Membro do Comitê Executivo do
Movimento Avança Brasil
É um
consenso de que o PM na reserva e ex-assessor parlamentar Fabrício José Carlos
de Queiroz, que foi motorista do deputado estadual e futuro senador Flávio
Bolsonaro por 10 anos, tem a obrigação de prestar todos os esclarecimentos possíveis
sobre um estrategicamente vazado relatório do COAF que aponta 176 movimentações
bancárias suspeitas que atingiram R$ 1,2 milhão.
Até agora,
só estão evidentes as intenções por trás do vazamento do relatório do Conselho
de Controle de Atividades Financeiras – órgão hoje ni Ministério da Fazenda e
que vai para o Ministério da Justiça sob direção de Sérgio Moro. Primeiro,
desgastar o Presidente eleito e sua família. Segundo, tumultuar o processo de transição
de Governo.
No entanto,
ficou escancarado, mais uma vez, como funciona o rigor seletivo da máquina
estatal de espionagem, sempre que usada para assassinar reputações. Por que o
COAF que flagrou o motorista do Flávio Bolsonaro não enxergou tantas
movimentações financeiras bilionárias realizadas pelos notórios bandidos da
Lava Jato e outras falcatruas? Calma... Um dia a resposta vem...
Enquanto Queiroz
não se explica ao Ministério Público e ao respeitável público, o Alerta
Total se inspira no lamentável episódio para chamar a atenção para um
esquema sórdido, quase nunca comentado abertamente, sobre como rola muito
dinheiro nos gabinetes parlamentares pelo Brasil afora. Assessores de
vereadores, deputados estaduais e federais – e talvez até de senadores – são
vítimas ou coniventes com um esquema de extorsão que movimenta milhões de
reais.
Todos sabem
que assessores parlamentares ganham muito bem. O que nem todos sabem é que
muitos deles são obrigados a entregar, todo mês, metade ou uma boa parte do
salário aos parlamentares que os nomearam para cargos de confiança. Geralmente,
sacada à vista e em espécie na boca do caixa bancário nas câmaras e assembléias
legislativas, a grana acaba recolhida por algum laranja dos vereadores,
deputados (e talvez até dos senadores). O dinheiro arrecadado vai para um caixa
dois, do parlamentar, do gabinete ou do partido político.
A extorsão
ou seqüestro mensal de parte dos salários dos assessores é um vício enraizado
na gestão criminosa da política brasileira. É um crime de constrangimento
ilegal para formação de um caixa dois que precisa ser investigado com todo
rigor. O mais espantoso – quando o delito é tratado a boca pequena nos
bastidores parlamentares – é que os canalhas encontram “justificativa”
supostamente “legal” para o crime. Os políticos alegam que a verba das
contratações pertence ao gabinete, e que os cargos de confiança não fazem parte
da estrutura das casas legislativas...
Mais grave
e assustador: É raríssimo o gabinete de parlamentar que não pratique tal
falcatrua. Infelizmente, quem não comete tal crime acaba conivente e nem vem a
público informar que não manda “seqüestrar” os salários dos assessores. Esta é
uma das mais consagradas hipocrisias do (i)mundo da politicagem no Brasil.
Raras denúncias acabam providencialmente abafadas, quando ocorre alguma
condenação. Assim, o recolhimento ilegal de grana prospera, enriquecendo políticos
e reforçando o caixa ilegal dos partidos.
Tamanha
putaria deveria acabar na próxima legislatura. No entanto, nada custa lembrar
que tivemos uma renovação de apenas 52% na Câmara Federal e assembléias
legislativas. Portanto, é bastante provável que o crime de extorsão e
“seqüestro” dos salários de assessores continue ocorrendo de maneira oculta,
sacanamente licenciosa e silenciosa.
Despesas de
parlamentares, salários deles e dos assessores devem ganhar transparência
total. Precisam ser divulgadas publicamente, sem necessidade de se recorrer à
Lei de Informações Públicas. Os “aspones” também deveriam tomar vergonha na
cara e não aceitar o jogo de extorsão e seqüestro salarial.
Aliás, é
fundamental baixar o custo da política, reduzindo ao máximo o tamanho das
câmaras e assembléias, incluindo a quantidade de parlamentares e o valor pago
aos “políticos profissionais”...
Bem que o
susto resultante do caso Queiroz poderia servir para uma grande campanha de
saneamento do ambiente parlamentar...
Mas aí o
articulista acorda do sono mal dormido com pesadelo e confirma que mora em
Bruzundanga, onde os e$quema$ oculto$ no$ gabinete$ parlamentares fazem parte
da “rotina de normalidade” da política...
COAF,
na visão de Bolsonaro
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!
O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente,
analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e
estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade
objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e
Assuntos Estratégicos.
A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 9 de Dezembro de 2018.
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© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 9 de Dezembro de 2018.
2 comentários:
O relatório não vazou da COAF mas sim da Assembleia legislativa do Rio(possivelmente advogados dos deputados presos), que está sob investigação criminal.
Esse relatório foi entregue aos investigadores judiciais, que resultou na prisão de 10 deputados do Rio.
A Justiça Federal é quem pede relatórios à COAF, à Receita Federal e ao Banco Central.
Agora os eleitores que defendem os políticos eleitos com unhas e dentes, quer estes políticos estejam dentro ou à margem da lei, já desejam antecipar desculpas para possíveis futuras falcatruas de corrupção e lavagem de dinheiro.
Que não deve não teme.
Os eleitores não se preocupam com o debate que irá decorrer no Congresso sobre o fim do Foro Privilegiado, mas sim em afirmar a sua ignorância, dizendo que a COAF só produziu relatórios pra afetar a família Bolsonaro.
Muitas vezes eu penso e muitos também pensam que o eleitor brasileiro por ser submisso ao poderio político tem aquilo que merece - corrupção e violência espalhada pelo país e uma socioeconomia falida.
Prezado Jorge Serrão,
A inveja arraigada do povo brasileiro, uma doença que parece ser mistura de espirtualidade maligna com moldagem familiar e daí coletivamente social, deve ser a razão desse problema.
Eu poderia dizer facilmente... Isso acontece porque eles são maçons. Mesmo eu sendo católico, eu tenho que ser muito realista como Jesus ensinou. O brasileiro vende até a mãe para comprar um maldito smartphone para se aparecer. O brasileiro se corrompe tomando dinheiro público até de funcionário contratado temporariamente em ambiente público para ter mais dinheiro para se aparecer nos grupos sociais nos quais frequenta: igreja, maçonaria, escola, bairro, sem falar das inúteis mídias sociais que só são úteis quando usadas para informar, ensinar coisas construtivas.
Tirando alguns erros filosóficos, a maçonaria é muito queimada por esse comportamento do brasileiro: fazer o diabo para conquistar qualquer espaço mesmo que seja para exibir vitórias falsas.
Daí você (nós) vemos um monte de gente se agrupando para atacar a Igreja e para disputar jogo de aparências "lixo" às custas de furto da imagem, da moral de Deus e fazer disso tudo objeto de atração de pedágio... criminosamente rotulado como dízimo por essa gente.
Então o que citei no começo deste comentário mais uma salada de mentiras correndo como as cataratas do Iguaçu são os problemas da "roubalheira vital vitalícia" dessa gente que sem roubar não enriquece e não aparece. Daí o sistema é tão pesado para manter isso e quem o paga se sente no dever de roubar porque senão será sempre roubado, o que sou.
Atenciosamente,
Cristiano Arruda
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