Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Ernesto Caruso
Os ratos bichos são assim, caem na arapuca/ratoeira, quando
buscam o alimento e encontram o opositor humano que não aceita dividir o mesmo
espaço com essa espécie de animal, ressalvado o caso de povos que o idolatram e
o alimentam.
No entanto, há que se entender o degradante momento político,
envolvendo o rato humano que exerce o mesmo papel do rato bicho diante da fome,
com a diferença de que o rato bicho cai na armadilha pela necessidade de se
alimentar e sobreviver. Já o rato humano é uma espécie de animal insaciável
diante do vil metal.
O dinheiro cega o rato humano a ponto de não medir o perigo da
oferta fácil do enriquecimento, do tirar proveito da oportunidade que a sorte o
bafejou de assumir uma posição de chefia, de guarda, de servidor; de representante
do povo que o elegeu para a administração pública; ou que a sociedade
oportuniza aos seus integrantes para que em função de um concurso, o cidadão
assuma um cargo por mérito.
Outra semelhança entre esses tipos de rato aparece nitidamente
no ditado popular de que os ratos são os primeiros a abandonar o navio ao
afundar. O salve-se quem puder aparece também na briga entre quadrilhas para a
divisão do butim ou para escapar das malhas da Justiça. Quadrilhas que na
política são chamadas de partidos, nada diferente do PCC, salvo no significado
da letra “P”, que não é “partido”; por extenso, Primeiro Comando da Capital.
Mesmo embrenhados na Capital, Brasília, se espalham pelos
esgotos de âmbito nacional, com voraz apetite sobre o capital amealhado pelo
suor do brasileiro, registrado pelo ”impostômetro” em mais de 800 bilhões de
reais (maio/2017).
O que sobra nas siglas partidárias, plenas da letra “S” de
socialistas, falta-lhes sentimento de solidariedade, dedicação,
responsabilidade, caridade e, agradecimento pelos altos salários,
aposentadorias, benesses. São crápulas da pior espécie. Não têm respeito pelo
próprio nome e nem honram seus antepassados. Ambição ilimitada. De todos os
matizes, de comunistas a neoliberais.
Uma relação promíscua entre bruxos, jacarés e crocodilos; são
ardilosos ao extremo nas alianças temporárias, pois a única fidelidade que lhes
molda o caráter e à que se dedicam é a sobrevivência da própria pele.
Lembrar do escárnio com que depunha diante das autoridades o
patriarca da empresa investigada, Emílio Odebrecht. Entre sorrisos e desprezo
pela Nação brasileira que alimentava o seu império do mal discorria sobre as
propinas que passava aos agentes públicos, qualificados por ele de jacarés, de boca
menor em relação à voracidade e tamanho da boca dos crocodilos ávidos pelos
milhões de reais/dólares que se transformaram. Abjeta metamorfose.
Inversamente proporcional, faz aumentar o tamanho da boca e a
violência do predador e, reduzir o cérebro à irracionalidade do outro grupo
animal. Violência na avidez de se locupletar com recursos financeiros para
adquirir bens e levar uma vida de prazeres sem limite, sem pensar nas
necessidades mínimas dos contribuintes, em especial dos mais carentes. Abutres
com penas de ouro que se sustentam no fausto a custas de tantos que morrem
prematuramente por falta de recursos nos hospitais.
Bruxos que estão presentes também na OAS e na JBS, esta
partícipe das últimas cenas de corrupção e delações céleres que surpreenderam a
sociedade brasileira. Textos e fotos no ventilador mais gravações anunciadas e
não apresentadas, tendo como alvos principais o PMDB e o PSDB, nas figuras do
presidente Michel Temer e do senador Aécio Neves, afastado do exercício das funções
por decisão do ministro do STF Edson Fachin, que o livrou da prisão pedida pelo
procurador-geral da República.
A lembrar que a irmã do senador, Andréa Neves foi presa por
agentes da Polícia Federal.
Estranha-se toda essa montagem, ao que parece bem documentada
com provas, mas com mera citação do ex-ministro Mantega que já esteve preso e
agora está solto.
Importante que a Justiça não distinga dentre os agentes
corruptos, os vermelhos dos laranjas.
3 comentários:
Assim como o rato bicho, o rato humano também é muito esperto e resistente às tentativas de extermínio. Sempre escapa em quantidade suficiente para continuar a procriar, rapidamente, e devorar o que encontrar pela frente com a mesma fome de antes.
É interessante observar, que quando Collor começou a eliminar Leis que atrapalhavam o desenvolvimento do país - pelo menos mais de 1.000 deixaram de valer - e a demitir funcionários públicos em excesso, descobriram ligeirinho uma Fiat Elba e uma reforma na Casa da Dinda, mais um empréstimo fraudulento para encobrir dinheiro de sobra de campanha, para demiti-lo.
Agora, quando finalmente um Presidente resolve mexer com os privilégios dos marajás do setor público - reformas Previdenciária e Trabalhista -, mesmo não sendo santo, pois se fosse não estaria na política, também lhe passam uma rasteira.
Assim, nem os militares, se caso Temer os chamar e entregar-lhes as chaves do Palácio e do cofre, terão coragem de mexer nos alicerces da nossa República Monárquica, ou, com os privilégios dos membros da Corte.
Excelente artigo!
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