelhança de seu pai Satanás. O sinistro personagem no jardim de Éden. O islam é coisa bonita neste jardim de Eden? Ou é a coisa mais monstruosa e mais sinistro no mundo? MEDITEM NISSO!
A MENTIRA MATA. A VERDADE SALVA.
Na noite do fim do ano, na Alemanha, centenas de mulheres alemãs foram sexualmente violadas por homens muçulmanos. Desde o ataque de Nairobi eu venho advertindo: todavia não vimos nada comparado com o que esta raça de imundos nos vão infligir. Estes árabes-muçulmanos não são seres humanos. São demónios dominados pelo espírito do Diabo pai deles. Que nos preparemos para o pior nunca visto no mundo.
Eles todos virão, com violência: os seus rostos buscarão o oriente (Meca), e eles congregarão os cativos, como areia.
E escarnecerão dos reis, e dos príncipes farão zombaria: eles se rirão de todas as fortalezas, porque, amontoando terra, as tomarão.
Então passará como um vento, e pisará, e se fará culpada, atribuindo este poder ao seu deus. (ao tal de allah)
(HABACUC 1:9)
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