Artigo no
Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos
Henrique Abrão e Laércio Laurelli
A situação
desoladora pela qual passam diversas classes e categorias do funcionalismo
público ressoa mais visível na magistratura nacional, a qual há cinco anos não
tem reposição das perdas inflacionárias e obediência à cláusula pétrea da
irredutibilidade de vencimentos.
Recentemente
escreveu o presidente da suprema corte chilena que se não fosse a vida o bem
mais importante quando o estado deve prover tratamentos, melhor seria que
escrevessem na carta política que o primeiro aspecto seria o equilíbrio das finanças
de acordo com Sergio Munoz. Bem importante também a palavra do professor
Enrique Beltrán da Universidade do Chile para quem a falta de remuneração condizente
compromete a independência dos magistrados.
Diríamos
haver um total fosso entre as circunstâncias da Constituição federal e o abismo
da independência e autonomia, já que a crise fiscal fez com que todos pagassem
pelos pecados de alguns. O que acontecerá e já se nota é uma debandada geral de
juízes,promotores e demais ocupantes de cargos e funções públicas,já que
ninguém mais procurará o concurso se o futuro é sombrio e a aposentadoria de um
teto minguado.
É melhor
ser dono de cartório ou ter uma banca que recebe bastante ainda para atuar no
direito penal empresarial cuja clientela a cada dia sobeja. O judiciário
brasileiro aceitou seu grande desafio de combater a corrupção e melhorar a
atividade econômica com centenas de operações importantes, porém a continuidade
é crítica e a falta de bom senso dos dirigentes das cortes não nos deixam animados,
muitos magistrados, segundo o CNJ, começam, pelo volume de serviço, e roteiros
de eficiência, a apresentar sérios e graves problemas de saúde.
Acaso a
magistratura seja um empecilho ao desenvolvimento e crescimento e os
magistrados apenas os beneficiários de algumas migalhas,seria mais lógico pelo
custo benefício implantarmos robótica para as decisões com agilidade e
celeridade.
A cada ano que se passa a inflação corroendo os salários,os juízes
de hoje nem conseguem ter um plano de saúde e pipocam às centenas os que
estão endividados com empréstimos em cooperativas e bancos.
Doravante
não mais compensará a trilha da carreira de juiz, promotor, e do mesmo padrão, já
que a defasagem salarial é no mínimo de 50% se formos dar os valores reais da
inflação desde 2015 até o final de 2018.A inflação real superou 45% e isso
significa que estamos ganhando a metade do que recebíamos em 2015 o que é
lamentável e extremamente revelador da péssima conjuntura atual.
As demandas
aumentam, os recursos também,o novo código de processo civil privilegia a verba
honorária,mas os magistrados ficam em segundo plano. A merreca do auxílio
moradia se transformou no pano de fundo de todo o besteirol que a mídia
proclama, a soma pouco superior a mil
dólares, a qual sequer, numa cidade de médio porte permite que se pague o aluguel e condomínio.
dólares, a qual sequer, numa cidade de médio porte permite que se pague o aluguel e condomínio.
Eis o
triste retrato com o qual nos deparamos, os orçamentos em colapso, a classe
desmotivada e muitos jovens abandonando o barco já que é melhor arriscar a iniciativa
privada do que permanecer congelado no cargo público além do não conhecimento
as críticas maldosas da mídia que passam sem respostas pelos verdadeiros
representantes das entidades de classe. Ser juiz e feliz é antinomia.
Carlos Henrique Abrão (ativa) e Laércio Laurelli (aposentado) são Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Um comentário:
Pense em dois vagabundos da pior espécie? Pensou? Agora multiplique por 1000 e encontrará esses dois picaretas maçons que vivem escrevendo bostas nesse bloguezinho que serve à lavagem de dinheiro da Maçonaria. Laércio e Abraão, dois vadios desse judiciário corrupto brasileiro. Pronto, falei!
Postar um comentário