Membro do Comitê Executivo do
Movimento Avança Brasil
Objetivamente,
em função da escalação até agora do ministério de Jair Bolsonaro, são grandes
as chances de que as coisas mudem para melhor a partir do começo de 2018. Acontece
que o mesmo eleitorado que deu nas urnas o ultimato pelas mudanças também
elegeu parlamentares identificados com a vanguarda do atraso.
Aparentemente,
o Brasil segue em ritmo de pretérito do futuro. O retrocesso segue vivo e
resistente. O Presidente Bolsonaro será obrigado a negociar com um Congresso
Nacional que tem tudo para ter Renan Calheiros na presidência do Senado e
Rodrigo Maia comandando a Câmara dos Deputados. Por mais que Bolsonaro não
queira toma-lá-dá-cá, seu governo pode ficar refém dos agentes do “Mecanismo”.
A oposição
comemora que Bolsonaro terá uma base aliada instável e inconfiável no Congresso
Nacional. O governo só deve contar com o apoio de três dos 15 maiores partidos.
Não será fácil governar apenas com o apoio mais ostensivo do PSL, DEM e PTB. Em
números, o trio reúne 91 dos 513 deputados. Assim, será inevitável negociar (e
ceder) a um bloco de outros cinco partidos que admitem votar com o governo: MDB,
PSD, PRB, PSDB e Podemos. Juntos, somam 138 deputados.
Assim, a
base aliada de Bolsonaro pode começar com 229 votos. O problema é que mudanças
na Constituição dependem do voto de pelo menos 3/5 dos parlamentares (acima de
308 votos). Projetos de lei dependem de maioria simples. Desde a campanha, Bolsonaro
faz a aposta arriscada de que aprovará suas propostas a partir das articulações
com as frentes parlamentares temáticas. A oposição efetiva a Bolsonaro (PT,
PSB, PDT, Solidariedade e PSOL) conta com 139 deputados.
Resumindo, na hora que o jogo começar de verdade,
com o Congresso operando a pleno vapor a partir de fevereiro, será necessária
muita pressão da população que votou em Bolsonaro para que as reformas e
mudanças possam acontecer. Enfim, será osso...
Sem muita pressão popular, seguiremos no pretérito do futuro...
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!
O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente,
analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e
estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade
objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e
Assuntos Estratégicos.
A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 3 de Dezembro de 2018.
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