Artigo no Alerta
Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Henrique Abrão e Laércio
Laurelli
Felizmente ou
Infelizmente chegamos ao final de uma campanha política de um zero a esquerda a
qual não sabe o que significa a arte de governar. Os candidatos vocacionados
para o parlamento são, na sua maioria, uma lástima, pouco tempo e sem
experiência e com vários velhos coronéis não reeleitos,mas os pretendentes aos
cargos do executivo falam de forma abstrata em temas batidos e não querem
traduzir o que é melhor e essencial à população. Vamos detalhar mais e melhor.
A arte de
governar não é dar esmolas ou migalhas à população, muito menos retirar o nome do
devedor do cadastro negativo. O governante deve propiciar mudanças, transformações
e querer o bem estar da sociedade. O que pretendemos dizer é que a maioria dos
candidatos tencionam as consequências e não levam em conta a causa do fundamental.
Bons governos nos
asseguram sem respingar ótima qualidade de vida, com menor procura pela saúde, normalidade
do emprego, com baixa criminalidade e além disso o transporte sempre
funcionaria de forma exemplar. No entanto, o que é obrigação do governo se transforma
a cada quatro anos numa lamúria numa percepção que a população carente poderia
confiar em promessas e em verdadeiros projetos sem pé nem cabeça.
Estamos
involuindo há décadas, no aspecto econômico,social e sobretudo em atenção ao
alargamento da miséria e da falta de padrão de vida atingindo a classe média e
colocando as extremidades ricos e pobres em disputa. Os planos de saúde são
abusivos, a justiça é lenta, o atendimento médico demorado, o trânsito caótico,
os pedágios elevados e muito caros, além do que temos total ausência de
ferrovias no Brasil.
Esses pontos
essenciais e fundamentais não são resvalados pelos que intencionam os cargos de
direção, falam de forma genérica e não são confiáveis, teremos eleições de
falta de opções, pois que segundo a população destaca a forma de eleição de
cima para baixo não nos permite maiores elasticidades muito menos com 35
partidos políticos a quase totalidade chefiada por caciques há mais de 20 anos
que não largam o poder e se lançam candidatos para um horror político total e
irrestrito.
A arte de
governar é saber avaliar os maiores problemas,diagnosticar a razão pela qual
temos uma pobreza exponencial e preços salgados em todas as áreas. Nossa mão de
obra é cara e de pouca qualidade, não há concorrência, falta competição e o
consumidor final acaba pagando o preço. A cultura está abandonada, a arte
esquecida, livrarias de peso em estado de insolvência, editoras sem recursos
financeiros, enfim um cenário que vem sendo projetado por décadas mediante
maldade, malícia e falta sobre a visão da arte de governar.
O que acontece é
que sem um discernimento maior e melhor caímos nas mentiras e nos desgovernos
que nos aborrecem e nos sepultam de uma vez por todas. A população que pode
deixa o Brasil, já são mais de 5 milhões vivendo no exterior e a tendência é de
alta, se não formos capazes o suficiente para reduzir as distâncias sociais, criarmos empregos e
termos competição entre empresas e preços equilibrados livres da espiral
inflacionária.
Em tudo que se
cogita a arte de governar é mil vezes diferente do que ouvimos na propaganda
eleitoral obrigatória. Por isso somos não um pobre País, mas um País de pobres
governantes.
Carlos Henrique Abrão (ativa) e
Laércio Laurelli (aposentado) são Desembargadores do Tribunal de Justiça de São
Paulo.
Um comentário:
Ótimo texto!
A arte de governar é ter como objetivo desenvolver e enriquecer a população e o país, de modo a que o Brasil entre na senda nacional e internacional da prosperidade e do desenvolvimento.
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