Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos I. S. Azambuja
Yasser Arafat morreu em Paris no dia
11 de novembro de 2004, após uma doença rápida. A causa da morte não ficou
clara. Em julho de 2013, relatórios suíços sobre testes feitos nas roupas de
Arafat indicavam que poderia ter morrido em decorrência de envenenamento por
polônio 210. Em novembro de 2012, uma equipe internacional de patologistas
forenses abriu a tumba de Arafat em Ramallah e tirou amostras de partes do seu
corpo para proceder a mais investigações.
Até agora só houve um outro caso
conhecido de morte por envenenamento com polônio 210, a do ex-oficial do KGB
Alexander Litvinenko, em 2006, que havia desertado para a Inglaterra e revelado
alguns segredos avassaladores do KGB/FSB ao serviço de Inteligência britânico,
MI-6. Um desses segredos, que se tornou público, foi que Ayman al-Zawahiri, um
dos líderes da Al-Qaeda, foi treinado ao longo de seis meses pelo KGB/FSB, no
Daguestão, em 1997.
Outra revelação, extremamente
prejudicial à Inteligência russa, foi que Romano Prodi, ex-Primeiro Ministro da
Itália e o décimo presidente da Comissão Européia, fora por longo tempo um
agente do KGB/FSB. Litvinenko relatou ter sabido disso por meio do general do
KGB Anatoly Trofimov durante o período em que ele, Litvinenko, ainda trabalhava
para o KGB/FSB. Trofimov foi morto a tiros, em Moscou, em 2005. Em 2002, a
Comissão Mitrokhim, um comitê parlamentar estabelecido pelo parlamento da
Itália para investigar supostos laços do KGB com políticos italianos, concluiu
que Prodi era “o homem do KGB na Itália” e que ele estivera, ainda que de
maneira distante, envolvido no assassinato, em 1978, do Primeiro-Ministro Aldo
Moro, seqüestrado e morto por uma organização terrorista financiada pelo KGB,
as Brigadas Vermelhas.
Em 1 de novembro de 2006, Litvinenko
adoeceu subitamente – igual a Arafat – e foi hospitalizado. A doença de
Litvinenko foi atribuída a envenenamento por polônio-210, um isótopo altamente
tóxico, conhecido por ser usado pela União Soviética como gatilho de Nêutron
para armas nucleares. Litvinenko morreu em 22 de novembro de 2006 em Londres. O
Serviço Judicial da Coroa pediu, em 22 de maio de 2007, a extradição para a
Inglaterra do cidadão e residente russo Andrey Lugovoy – um ex-agente do KGB –
sob a acusação de ter matado Litvinenko. No dia 5 de julho do mesmo ano, a
Rússia negou a extradição. Do dia para a noite ele se tornou membro da Duma,
assim recebendo imunidade parlamentar!
Há motivos sólidos para sugerir que o
KGB/FSB possa ter se cansado de Arafat e decidido se livrar dele, pois Arafat
tinha se tornado o símbolo da DESINFRMAÇÃO e terrorismo atuais, e começou a ser
conhecido como homem do KGB – no topo da comunidade de Inteligência do KGB ele
era cognominado ”Cheyadbom”(de Chelovecheskaya Yadernaya Bomba ou
bomba nuclear humana -. Documentos originais vazados dos arquivos do KGB/FSB,
depois da queda da União Soviética, jogaram lenha na fogueira.
Documentos do arquivo Mitrokhin
descrevem a colaboração estreita de Arafat com o DIE romeno e com o KGB, no
início dos anos 70. Outros documentos revelam o treinamento secreto que o KGB
forneceu às guerrilhas de Arafat e os canais super-secretos utilizados pela
Inteligência soviética para entregar carregamentos de armas à OLP. Alguns
desses documentos põem a público a dachasuper-secreta do KGB, cognominada
“Barvika-1”, utilizada por Wadie Haddad, chefe da organização de fachada de
Arafat e encarregado de contrabandear armas da União Soviética. Outros
documentos do KGB expostos por Mitrokhin mostram que o então diretor do KGB,
Andropov, buscou a aprovação de Brejnev para usar Haddad para seqüestrar o
encarregado da estação da CIA no Líbano.
No dia 28 de maio de 1970, foi
aprovado o seqüestro, e o novo chefe do Departamento V – seqüestros e
assassinatos -, general Nikolay Pavlovich Gusey, designou Haddad para a missão,
mas a operação terminou em fracasso.
Outro segredo do KGB que se tornou
público, mostrou que durante a visita a Moscou, em maio de 2001, Arafat forjou
uma aliança secreta com o Irã, envolvendo carregamento de armas pesadas do Irã
para a OLP. Essa nova parceria foi firmada numa reunião clandestina entre dois
dos principais assessores de Arafat (Fuad Shobaki, chefe das finanças para
operações militares e Fathi al-Razem, vice-comandante da polícia naval
palestina) e um oficial do governo iraniano cujo nome não foi revelado. Em
troca da ajuda, Arafat concordou em fornecer ao Irã acesso à Inteligência
palestina sobre as posições militares de Israel.
Sete meses depois, no dia 4 de
janeiro de 2002, unidades da Marinha e da Força Aérea israelenses capturaram um
cargueiro, no Mar Vermelho, com cerca de 50 toneladas de armas que haviam sido
embarcadas no Irã. O navio – o Karine A – pertencia à Autoridade Palestina (AP)
e era capitaneado por um polícia naval da AP. Os militares israelenses levaram
o navio capturado para Israel, onde foram exibidas publicamente as armas
encontradas nele.
A AP está proibida de portar a
maioria dessas armas em razão do acordo assinado em Oslo, por Arafat, em 1993.
Entre as armas estavam foguetes Katyusha de longo alcance e fabricação
soviética, morteiros de longa distância, mísseis antitanque e uma grande
quantidade de explosivos semtex. O Tenente-General Shaul Mofaz, chefe do
Exército israelense, disse que se esse equipamento tivesse chegado às mãos dos
terroristas palestinos, poderia ter aumentado drasticamente as atividades
terroristas no Oriente Médio.
É significativo que embora Israel e
EUA tenham publicado provas escritas incontestáveis provando que Arafat estava
envolvido pessoalmente no caso do navio Karine A, referente ao contrabando de
armas proibidas vindas do Irã, ele negou teimosamente, até numa carta pessoal
amplamente divulgada que enviou ao presidente George Bush, que tivesse
conhecimento.
Em 2002, Arafat realizou outra
manobra para enganar as massas, cujos detalhes operacionais indicavam que ele
ainda tivesse conselheiros de DESINFORMAÇÃO do KGB/FSB o ajudando. Na primavera
de 2001, homens-bombas tinham se tornado ocorrência quase diária em Israel.
Esses ataques culminaram com o “Massacre
de Páscoa”, de 27 de março de 2001. Um terrorista palestino entrou na sala de
jantar do Park Hotel, situado na cidade costeira de Netanya, e detonou uma
bomba, matando 29 pessoas e ferindo outras 140. Não querendo mais agüentar
assassinatos diários de seus civis, Israel lançou a operação “Escudo Defensivo”
– 29 de março a 21 de abril de 2001 -. Seu propósito era desmantelar a
estrutura terrorista da OLP, escondida na cidade de Jenin, que tinha se
transformado numa completa sede terrorista, dotada de fábrica de bombas.
Quando as tropas de Israel adentraram
o campo terrorista da OLP em Jenin, em abril de 2002, encontraram toda uma rede
de túneis e contêineres cheios de explosivos prontos para detonar quando os
israelenses lá chegassem. Treze soldados palestinos morreram quando um suicida
palestino de 14 anos de idade detonou uma série de explosões que demoliram um
desses prédios quando os soldados faziam uma busca em seu interior. A
Autoridade Palestina lançou, com sucesso, uma operação de DESINFORMAÇÃO de três
frentes, a qual seguia precisamente as regras do KGB para minimizar um desastre
nacional: negar seu envolvimento direto no caso, minimizar os danos e, quando a
verdade viesse à tona, insistir em que o inimigo era o culpado.
Em maio de 2002, após os corpos terem
sido recuperados no campo de Jenin, o oficial vice-chefe da Comissão da ONU na
cidade, Charles Kapes, relatou que somente 44 palestinos tinham de fato sido
mortos. Os israelenses relataram ter encontrado apenas 46 mortos entre os
destroços, incluindo uma pilha de cinco corpos que tinham caído numa das
armadilhas que tinham sido preparadas pelos terroristas da OLP.
“Não importa quais critérios tenham
sido adotados”, concluiu David Holley, um inglês especialista em assuntos
militares que estava trabalhando para a Anistia Internacional, “não houve
massacre algum’. O Secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, também
anunciou oficialmente que não havia indício de qualquer massacre israelense em
Jenin, como alegado pelos palestinos.
Em abril de 2002, o ex-diretor da
CIA, James Woosley, repudiou a alegação da OLP de que seu presidente tenha sido
eleito democraticamente: “Arafat foi, em essência, eleito da mesma maneira que
Stalin, mas não tão democraticamente quanto Hitler o foi, o qual, pelo menos,
ainda teve adversários”, declarou Woosley. Ele sabia do que estava
falando, pois estava à frente da CIA quando a OLP de Arafat começou a fazer a
sua grande conversão, de uma organização terrorista sangrenta em um suposto
órgão de governo, aparentemente com eleições justas. A exposição da mentira de
Jenin, que tinha por toda parte marcas de uma operação de DESINFORMAÇÃO estilo
KGB, parece ter sido a última gota para Arafat. Era hora de ele ir embora.
Um novo e mais ocidentalizado líder
foi posto no lugar de um Arafat manchado de sangue, antiquado, desmascarado.
Poucas pessoas atentaram a que Mahmoud Abbas, que assumiu o cargo de Arafat e
continua a ser presidente da (rebatizada) Autoridade Nacional
Palestina, também foi educado na ex-União Soviética. Abbas se graduou na
Universidade Patrice Lumumba, em Moscou, uma escola controlada pelo KGB, cuja
tarefa secreta era criar uma nova geração de estrangeiros dedicados a promover
os interesses de Moscou em seus países natais.
Os primeiros 288 estudantes de 47
países se formaram em 1965. Pouco depois disso, o general Aleksandr
Sakharovsky, que fora conselheiro chefe daSecuritate romena antes de se
tornar diretor da da Inteligência Estrangeira soviética, pediu ajuda ao DIE
romeno para encontrar “estrangeiros amigáveis” aos quais se pudesse dar bolsas
de estudos na Lumumba. Todos os estudantes estrangeiros na Patrice Lumumba
estavam cooperando, de um modo ou de outro, com o braço estrangeiro do KGB.
Mais ainda: poucas pessoas se deram
conta que após a morte de Arafat, a própria ONU se transformou em fantoche do
KGB/FSB. Em 2 de dezembro de 2004, o Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan
endossou as propostas do “Painel de Alto Nível sobre Ameaças, Desafios e
Mudanças”por ele encarregado de planejar uma “ONU para o Século XXI”. O painel
recomendou que os EUA e Israel fossem mais isolados ainda através do
estabelecimento da regra de que apenas a ONU poderia declarar guerras
preventivas contra o terrorismo ou quaisquer outras ameaças.
É difícil acreditar, mas é a verdade,
que o principal membro do painel da cúpula de Annan fosse o ex-general do KGB
Yevgeny Primakov, homem que foi ex-Conselheiro de Inteligência soviético de
Saddam Hussein, chegou a chefiar o Serviço de Espionagem Russo por algum tempo,
e que chegou a cantar trechos de ópera com a Secretária de Estado americana
Madeleine Albright, enquanto por suas costas e em segredo, dirigia o vergonhoso
caso de espionagem de Aldrich Ames.
Outro membro eminente era Qiam
Qichen, um ex-oficial de Inteligência da China Vermelha, que trabalhara sob
disfarce diplomático no exterior, pertencera ao Comitê Central do Partido
Comunista quando este ordenou a sangrenta repressão da Praça Tiananmen em 1989,
posteriormente ascendera ao Politburo e, em 1998, tornara-se vice-presidente do
Conselho de Estado da China. E ainda havia Amr Moussa, o Secretário-Geral da
Liga Árabe, que “sente falta do equilíbrio de Poder que a União Soviética
trazia”, e até agora é incapaz de condenar – para não falar em prevenir –
o terrorismo.
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O texto acima é o resumo de um dos
capítulos do livro “Desinformação”, escrito pelo Tenente-General Ion Mihai
Pacepa – foi chefe do Serviço de Espionagem do regime comunista da Romênia.
Desertou para os EUA em julho de 1978, onde passou a escrever seus livros,
narrando importantes atividades do órgão por ele chefiado, e que influenciaram
diretamente alguns momentos históricos do Século XX -, e pelo professor Ronald
J. Rychlak - advogado, jurista, professor de Direito Constitucional na
Universidade de Mississipi, consultor permanente da Santa Sé na ONU, e autor de
diversos livros -. O livro foi editado no Brasil em novembro de 2015 pela
editora CEDET.
Um comentário:
Favor visualizar este vídeo link abaixo. Vão constatar que este mesmo Arafat que para os ocidentais pregava a boa palavra para ser considerando santo, este mesmo homem apelava e incitava o povo palestino ao jihad. Visualizem este vídeo e constatem. Estes muçulmanos mentem, mentem, mentem com a mesma habilidade que o pai deles o Diabo.
https://youtu.be/ZkP5L2oTOSw
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