Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Ronaldo Carneiro
Políticos e burocratas, algumas vezes bem intencionados, buscam
estimular o comercio com exterior ou setores do mercado doméstico. Com isto
criam instituições financeiras visando exportação/importação e bancos de
desenvolvimento domestico.
Isto significa nada mais que uma bolsa empresário, mas
acima de tudo, permite empoderar políticos e burocratas para fazer
beneficio com dinheiro publico. Captam recursos de muitos para destiná-los a
poucos amigos do rei – prática anti democrática por excelência, sempre com a
legitimidade conferida por tecnocratas de conceito distorcido/duvidoso ou mal
intencionados. Esta prática não acrescenta em nada a capacidade de
investimento, apenas concentra nas mãos de poucos além de empoderar políticos
– isto não tem nada a ver com economia mas tudo a ver com manutenção de
poder.
Algum tecnocrata resiste ao telefonema do poderoso de plantão
indicando empresários para serem beneficiados com esta bolsa empresário?
Gráficos, planilhas, cálculos são preparados com rapidez para justificar o
empréstimo – campeões nacionais amigos do rei criam um desbalanceamento na
competição de mercado, pela indevida interferência humana no livre mercado.
Certamente agencias de desenvolvimento, não instituições
financeiras, tem um importante papel a desempenhar na organização de
investimento para infraestrutura. Significa captar recursos de todos para
beneficiar a todos. Porem, político prefere ser credor de favores para
iniciativa privada que são financiadores de suas campanhas – captam recursos de
todos para beneficiar os amigos do rei. Esta prática é tão descarada que bancos
ficam conhecidos como “banco da Boeing” ou demais beneficiários.
Ao interferir na iniciativa privada, cria-se uma distorção
enorme na economia de mercado, tecnocratas que conferem legitimidade a estas
opções definitivamente não conhecem o potencial distributivo do mercado.
Desastre semelhante ocorre com legislação que obriga
recolhimento compulsório de impostos sindicais, viabilizador de toda uma
estrutura arcaica e lideres sindicais forjados pela compra de votos para
manutenção de poder trabalhista.
Outro desastre econômico são os setores que definem seus
próprios salários gerando uma distorção enorme na economia. Esta prática
consegue desestabilizar planos salariais, mormente com o crescimento da
estrutura burocrática, tanto no executivo, como no legislativo e judiciário.
Estes setores, ao invés de definirem seus próprios salários, devem buscar
referenciais na economia de mercado, que, verdadeiramente, flutuam conforme a
vontade coletiva e a justa contribuição de cada um para a sociedade.
Empresas estatizadas constituem uma reserva de mercado para
empoderar políticos. De nenhuma eficácia econômica mas de toda eficácia
politica. Argumento mais comumente usado é o nacionalismo, como se economia
tivesse nacionalidade, como se as leis econômicas conhecessem fronteiras
geográficas – definitivamente a economia não estuda geografia!!!
Defensores da estatização não são ideólogos de direita nem de
esquerda, são ideólogos do atraso.
Aliás, interferência do governo na economia é sempre, sem
exceção, um desastre, viabilizadora do capitalismo de compadrio. Urge separar
economia de politica.
Economia de mercado num novo pacto social, priorizando nutrição,
saúde e educação é remédio infalível para pavimentar as estradas do
desenvolvimento. Mais Mises, menos Keynes, mais liberdade menos governo.
Ronaldo Campos Carneiro
é engenheiro de produção, ex professor da USP/PUC. Ex negociador de
projetos do Brasil com Banco Mundial e BID. Foi executivo -CEO - de
empresa privada na área de café e maquinas de café.
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