Artigo no Alerta
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Por Carlos
Henrique Abrão e Laércio Laurelli
O cancro da
corrupção - somado à falta de competência - tornou muitos países latino-americanos
ingovernáveis e permanentemente em estado de crise. O discurso do presidente
norte americano “primeiro eles e depois os demais nações do continente
americano” bem explicita que o desequilibrio das economias e assimetrias
comprovam a falta de profissionalização da democracia.
Ao chegarem no
poder os governos populares e demagogos de esquerda deram um falso ar de
melhoria, mas turbinaram números e quebraram as finanças públicas. É o preço amargo
e salgado que hoje ameaça toda combalida América Latina com forte oscilação da
moeda norte americana e a previsão no sentido de que a Argentina se socorrerá
do FMI.
O caos é visível
a olho nu com desigualdades sociais, invasões, falta de habitação e total
desplanejamento dos governos eleitos. Carecemos de uma democracia nitidamente
profissional e não de amadores. São muitos os candidatos à Presidência mas
muito poucos talhados para o exercício do cargo e retirar o Brasil do
divisionismo e das graves turbulências que poderão nos atingir dentro em breve.
As esquerdas
marrentas e que não enxergam seus malfeitos levaram milhões de cidadãos para o
exterior - somente em Portugal nos últimos cinco anos chegaram mais de cem mil
brasileiros para conseguir colocação profissional e moradia. É o reflexo de uma
situação caótica de violência, de nenhum serviço público,carestia do custo de
vida e de milhões de cidadãos desempregados.
A democracia
exige um status econômico que possibilite situação de vida digna,e não desumana
como nos grandes centros, com a exploração e milhares de moradores de rua. Como profissionalizar a democracia não é simples,
mas com metodologia e pessoas que conheçam os mais graves problemas e se
proponham a um olhar propositivo.Teremos mais quatro anos de dificuldades com
amplos poderes concentrados na consistente mobilização em torno dos novos
eleitos junto ao parlamento, cujo combate incessante à corrupção é fundamental
que prossiga.
O Brasil chega
dividido e com pessimismo às urnas cujo eleitor já não mais acredita nos
marqueteiros, nas promessas de campanha, e no amanhã colorido. Milhões de
brasileiros estão endividados, as empresas perdem liquidez, o derretimento do
mercado de capitais preocupante e a fuga de investidores palpável.
Teremos horizonte
no cenário atual ou desacreditamos por completo da maré baixa para surfarmos
nas expectativas de melhores governantes? Nossos dirigentes políticos exercem
seus cargos como cartolas do futebol querem ganhar e rapidamente aprimorar seus
ganhos com negociatas e falcatruas.
Enfim, sem uma
pressão da sociedade e identificação de uma cidadania antenada com rarefação da
ética e moralidade, nossos passos poderão ter fissuras à vista. A mudança deve
ser completa e radical para acreditarmos na reconstrução do Estado Democrático.
Carlos Henrique Abrão (ativa) e Laércio Laurelli (aposentado) são Desembargadores do
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Um comentário:
A atual Constituição está contra a democracia, contra o povo deste país.
Enquanto esta Constituição continuar prevalecendo, dificilmente poderá ser executado algo de verdadeiramente positivo neste Brasil.
Necessitamos de uma Intervenção Institucional.
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