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Por Renato Sant’Ana
Jornalista Cláudio Humberto questiona: "Se Emílio e Marcelo
Odebrecht estão mentindo, quando afirmam tê-lo subornado com um pacote de propinas,
por que Lula não os processa?" E por que também não processa Romeu Tuma
nem José Nêumanne, que fazem uma devassa em sua vida?
Não correndo nenhum risco, Lula foi valentão para processar a
jornalista Joice Hasselmann, a Revista IstoÉ (e os repórteres Sérgio Pardellas,
Germano Oliveira e Davincci Lourenço de Almeida), a Revista Veja, o promotor de
justiça Cassio Roberto Conserino (MP-SP), o procurador da República Deltan
Dallagnol (coordenador da Lava Jato), o delegado Igor de Paula (PF, Lava Jato)
e até o juiz Sergio MOro. Perdeu todos. Agora, com Tuma e Nêumanne é diferente:
riscos incalculáveis!
No livro "Assassinato de reputações - um crime de
Estado" (Matrix) [1], além de acabar com a mitologia petista, Romeu Tuma
Junior simplesmente desmascara a farsa de Lula. Com documentos e fotos da
época, ele revela um o Lula pelego, que negociava por baixo dos panos com os
patrões o resultado das greves, que delatava companheiros de sindicato para a polícia,
entre outras indignidades.
Em "O que Sei de Lula" (Topbooks, Rio de Janeiro),
José Nêumanne Pinto revela o que o próprio Lula contou: no início de sua vida
profissional, para levar vantagens pessoais (entenda-se "dinheiro"),
Lula prestou-se a delatar "camaradas menos aptos" - entre outras
indignidades.[2]
Os autores, que conviveram longamente com ele, mostram um Lula
na contramão do Brasil, guiado unicamente pelo autointeresse, que, por exemplo,
resistiu à campanha Diretas-Já, que foi contra a anistia e a volta dos exilados
políticos no regime militar, boicotou a Constituinte de 1988, vetou a
colaboração do PT com o governo Itamar Franco, atacou o Plano Real e chamou de
"herança maldita" as mudanças sociais de Fernando Henrique Cardoso
(que depois ele manteve para tirar proveito).
Obviamente, Tuma e Nêumanne são odiados por Lula e seus
asseclas. Contudo, assim como não há hipótese de Lula processar os Odebrecht
nem Antonio Palocci (que descrevem em minúcias os milhões derramados no bolso
do ex-metalúrgico), os autores de livros tão devastadores jamais serão
enfrentados num processo judicial! As provas de que eles dispõem convenceriam
qualquer juiz. Para que correr tanto risco?
[1] Leia sinopse do livro em:
http://jbastidores.blogspot.com.br/2013/12/sinopse-assassinato-de-reputacoes-um.html
[2] Veja vídeo com esclarecedora entrevista de J. Nêumanne:
Renato Sant'Ana é Psicólogo e
Bacharel em Direito.
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