O Conselho de Administração da estatal
de economia mista terá de escolher um “interino” que já entra na fogueira de São
João abastecida com combustível reajustado conforme preços do mercado
internacional. Um boato de matar qualquer investidor de rir falava no nome do
economista José Serra – um tucano que anda meio escondido com medo de denúncias
de corrupção.
Efeito imediato da saída de PP. As
negociações de ações da Petrobrás estão suspensas na Bolsa. Em plena
sexta-feira de ponto facultativo, a B3 foi forçada a acionar o “Circuit Braker”.
Mas o curto circuito pode acontecer nos negócios da empresa. Com Parente fora,
já se especula que a arbitragem bilionária movida pelo advogado Modesto
Carvalhosa, e que teve poderosa adesão dos fundos e poderosos investidores do
mercado, pode ficar ameaçada.
Também fica em dúvida sobre a persistência
da política de preços da Petrobras – da qual Parente se orgulhava de cumprir,
em meio ao eterno conflito de interesses entre o governo da União (controladora
da empresa) e a política de governança de mercado da petrolífera. Outra
tendência é que a política de “Privatização” da empresa em “fatias” sofra um
revés. A saída de PP é mais uma vitória da petelândia e demais bandidos
assemelhados que detonaram os cofres e a credibilidade da Petrobras.
Aliás, já passou da hora de a sociedade brasileira dar uma parada séria
para discutir o esgotamento do modelo Capimunista. Vamos seguir com o esquema
de 156 estatais ou vamos definir o que é mais racional fazer com Petrobrás, Eletrobrás
e outras Brás (algumas lucrativas e estratégicas, e muitas deficitárias e sem
necessidade de pertencer à União). A certeza é que o governo de um sistema
estatal criminoso não pode controlar empresas...
Saideira
A carta de saideira de Pedro Parente traz novidade alguma sobre o que
realmente lhe levou a pedir demissão – exceto no antepenúltimo parágrafo (em
negrito):
Quando Vossa Excelência me estendeu o
honroso convite para ser presidente da Petrobras, conversamos longamente sobre
a minha visão de como poderia trabalhar para recuperar a empresa, que passava
por graves dificuldades, sem aportes de capital do Tesouro, que na ocasião se
mencionava ser indispensável e da ordem de dezenas de bilhões de reais.
Vossa Excelência concordou
inteiramente com a minha visão e me concedeu a autonomia necessária para levar
a cabo tão difícil missão.
Durante o período em que fui presidente
da empresa, contei com o pleno apoio de seu Conselho. A trajetória da Petrobras
nesse período foi acompanhada de perto pela imprensa, pela opinião pública, e
por seus investidores e acionistas. Os resultados obtidos revelam o acerto do
conjunto das medidas que adotamos, que vão muito além da política de preços.
Faço um julgamento sereno de meu
desempenho, e me sinto autorizado a dizer que o que prometi, foi entregue,
graças ao trabalho abnegado de um time de executivos, gerentes e o apoio de uma
grande parte da força de trabalho da empresa, sempre, repito, com o decidido
apoio de seu Conselho.
A Petrobras é hoje uma empresa com
reputação recuperada, indicadores de segurança em linha com as melhores
empresas do setor, resultados financeiros muito positivos, como demonstrado
pelo último resultado divulgado, dívida em franca trajetória de redução e um
planejamento estratégico que tem se mostrado capaz de fazer a empresa investir
de forma responsável e duradoura, gerando empregos e riqueza para o nosso país.
E isso tudo sem qualquer aporte de capital do Tesouro Nacional, conforme nossa
conversa inicial. Me parece, assim, que as bases de uma trajetória virtuosa
para a Petrobras estão lançadas.
A greve dos caminhoneiros e suas
graves consequências para a vida do País desencadearam um intenso e por vezes
emocional debate sobre as origens dessa crise e colocaram a política de preços
da Petrobras sob intenso questionamento. Poucos conseguem enxergar que ela
reflete choques que alcançaram a economia global, com seus efeitos no País.
Movimentos na cotação do petróleo e do câmbio elevaram os preços dos derivados,
magnificaram as distorções de tributação no setor e levaram o governo a buscar
alternativas para a solução da greve, definindo-se pela concessão de subvenção
ao consumidor de diesel.
Tenho refletido muito sobre tudo o que
aconteceu. Está claro, Sr. Presidente, que novas discussões serão necessárias.
E, diante deste quadro fica claro que a e de contribuir para a construçãminha
permanência na presidencia da Petrobras deixou de ser positivao das
alternativas que o governo tem pela frente. Sempre procurei demonstrar, em
minha trajetória na vida pública que, acima de tudo, meu compromisso é com o
bem público. Não tenho qualquer apego a cargos ou posições e não serei um
empecilho para que essas alternativas sejam discutidas.
Sendo assim, por meio desta carta,
apresento meu pedido de demissão do cargo de Presidente da Petrobras, em
caráter irrevogável e irretratável. Coloco-me à disposição para fazer a
transição pelo período necessário para aquele que vier a me substituir.
Vossa Excelência tem sido impecável na visão de gestão
profissional da Petrobras. Permita-me, Sr. Presidente, registrar a minha
sugestão de que, para continuar com essa histórica contribuição para a empresa
— que foi nesse período gerida sem qualquer interferência política — Vossa
Excelência se apoie nas regras corporativas, que tanto foram aperfeiçoadas
nesses dois anos, e na contribuição do Conselho de Administração para a escolha
do novo presidente da Petrobras.
A poucos brasileiros foi dada a honra
de presidir a Petrobras. Tenho plena consciência disso e sou muito grato a que,
por um período de dois anos, essa honra única me tenha sido conferida por Vossa
Excelência.
Quero finalmente registrar o meu
agradecimento ao Conselho de Administração, meus colegas da Diretoria
Executiva, minha equipe de apoio direto, os demais gestores da empresa e toda
força de trabalho que fazem a Petrobras ser a grande empresa que é, orgulho de
todos os brasileiros.
Tradução básica: Parente já deixou um substituto
indicado para Temer. Se o Presidente vai acatar é com ele mesmo, Roberto Carlos
e as baleias azuis...
Aula básica de crise...
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!
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© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 1 de Junho de 2018.
Um comentário:
Movimentos na cotação do petróleo e do câmbio elevaram os preços dos derivados, magnificaram as distorções de tributação no setor" ,......, Ai está o X do problema.... Não é só o petroleo dolarizado... Os tributos e as margens da distribuição são também dolarizados... O gás era 10 na refinaria...40 na casa do consumidor... Agora é 18 na refinaria e 80 na casa do consumidor...62 é frete, margem do dsitribuidor e impostos...ou seja a cadeia inteira é dolarizada....sendo que o frete, a distribuiação e os impostos estão no Brasil, onde a moeda é REAL...O que justica um aumento de 100% nos impostos e nas margens da distribuição com inflação de 3% ao ano ???? É o grande achaque do estado ao consumidor...E com o diesel, gasolina e alcool é a mesma coisa.. um achaque na jugular...enquanto o dólar estava bonzinho estas distorções apareciam pouco, mas quando o dólar disparou e o petroleo junto criou-se o caos.. Mas uma perguntinha ao Parente : porque ele e o continuo de banqueiro Guardia não avisaram o seu amiguinho Temer da BOMBA ATOMICA que soltaram sem aviso previo ???? Isto mostra que ele sabia o que estava fazendo...e jogaram o Temer não em uma fogueira, mas na cratera de um vulção ativo....Temer que fique de olho no Guardia... o rapaz é de um primitivismo tosco em politica economica..
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