2a Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
O que vai ou pode sobrar para o
Brasil com o Brexit? Quem melhor respondeu foi o rubro-negro e ex-Presidente do
Banco Central do Brasil, o economista Carlos Geraldo Langoni, diretor do Centro
de Economia Mundial da Fundação Getúlio Vargas. A entrevista de Langoni ao
jornal Valor Econômico representa um chute no saco no otimismo que o Presidento
interino Michel Temer tenta vender ao mercado. A equipe econômica de Henrique
Meirelles sabe que estamos diante da recessão mais brutal e da mais grave crise
estrutural da História. O Brexit só vai ajudar a atrasar as soluções para o
Brasil.
Langoni foi realista com o Brexit:
"O timing não poderia ser pior para o mundo e principalmente para o
objetivo brasileiro de uma saída rápida do ciclo recessivo. Essa decisão vai
tornar as coisas, que já eram difíceis, mais difíceis". O economista da
FGV prevê alguns movimentos: Haverá fugas de capitais de economias emergentes
que dependem de commodities e que estão convivendo com déficit em conta
corrente elevados ou com desequilíbrios internos, o que é o caso brasileiro.
Carlos Langoni traça uma previsão
sobre o Real: "O câmbio vinha com um viés de valorização que vai ser
interrompido em função dos desdobramentos da saída do Reino Unido do
mercado comum. A tendência nos próximos meses é de que o real, que vinha se
acomodando num patamar de R$ 3,50 ou até um pouco menos, sofra alguma correção
de rota".
Os banqueiros e rentistas
especuladores certamente adoraram o que Langoni classificou como ruim em função
do efeito Brexit sobre o Real: "A valorização do real frente ao dólar e a
melhoria da inflação poderia dar um espaço ao Banco Central para reduzir os
juros internos já no terceiro ou quarto trimestre do ano. E essa possibilidade
poderá ser postergada ou mesmo afastada".
Sob
ponto de vista da geopolítica, Langoni antevê uma grande instabilidade
internacional: "A saída do Reino Unido dá espaço a um bloco mais
protecionista e menos liberal, com peso maior para países como França, Itália,
Espanha e a própria Alemanha, que hoje é uma economia com um viés liberal. Essa
é uma consequência muito importante para o Brasil e para os países que querem
fazer um acordo com o bloco no futuro. Vai ficar mais difícil com a saída
do Reino Unido".
Langoni acrescenta: "A segunda
consequência é o efeito cascata. Em 2017 vamos ter eleições em países-chaves
como Alemanha, França e Holanda. É bem provável que o exemplo do Reino Unido
seja imposto por partidos nacionalistas ou até ultranacionalistas com um viés
populista. Isso pode, sim, aumentar as dúvidas com relação ao futuro do bloco".
O problema brasileiro fica muito mais
grave do que muito bem aponta o companheiro flamenguista Langoni com a decisão
popular para o Reino Unido deixar a União Europeia. O Brasil continua não
levando a sério, com amplo debate democrático, as soluções para a brutal crise
estrutural - que é mãe das outras crises: política, econômica e moral. Se o
Brasil avança na vontade de combater a corrupção, permanece estagnado na hora
de tomar decisões corretas de política-econômica. Seguimos reféns do
improdutivo Capimunismo rentista, em que o Estado é uma máquina de moer quem
trabalha e os vermes de uma zelite parasitária.
Uma maioria apertadinha de britânicos
(apenas 52%) resolveu dizer não a um modelo supranacional, globalitário,
rotulado pela tal União Europeia - que é uma mistura artificial e falsa de
países. Os controladores ingleses da economia transnacional foram tão malandros
que nunca aderiram ao Euro, embora fingissem fazer parte daquela zona (sem
trocadilho).
Agora, permanecer na UE interessava
aos objetivos de controle deles sobre o resto do continente. Sem entender
direito como o globalitarismo funciona, mas percebendo que algo não ia bem, o
dividido povo da Inglaterra jogou seu peso sobre a turma do País de Gales,
Escócia e Irlanda, para votar em favor da "imaginária" soberania da
ilha...
O mundo ainda vai assistir a
situações inimagináveis muito em breve. prometem ser tensos os dois anos de
complexas negociações para o Reino Unido deixar a União Europeia. E tudo pode
ficar ainda mais "zoneado" dependendo do resultado da eleição
presidencial de novembro, nos EUA, entre Hillary Clinton e Donald Trump.
Se os otários do Brasil não tomarem
vergonha na cara, definindo um rumo para o nosso País, sofreremos, aqui na
periferia, os piores efeitos da briga de cachorro grande lá nas metrópoles
globalitárias. Volatilidades e dificuldades de crescimento global vão nos
impactar, diretamente, mercados merdejantes como o nosso.
Como diria Joel Santana, o Brasil já
está "exit" do jogo. Por isso, cabe indagar: Como de costume, vamos
para o resignado "seja o que Deus quiser"? Ou, por um milagre,
aproveitaremos a merda reinante para promover a inédita "Intervenção Cívica
Constitucional" - única quimioterapia institucional que pode nos salvar?
Releia a primeira edição desta sexta de São João: Entre Brexit e PTexit, bandidos tentam se salvar
apostando na suprema judicialização da politicagem
Recado Joanino
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Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan
Adonai!
O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo
Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise
política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e
verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e
Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista
em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 24 de Junho de 2016.
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Um comentário:
Tomara que sigamos o exemplo e também deixemos de vez os bloco e ideologias comunistas, pois agora a Inglaterra deixa de sustentar a Grécia, Portugal, França, Espanha etc. e nós precisamos nos livrar de Cuba, Venezuela, Haiti etc.
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