Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Henrique Abrão e Laércio Laurelli
Corrupção institucionalizada é quando a estrutura do Estado, em
todos os três níveis, é utilizada para desviar dinheiro do erário, atingindo diretamente
o desenvolvimento nacional. Tem lógica a advertência do juiz Sérgio Moro: “É um
quadro desalentador, um quadro de corrupção sistêmica, que é mais preocupante
porque envolve o pagamento de propina como algo rotineiro e natural”.
A corrupção sistêmica tem nos agentes estatais, grandes
empresários e, principalmente, no executivo e legislativo, confiscadores do
dinheiro público buscando a fortuna fácil. Todos eles sempre acreditaram na
impunidade, por envolver figuras poderosas, principalmente no sistema político
brasileiro onde se estruturou adonando-se do estado, aliança público-privada na
expropriação da riqueza pública.
O contubérnio de corruptores e corruptos achava-se intocável no
Brasil. A boa vida da corrupção sofreria um aneurisma grave, indo parar na UTI
da “Operação Lava Jato”. A doença diagnosticada era patrimonialismo e
clientelismo e a primeira grande vítima era a Petrobrás. Em rigoroso trabalho
de investigação de força tarefa do Ministério Público Federal e da Polícia
Federal, a partir do Paraná, mostraria à sociedade que a maior empresa brasileira
estava sendo saqueada.
O paranaense Paulo Roberto Costa, funcionário de carreira e
diretor da empresa por vários anos, seria o primeiro corrupto a delatar o
esquema criminoso do qual era ativo participante. Era o início da tempestade
que vem chocando o país nos últimos anos.
A corrupção institucionalizada não ficava adstrita à estatal de
petróleo. As suas raízes eram mais profundas penetrando nas estruturas
públicas. Os seus tentáculos apontariam a vassalagem dos corruptos políticos
com grupos econômicos que distribuíam propinas na escala dos bilhões de reais.
No executivo, no legislativo, entre servidores públicos e nos malandros de
colarinho branco do mundo empresarial, a ganância no roubo ao dinheiro público
transformou-se no paraíso da riqueza fácil. As investigações da Lava Jato se
estenderiam por outros Estados e a fotografia revelada seria de envergonhar a
própria vergonha. Explodiria esquemas em várias unidades federativas.
No Rio de Janeiro atingiria padrão de corrupção inacreditável,
simbolizada na quadrilha do ex-governador Sergio Cabral, onde a megalomania da
dilapidação do patrimônio público não ficava adstrito ao executivo, alcançava
legislativo e o próprio Tribunal de Contas, onde a quase totalidade dos seus
membros foram condenados à prisão. Os ex-governadores Anthony Garotinho e
Rosinha Garotinho, igualmente.
O Rio é o triste exemplo de uma crise de corrupção que se alarga
por todo o território brasileiro. Na Bahia, em um apartamento de ex-ministro e
deputado federal eram encontrados R$ 51 milhões em dinheiro vivo, em malas e
caixas de papelão. Certamente, com a continuidade das investigações, outras
administrações aparecerão no radar da corrupção. A mais recente foi o Estado do
Mato Grosso do Sul.
A opinião pública constituída por segmentos “informados”, “mal
informados” e os “desinformados”, sobre o combate à corrupção tem posição
comum: todos se indignam com o assalto sistêmico que vinha e vem sendo, em
menos escala, praticado pelas corporações políticas e empresariais. O balcão de
negócios foi desmascarado. Ante um executivo capturado pela corrupção, um
legislativo que renunciou a ser o poder fiscalizador e um judiciário
contemplativo, não fosse o notável trabalho da força tarefa da Operação Lava
Jato, tudo continuaria como d’antes no quartel de Abrantes.
Quando vozes cavernosas se levantam para criticar as
investigações que vem sendo feitas pela Lava Jato, torna-se importante
enfrentá-las. Aproveitam de erros cometidos, como no caso da delação superpremiada da JBS, realizada em Brasília,
nos porões da PGR (Procuradoria Geral da República), para tentar invalidar as
colaborações premiadas. Infelizmente esse foi um episódio melancólico e teve em
Rodrigo Janot o seu grande responsável.
O saldo altamente positivo da Lava Jato, no combate à corrupção
institucionalizada na República, não pode e não deve ser negado por nenhum
brasileiro de bom senso. Não podemos retroceder no combate à corrupção
sistêmica brasileira.
Um comentário:
SERGIO MORO, HÉLIO DUQUE OU CARLOS ABRAÃO SÃO TUDO BALELA, DODGE DART OU LANDAU É CONVERSINHA PRA BOI DORMIR, O MACACACO ENRROLA O RABO E SENTA EM CIMA PRA FALA QUE O DO OUTRO É MAIOR.. SEM UMA POLICIA ESPECIALIZADA E SEM A MODIFICAÇÃO NA LEI DA MAGISTRATURA ESSE PODER CORRUPTO E INCOMPETENTE CONTINUARA COM SEUS CRIME E SUAS SABOTAGENS E SEMPRE SAINDO DE SANTO, EM TODOS OS REGIMES E GOVERNOS O JUDICIARIO SEMPRE ESTEVE PRESENTE, ARTICULANDO E COMETENDO AS MAIORES ATROXIDADES CONTRA O POVO E NUNCA FOI RESPONSABILIZADO, ESCRAVIZARAM, ASSASSINARAM, TORTURARAM E ROUBARAM TUDO O QUE É NOSSO E A CULPA SEMPRE É DOS POLITICOS MAÇONS QUE ELES PROTEGEM COM UNHAS E DENTES, O MAÇOM É ASSIM BATE NAS COSTAS PARA ACHAR O MELHOR LUGAR PARA INFIAR A ADAGA...
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