Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Paulo Roberto Gotaç
O propalado acordo de cessar fogo e
reparação às vítimas, recentemente oficializado entre o governo Colombiano e a
organização guerrilheira conhecida como Forças Armadas Revolucionárias da
Colômbia (FARC), viabilizado e intermediado, segundo consta, pelo governo
Cubano, sob a liderança do ditador Raul Castro, e embandeirado pelo noticiário
como histórico, levanta no espírito do cidadão comum sul americano algumas
interrogações, cujas respostas estão longe do devido esclarecimento.
Por exemplo, o que significa firmar
um compromisso entre um estado soberano e reconhecido pelo resto do mundo e uma
organização guerrilheira que não possui o mesmo status e que, como é de
conhecimento geral, controlou e talvez ainda controle, parcela ponderável do
narcotráfico na região, boa parte do qual, exportado para o resto da
América?
Que tipo de participação terá o grupo
guerrilheiro, até então pensado na mente das pessoas como clandestino, na
estrutura política formal da Colômbia?
Terão as FARC território próprio
encravado na república oficial?
Quais serão as atribuições do Senhor
Rodrigo Londoño, líder representativo da organização, também conhecido como
"Timochenko", e de seus mais de sete mil guerrilheiros ainda ativos,
na máquina militar e administrativa do país, após a homologação do acordo?
Terá a arte diplomática
latino-americana alguma surpreendente carta no colete que garanta a
execução suave da transição? Essas são algumas das dúvidas que surgem no
espírito de todo americano que habita abaixo do equador e cujo destino
certamente será influenciado pelo acordo.
Paulo Roberto Gotaç Capitão de Mar e
Guerra reformado.
2 comentários:
Acordo?
Na verdade o acordo só foi aceito pelas FARC em virtude da bancarrota da Venezuela. Sem dinheiro, não há guerrilha que se mantenha. O tráfico dá dinheiro mas não a ponto de sustentar uma guerra por longo tempo.
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