Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
O jogo foi
de cartas marcadas, com um evidente ás de copas nas mangas dos petistas. A tão
aguardada resposta dos 81 senadores neste histórico 31 de agosto de 2016 foi o
esperado impeachment de Dilma, por 61 votos a favor e 20 contra. Senadores
também decidiram pela manutenção dos direitos políticos de Dilma por
oito anos. A habilitação da função pública foi um prêmio de consolação para
Dilma. A votação ficou abaixo dos dois terços: placar de 42 a 36, e três abstenções.
A jogada
pode beneficiar Eduardo Cunha no julgamento de cassação de mandato marcado para
segunda-feira, 12 de setembro, na Câmara dos Deputados. Renan Calheiros,
presidente do Senado, votou pelo impeachment, mas pregou voto pela manutenção
dos direitos de Dilma. Ficou claro que aconteceu um acordo prévio de bastidores
para compensar Dilma pela perda da Presidência.
Houve
queima de fogos de artifício em todo Brasil, para comemorar a queda da
Presidanta. Certamente pt da vida, Dilma assistiu à previsível derrota pela
televisão, no Palácio da Alvorada, acompanhada de Luiz Inácio Lula da Silva e alguns
ex-ministros e assessores. Michel Temer toma posse às 16 horas em sessão do
Congresso Nacional. Já deixou gravada a fala às 20 horas em cadeia nacional de
rádio e televisão. Empossado, passou a Presidência, interinamente, a Rodrigo
Maia, para viajar à China. Vai em busca de negócios e para participar da
reunião do G-20, dias 4 e 5 de setembro. Temer volta correndo para a festa do
Dia da Pátria, em 7 de setembro.
Eram
necessários 54 votos para impedir Dilma - afastada desde maio da Presidência.
Ela era pronunciada desde 9 de agosto pelo tribunal senatorial conduzido por
Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal. Dilma era julgada
desde 25 de agosto, após 18 questões de ordens e vários depoimentos, com ampla
defesa proporcionada para a Presidenta (11 horas e 35 minutos respondendo a
perguntas de 48 senadores). O caso Dilma teve 72 volumes em 24.700 páginas.
Até outro
dia parceiro do PT, Michel Miguel Temer Lulia agora está efetivado na
Presidência da República Federativa do Brasil. Vai durar no cargo se comprovar
capacidade para tirar o País da mais brutal crise estrutural da história.
Pacificar a política e melhorar a economia são missões nada fáceis para quem
até ontem presidia o PMDB - partido entranhado no poder federal desde 1985 e
com dirigentes sempre suspeitos de altíssima corrupção. A petelândia rodou.
Quem mais vai se ferrar? Eis a questão que aguarda resposta para breve...
O
julgamento final começou às 11h 15min. Ricardo Lewandowski fez um super resumo
do processo. Em seguida, abriu para destaques dos senadores. Aí começaram as
surpresas. O ex-presidente e senador Fernando Collor de Mello reclamou da falta
de isonomia entre seu impedimento, em 1992, e o atual caso Dilma. Em seguida,
malandramente, o PT apresentou um requerimento pedindo uma votação em separado
para avaliação da possível perda de direitos políticos de Dilma. Lewandowski
acatou a questão de ordem petista e jogou a decisão para a famosa
"soberania do plenário".
Assim, a
pergunta fatal do processo de impeachment acabou providencialmente modificada,
em cima do laço da votação, para salvar os direitos políticos de Dilma, em
futuro recurso judicial ao STF: "Cometeu a acusada, a senhora presidente
da República, Dilma Vana Rousseff, os crimes de responsabilidade
correspondentes à tomada de empréstimos junto à instituição financeira
controlada pela União e à abertura de créditos sem autorização do Congresso Nacional,
que lhe são imputados e deve ser condenada à perda do seu cargo?" Ficou
para votação posterior a pendência: "ficando, em consequência, inabilitada
para o exercício de qualquer função pública pelo prazo de oito anos?".
A crise
estrutural brasileira parece longe de ser resolvida por Temer. No entanto, ele
tem a oportunidade histórica de provar que não é um idiota ou apenas mais um
boneco corrupto na presidência de uma rica colônia de exploração comandada de
fora para dentro por poderes globalitários. Temer tem a caneta para, no mínimo,
lançar o debate sobre as mudanças necessárias. Sabe que não tem margem para
erros primários. Sua popularidade é frágil. O eleitorado é volátil. O mercado é
desconfiado e inconfiável. Se Temer errar, dança depressa. Melhor não falhar...
A
petelândia vem com tudo para vender a tese do plebiscito sobre eleições gerais.
A esquerda e os petistas continuam mais vivos que nunca. O Brasil tem todas as
pré-condições para uma confusão revolucionária. O gramscismo puro e sua
corruptela, o marxismo cultural, fizeram um enorme estrago na cabeça dos
brasileiros. A idiotização, principalmente das tais "zelites", são um
entrave ao desenvolvimento do País.
Em meio a
um regramento excessivo, nossa democracia tem a consistência de uma gelatina no
calor do inferno político. As instituições foram e continuam rompidas pela ação
do crime organizado. Os três poderes batem cabeça, na guerra de todos contra
todos. A judicialização da política é um perigoso atalho para o autoritarismo -
permamente ameaça no Brasil.
A maior
fragilidade do País é que não enfrentamos a crise estrutural com um amplo e
livre debate sobre o que tem de mudar, definindo prazos, condições objetivas e
responsáveis pelas missões. Se Temer quiser sobreviver, e entrar para a
História como um Estadista e não como mais um mero medíocre, ele tem o dever de
liderar o debate estratégico. Fracassará se ficar preso às meras intenções
capimunistas da cúpula corrupta de seu partido e de outras agremiações aliadas
por oportunismo.
Michel
Temer ainda depende de si mesmo para mudar o Brasil. Por isso, deve ser cobrado
insistentemente. O agora governo definitivo (?) precisa de oposição responsável
e propositiva. Os segmentos esclarecidos da sociedade brasileira não podem dar
trégua.
A pressão
da sociedade tirou o PT do poder após 13 anos. No entanto, os petistas
aparelharam o Estado e inseminaram as bases para o longo projeto de poder sob
conceitos equivocados e ideologicamente criminosos.
Ainda falta
muito para a limpeza. Temer pode varrer o lixo para a casa do vizinho ou
assumir a nobre função de presidir a companhia de limpeza, mesmo que não seja o
"lixeiro" mais qualificado do Brasil ou do mundo.
Cumpra seu
dever, Michel Temer. E torça para que a petelândia ou a grande incógnita
Eduardo Cunha não atrapalhem seus planos. Que temer presida o Brasil - e não
seja mais um déspota esclarecido no Palácio do Planalto.
Temer, sua
vida na Presidência pode ser bela como a Marcela. Aproveite o embalo olímpico
de vitórias e faça as coisas certas. Cuidado, porque o PT quer te dar
"Medalha de Chumbo". Tudo vai depender mais de você que de outros
fatores internos e externos.
Descentralize
e cobre resultados administrativos dos subordinados. Leve em nas críticas, por
piores que sejam. Fuja dos puxa-sacos. Aja com transparência. Promova o
diálogo. Exercite a tolerância. E, mais importante estrategicamente, contenha a
vaidade. Todo isto só depende de você...
Releia: Dilma impichada
aposta em futuro perdão Supremo
Reveja, também: Carta Aberta a
Eduardo Cunha
A Banda
virou Bunda
Paródia que
circula da famosa canção "A Banda", do ilustre petista Chico Buarque:
Estava à
toa na vida
E o PT me chamou
Pra ver a Dilma mentir
Contando coisas de horror
A presidenta fingida
mentiu sem nenhum pudor
E eu com cara de bunda
Assistindo aquele pavor
O Odebrecht que dava dinheiro parou
O empreiteiro que levava vantagem parou
A namorada que viajava com o Lula
Parou para ouvir e pedir passagem
A economia na mão dela ruiu
A Pasadena que foi comprada faliu
E a petezada toda se assanhou
Pra levar patrocínio e propina
Cantando coisas de amor
Estava à toa na vida
O Lula então me chamou
Pra ver a Dilma mentir
Contando coisas de horror
A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
E eu com cara de bunda
Ouvindo aquele estupor
O Sergio Moro descobriu a roubalheira e julgou
Perdemos a Petrobrás e o patrocínio dançou
A Jandira debruçou na janela
Pensando que a banda tocava pra ela
A multidão se espalhou na avenida e pediu
A presidenta que vivia escondida surgiu
Minha cidade toda se enfeitou
Pra ver o fim da Dilma e sua turma de horror
Mas para meu desencanto
O que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar
Depois que a Dilma passou
E cada qual no seu canto
Em cada canto uma dor
Depois da Dilma passar
Fazendo coisas de horror
Depois da Dilma passar
Fazendo coisas de horror.
Collor se vingou...
E o PT me chamou
Pra ver a Dilma mentir
Contando coisas de horror
A presidenta fingida
mentiu sem nenhum pudor
E eu com cara de bunda
Assistindo aquele pavor
O Odebrecht que dava dinheiro parou
O empreiteiro que levava vantagem parou
A namorada que viajava com o Lula
Parou para ouvir e pedir passagem
A economia na mão dela ruiu
A Pasadena que foi comprada faliu
E a petezada toda se assanhou
Pra levar patrocínio e propina
Cantando coisas de amor
Estava à toa na vida
O Lula então me chamou
Pra ver a Dilma mentir
Contando coisas de horror
A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
E eu com cara de bunda
Ouvindo aquele estupor
O Sergio Moro descobriu a roubalheira e julgou
Perdemos a Petrobrás e o patrocínio dançou
A Jandira debruçou na janela
Pensando que a banda tocava pra ela
A multidão se espalhou na avenida e pediu
A presidenta que vivia escondida surgiu
Minha cidade toda se enfeitou
Pra ver o fim da Dilma e sua turma de horror
Mas para meu desencanto
O que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar
Depois que a Dilma passou
E cada qual no seu canto
Em cada canto uma dor
Depois da Dilma passar
Fazendo coisas de horror
Depois da Dilma passar
Fazendo coisas de horror.
Collor se vingou...
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Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise
política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e
verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e
Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista
em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 31 de Agosto de 2016.
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© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 31 de Agosto de 2016.