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Por Sérgio Alves de Oliveira
Muitas críticas foram feitas nos
últimos dias contra o Presidente eleito Jair Bolsonaro, em relação aos convites
que fez, diretamente ou através de prepostos, para que certos nomes
integrassem o seu futuro Governo ,a
partir de 1º de janeiro.
Li com muita atenção uma delas, de
autoria do escritor e jornalista Helder Caldeira, que levou por título “
Bolsonaro e o risco da escolha de nomes ligados a Dilma Rousseff, ao PT e ao
MDB”, onde foram questionados pelo autor muitos nomes que integraram os
Governos do PT, inclusive a nível de Primeiro Escalão.
Apesar de concordar com o
articulista, num primeiro momento achei
que estaria havendo da parte dele um certo exagero. Mas não houve qualquer
exagero. Examinei melhor a questão. Para surpresa geral, efetivamente o
Presidente Bolsonaro está se entregando de corpo e alma à “quadrilha” do PT ,
que (des)governou o Brasil de 2013 a 2016, mutilando-o MORAL, POLÍTICA, ECONÔMICA
e SOCIALMENTE
Seria esse gesto “generoso” meramente
pagamento do preço pela “governabilidade”? Mas não estaria muito “alto” esse
preço que está sendo pago? Será que a “compra” dessa gente seria tão importante
assim? Os princípios morais e éticos prometidos como norte do Governo na campanha eleitoral, não seriam muito
superiores à esse tipo de “mercadoria”, ou à “compra” desse apoio?
Alguns convites não estão “fechando”
muito bem. Um deles, por exemplo, é aquele
feito a Joaquim Levy para
comandar o BNDES, o qual inclusive
integrou o Ministério da “defenestrada” Dilma Rousseff.
Mas as expectativas não estariam
sendo justamente direcionadas ao BNDES, onde
teria ocorrido o maior foco de corrupção da “era” PT , perto do qual,
todos os outros, somados, incluindo
o fantástico “rombo” na Petrobrás
,não teriam passado de “brinquedinho de
criança”?
Ora, é evidente que no mínimo dentro
do Primeiro Escalão de Governo , TODOS teriam que ser julgados culpados pela
gigantesca corrupção que ocorreu ininterruptamente durante os 13 anos de gestão
do PT .
Joaquim Levy foi um “deles”. Os
crimes de corrupção, envolvendo praticamente todas as áreas dos Governos do PT,
foram “sistêmicos”, gigantescos e
absolutamente ininterruptos. Alguns chegam a garantir que os roubos contra o
erário teriam ultrapassado o valor do PIB brasileiro, de cerca de R$ 6,5
trilhões.
Como poderia então, qualquer Ministro
alegar “inocência”, ou dizer que não
teria a mínima ideia das irregularidades que se passavam no Governo como um todo? Essa omissão não
seria equiparada à cumplicidade? O que Vossa Excelência tem a dizer sobre isso,
Senhor Joaquim Levy?
Portanto pode estar havendo “mil”
outras razões para esse convite. Mas não há que falar num motivo e num convite
LÓGICO, pautado pela honestidade política.
Como um dos integrantes de uma determinada “quadrilha”
teria a isenção necessária para
investigar e apontar irregularidades ou
crimes de outros integrantes da mesma “quadrilha”? Um membro da “quadrilha” investigando
a própria “quadrilha”? Não seria provável que uma investigação desse tipo, caso
realizada, acabasse “respingando” no investigador ? Como cultivar alguma esperança que esse cidadão
convidado não “abafe” tudo o que se
passou no BNDES, protegendo assim os seus antigos “parceiros”?
Apesar de tudo nunca torci tanto para
que estivesse errado. Se de fato Levy “botar-para-quebrar” no BNDES, na verdade
ele não precisaria ir muito longe para achar a “caixa preta”. Com o tempo de 1
ano que ele ficou à frente do Ministério
da Fazenda (Dilma-2015), a tal caixa preta deve estar dentro da sua própria
cabeça.
2 comentários:
Ótimo artigo!
De pleno acordo, doutor. Ora, não consigo entender como alguém que ficou exatamente no local do crime, tendo dele participado ou, sabedor do ocorrido, se omitido covardemente, possa ser colocado para administrar e investigar o covil. Ademais, é fácil perceber que Joaquim Levy é indivíduo apático, sem pulso. Aturou todas o desrespeito com que Dilma e os petralhas o trataram com aquela fleuma britânica irritante. Terá pulso para enfrentar a quadrilha petralha que se alojou dentro do BNDES e que já dá mostras do humor com o qual reagirão a qualquer investigação no banco, dando recados via imprensa que tudo lá sempre ocorreu dentro das normas bancárias, respeitadas as leis vigentes? Levy jamais poderia ser convocado para dirigir o BNDES já que no caso de uma CPI séria ou de uma investigação por parte do MPF, da CGU, seria convocado na condição de investigado. Tanta gente competente e de reputação ilibada disponível, e Paulo Guedes opta por Levy, o frouxo? Fala sério!
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