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Por Aileda de Mattos Oliveira
Quando se fala em Fuzileiros Navais,
não há quem não pense, de imediato, na tradicional Banda Marcial, nos seus
integrantes de jaquetão vermelho, gorro de fita, e no belo espetáculo de
técnica e evoluções em que são senhores absolutos. Mas, há, ainda, a Banda
Sinfônica, que conquista as plateias pela excepcional competência de seus
componentes, e patenteia os fuzileiros como vocacionados instrumentalistas.
Vamos mais além. Falemos dos
combatentes das operações anfíbias que integram os Batalhões Riachuelo, Humaitá
e Paissandu, instalados na Ilha do Governador, a outrora e colonial Paranapuã,
juntamente com o Batalhão Tonelero, de Operações Especiais, bases nas quais é
formada a elite de profissionais da Marinha destinada a defender a soberania da
nação em terra e no mar.
Recuando no tempo, chegamos à D.
Maria I, que a História nos conta que longe estava de ser uma rainha serena e
justa. No entanto, em momentos de visão em relação à defesa da Coroa e dos
membros da realeza, criou, por Alvará, de 28 de março de 1797, a Brigada Real
da Marinha, sobre a qual recaía a responsabilidade da proteção militar de suas
naus.
Defesa executada por um Corpo de
Artilheiros-Marinheiros e de Fuzileiros-Marinheiros, quis D. Maria I
transformar essa organização híbrida numa unidade de forças, que estivesse apta
a executar, com eficiência, a tarefa anfíbia (termo atual), que sabia ser de
maior importância na travessia do oceano e na de sua chegada em terras
coloniais.
Aqui desembarcando, em 1808, tendo
sob a sua guarda a Família Real que transmigrava para o Brasil, a Brigada logo
se pôs em atuação vitoriosa nos vários conflitos que marcaram a formação do
país. Um ano após, ocupava a Fortaleza de São José da Ilha das Cobras tornando-a
sua sede e que continua a abrigar, nos dias atuais, o Comando-Geral do Corpo de
Fuzileiros Navais.
D. Maria I sequer imaginava que
deixaria plantada na Colônia, a semente de uma Corporação que viria a se tornar
uma das mais completas, congregando a nata de combatentes em termos de
adestramento, arrojo e competência.
No dia 13 de dezembro, data do nascimento
de Joaquim Marques Lisboa, Almirante e Marquês de Tamandaré, Patrono da Marinha
do Brasil, comemora-se o Dia do Marinheiro, não como graduação subalterna da
hierarquia naval, mas como símbolo de iniciação, de devotamento e identidade
profissional.
Cumprimentamos esses combatentes de
altíssimo padrão técnico, preparados para manter soberana a nação brasileira e
aos componentes da Armada, independente de posto, pois devemos a todos a
proteção da Amazônia Azul, a vigilância da Amazônia Verde e o trabalho de
atendimento humanitário às populações ribeirinhas nessa mesma Região e em
outros locais necessitados de assistência pública.
A todos os militares da Marinha do
Brasil que, revivificando os aspectos históricos do passado, tornaram-nos
lastros para o contínuo desenvolvimento naval brasileiro, os agradecimentos dos
patriotas brasileiros.
Adsumus.
Aileda de Mattos Oliveira é Dr.ª em
Língua Portuguesa. Acadêmica Fundadora da ABD. Membro do CEBRES.
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