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Por Sérgio Alves de Oliveira
Bolsonaro classificará melhor o
Brasil no ranking mundial da Idiocracia Política?
É lógico que estarão excluídos dessa avaliação,
tanto o Governo Jair Bolsonaro, quanto o Congresso Nacional, recém eleitos, e
que tomarão posse nos seus cargos em 1º
de janeiro de 2019. Só o tempo dirá se
haverá alguma novidade positiva no desempenho desses novos políticos e
administradores públicos, se comparados com a “tragédia” que marcou o
desempenho dos anteriores que, por esse
motivo, já estão em condições de serem
avaliados e julgados pelo que fizeram ,com certeza ,mais de “mal”, do
que de “bem”.
Mas tudo indica que estaria havendo uma promessa de rompimento com o passado político,
especialmente pelas declarações do novo
Presidente da República, logo após a sua
eleição. Vontade não lhe falta . Resta saber se terá condições e capacitação
para fazê-lo.
Mas teria o Presidente Bolsonaro e sua equipe
instrumentos para romper com a
estrutura política do passado ,construída por uma classe política oriunda da
pior escória da sociedade? A constituição e as leis que os “antigos” deixaram
escritas e os novos “herdaram”, não estariam constituindo verdadeiras barreiras
para efetivas mudanças para melhor?
Alguém poderia conceber a boa atuação
de um governo, preso a todas essas “amarras” do passado? Diminuir ou acabar com
a corrupção na política ,e combater a
criminalidade nas ruas, seria o suficiente para o novo governo ter um bom
desempenho? Será que não seria necessário afastar de uma só vez todos os empecilhos para um bom governo,
mesmo que por meio de medidas mais drásticas , como aquelas “excepcionalidades”
previstas no artigo 142 da Constituição?
Tornou-se célebre uma frase escrita
por Nelson Rodrigues: “a maior desgraça da democracia é que ela traz à tona a
força numérica dos idiotas que são a maioria da humanidade”.
Com essa frase, ele certamente estava se referindo à IDIOTOCRACIA
POLÍTICA PLENA de um país ,que fica
consolidada pela prática “democrática” de um determinado eleitorado, cuja maioria,
decisiva no futuro de qualquer país,
sempre é composta por “idiotas ”,
beneficiando espertalhões,
corruptos, oportunistas, e gente não muito “chegada” ao trabalho, que
se infiltram na política e dela fazem
uma profissão, não querendo mais sair.
E se um país é caracterizado, ou não,
pela idiotocracia política plena, pode ser desvendado pela simples presença de certos requisitos
que normalmente se fazem presentes
nessas situações.
E são 10 (dez) os principais passos
para caracterizar a IDIOTOCRACIA POLÍTICA PLENA. Ei-los: (1) Acabar com a
educação de boa qualidade; (2) Dar oportunidade a poucos;(3) Criar uma mídia
absolutamente inútil; (4) Garantir um sistema de saúde de péssima qualidade; (5) Cobrar altos impostos do povo;
(6) Tudo deve não funcionar direito na
área pública ; (7) Garantir a impunidade ;(8) Não investir em novas tecnologias
e incentivar somente a produção primária e commodities;(9) Empregar “mágicos”
no Governo; e (10)Promover o desemprego o máximo possível.
As respostas a esses quesitos é que
definirão se o respectivo país se
enquadra nessa categoria, ou seja, se nesse
povo a maioria “democrática” é de
idiotas políticos, ou não.
Em termos de “país”, portanto, a
idiotia só pode se manifestar claro
mediante as eleições gerais para o comando político central do país como
um todo, não em relação às políticas e
governos regionais, que já seria outra “história”. Por outro lado essa
realidade também tem o significado de
apontar que o regime da idiotocracia
pode se “alternar” no país, de tempos em tempos. Num certo período ela
pode ser “vitoriosa”; em outro “derrotada”. Portanto, a idiotocracia também
pode sofrer “alternância no poder”.
Tenho para mim que muitos indicativos
apontam na direção de que o Brasil esteve até agora mergulhado
profundamente no regime da idiotocracia
política plena. Sem exceção, todos os 10 passos que a definem ,como antes exposto , estiveram presentes no Brasil, pelo
menos nos últimos anos da chamada “redemocratização”, a partir do término do
Regime Militar, que durou de 1964 até
1985,passando,portanto pelos Governos Sarney, Collor/Itamar, FHC (2
mandatos),Lula (2 mandatos), Dilma (1,5 mandatos) e Temer (1/2 mandato).
Mas agora com as eleições de outubro
de 2018, parece que se abriu uma luzinha
lá no fim do túnel, indicando que o povo
teria acordado do pesadelo em que
viveu e pelo qual “optou”, desde
1985,mais acentuadamente ,de janeiro de 2003 em diante. Mas só o tempo dirá se
os novos governantes e políticos conseguirão
tirar, ou não, o Brasil do regime da idiotocracia política plena que vigorou
até agora. E certamente vai ser preciso
muita capacitação e coragem para fazê-lo.
Sérgio Alves de Oliveira é Advogado e Sociólogo.
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