Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Sérgio Alves de Oliveira
Com certa frequência o nome o General Hamilton Mourão vem à
baila como se tivesse o perfil do homem mais habilitado para comandar o Brasil , após os fracassados governos que se
instalaram a partir da “Nova República”, de 1985,numa degeneração progressiva
até chegar ao seu clímax, nos Governos
FHC, Lula, Dilma e Temer. Se os militares deixaram a desejar durante o
seu período ,na verdade eles foram muito
melhores, ou “menos piores” (se alguém assim preferir),que os seus diversos
sucessores.
O único grande problema de não “decolar” a candidatura
Mourão reside no fato de não integrar o
seu perfil a condição de “político”.
Também a sua profissão de “militar” espanta muita gente, já que 64 não
deixou tão boas lembranças assim, apesar de ter estancado a ameaça “vermelha” que na época batia às nossas portas . Mas há de se convir que
nesse período o Brasil teve enorme desenvolvimento, com gigantescas obras de infraestrutura, principalmente em
energia elétrica e na própria telefonia.
Tanto isso é verdade que ainda hoje as 5 (cinco) maiores usinas
hidrelétricas em operação no Brasil são dessa época (de 1964 a 1985). No que
tange à telefonia pública, os governos militares modernizaram o país e deixaram
a planta telefônica existente plenamente capacitada para receber as melhorias
tecnológicas que foram implementadas nas telecomunicações privatizadas.
Foi uma opção dos governos posteriores, mas que seria
desnecessária, em vista da maturidade tecnológica sobre telecomunicações que o Brasil mesmo já alcançara com seus
esforços. Os “gringos” pouco construíram
e muito usufruíram das telecomunicações deixadas. Mas aí os negócios passaram a
ser muito bons, “imperdíveis”, de
“mãos-beijadas”, para os investidores
estrangeiros , e a privataria decolou ao lado de muita corrupção.
A considerável “rejeição” ao nome do General Mourão, para
Presidente da República, apesar de partir também da sua (talvez mal-vista) condição de militar, porém em menor escala,
está principalmente no fato dele NÃO SER UM POLÍTICO CONVENCIONAL.
Bem analisada essa situação, impõe-se observar da absoluta
necessidade da maioria da população brasileira, justamente daquela maioria que
é decisiva nas eleições, e que elege os
representantes políticos da sociedade,
consultar urgentemente uma junta de PSICÓLOGOS SOCIAIS para que avaliem tamanha
discrepância e contradição. Por um lado na opinião pública a classe política hoje é equiparada ao
demônio. E não é sem razão. Basta acompanhar os
noticiários dos jornais diários que ocupam a maior parte das suas
páginas informando as falcatruas e trapalhadas dos políticos dos mais diversos
partidos.
Apesar disso, essa mesma população exige que só concorram a
cargos eletivos aqueles mesmos políticos
que ela abomina. Essa é a “democracia”
pervertida que se pratica. Qualquer um que não preencha essa condição
,inevitavelmente estará “fora”. Não terá qualquer chance de se eleger. É
“carta-fora-do-baralho”. Não se compara a postura desses eleitores antes e durante as eleições. Antes das
eleições são como “leões”, rugindo contra a classe política; no dia das eleições, comportam-se como um
rebanho de cordeirinhos indo diretamente às urnas para eleger o primeiro que lhe surge à frente.
Isso significa, portanto, que essa parcela majoritária do
eleitorado tem uma “dependência” tão grande dos seus políticos, que essa
“vinculação” supera até mesmo a dependência
que os viciados têm com suas drogas.
Quais os requisitos
que Bolsonaro preenche para
ser Presidente? Só sei que ele seria
“ficha-limpa”, segundo os padrões que estão usando, e é contra o PT. Fora daí
pouca coisa. Mas sem dúvida é a principal oposição ao PT, partido que tanto desgraçou
o Brasil, junto com seus “sócios” de Governo.
Provavelmente daí decorra o crescimento espantoso da sua candidatura. Mas ele não é oposição
aos “políticos”, simplesmente porque é
um deles. Seu estilo nada tem de
diferente dos outros políticos. É muito mais político que militar. Creio até que ele só utiliza a farda por
conveniência e demagogia. Mas se na urna eu tiver que escolher entre Lula, ou
outro qualquer do mesmo grupo ,ou
“laia”, é claro que opto pelo Bolsonaro.
Ele não é ruim. Mas não é o que Brasil precisa. Eu preferiria
mil vezes o General Mourão, que teria melhores condições, nem digo de governar,
mas de fazer a urgente a limpeza política que o Brasil necessita para retomar
uma legítima democracia. Mas ele teria
que ter necessariamente o apoio das Forças Armadas para fazer a limpeza que urge, após a sua eleição,
talvez invocando o comando do artigo 142
da Constituição, dando-lhe a
oportunidade que até hoje lhe foi negada.
Um comentário:
Porque não o gal Mourão como vice do Bolsonaro?
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