Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por
Hilderberto Aleluia
Impressiona e é um espanto. A
velocidade e a forma como o jornalismo (aí leia-se como jornais impresso,
revistas e televisão) está se descaracterizando. Agredindo fatos e navegando
contra a realidade ele vai morrendo sem explicações aparentes. Muitas vezes
vale se perguntar onde querem chegar. Omissões, ideologia, ignorância, má
formação, má administração e má fé. Esses, alguns dos ingredientes que estão na
panela onde ferve e se desmancha o jornalismo atual. Não é só a internet que o
ameaça. Depois da internet seu maior algoz é o próprio jornalista. Salvo
destacadas e honrosas exceções.
Nesse burburinho a velha mídia se
perde e naufraga. Não é só no Brasil. É no mundo inteiro. Com peculiaridades,
diferenças e volumes. Mas no Brasil é especial. Nas últimas eleições um
candidato, solitário, sem partido, sem representatividade no Congresso Nacional,
sem acesso à velha mídia, sem dinheiro, sem linha direta com os chamados
formadores de opinião navegou pela internet captando o sentimento de uma larga
parcela do eleitorado. Esse sentimento não foi, se quer, captado pelos
institutos de pesquisas. Bolsonaro virou gênio. Engoliu a todos.
Toda a teia do jornalismo de TV, de
rádio e jornais, ignora, solenemente, o que a maioria da população pensa.
Acusado de racista, nazista, homofóbico, direitista, ditador, violento e
despreparado ele foi navegando. A velha mídia dava guarida a essas
argumentações e ainda buscava matérias extras para substanciar esses adjetivos.
Mesmo assim venceu. Venceu a mídia, venceu a esquerda, venceu o judiciário,
venceu os bancos, venceu o Congresso Nacional e o governo, venceu todo o
segmento de poder instalado no país nos últimos trinta anos.
E o que é pior: após a vitória a
velha mídia continua tratando o candidato eleito com um solene descrédito.
Bolsonaro forma um gabinete de
incontestável probidade e formação profissional. Nem assim é reconhecido por
eles. Bolsonaro arma um governo perfeitamente de acordo com o pensamento
daqueles que lhe votaram. Os jornalistas da velha mídia, em sua maioria
esmagadora só enxergam militares. Claro que há exceções. Muito poucas. Mas
essas exceções trabalham com mais independência em seus próprios blogs do que
nas páginas e vídeos da velha mídia. Logo após a eleição a velha mídia tratava
o Bolsonaro com deboche. Agora o trata com ironia e desdém.
Chega a ser cansativo. Como se
militar fosse um bicho que deveria viver enjaulado e fora do nosso contexto
politico e social. A velha mídia não sabe que o militar é um profissional
admirado pelo brasileiro. Respeitado e querido. E de formação exemplar. Eles
insistem em apontar o numero de militares no governo como se fosse uma ameaça.
Tentam acuar, aqui e ali, os interlocutores, com perguntas estapafúrdias e
análises estúpidas.
Os leitores não sabem: quem não gosta
de militar é a imensa corrente de jornalistas engajados na ideologia de
esquerda. E não gosta porque o militar, ao longo dos últimos cem anos, foi
sempre a barreira, a última barreira que se interpõe toda vez que a esquerda
totalitária quer dominar o país. Normalmente o Congresso Nacional se rende, o
judiciário se rende, as elites se aconchegam e se locupletam. Aí o povo, e
alguns outros, poucos, vão bater na porta dos quartéis. E o militar é sempre
quem salva a pátria e a liberdade. Os jornalistas não sabem. Não conhecem a
história, em sua maioria. Mas a nação sabe. O Jornalista não sabe nem que a
continência é também um ato de respeito e de admiração. Pensam que é apenas um
ato de submissão.
Assisti na Globonews, na semana de 19
a 24 de novembro de 2018, inúmeras vezes, repórteres e comentaristas se
referirem a “um assessor de segurança nacional” do governo dos Estados Unidos
que visitaria o presidente eleito no dia 25 de novembro. Por omissão,
inexperiência, por ignorância ou má fé, desconhecem que o Conselheiro de
Segurança Nacional do Presidente dos Estados Unidos é quem visitava o Presidente
eleito do Brasil. E que ele é um dos quatro mais importantes executivos do
governo americano, antecedido pelo próprio Presidente, pelo Secretário de
Estado e pelo Secretário De Defesa. Não creio que seja ignorância. Nem preguiça
de realizar pesquisa. Acho que é descrédito mesmo.
Essa mesma mídia, a velha mídia, é
aquela que permanece com olhos e ouvidos fechados a muita coisa que aconteceu
no Brasil desde a era FHC. Por interesses diversos, e cumplicidade, o leitor
ficará por muito tempo sem saber. Vem tomando conhecimento, aos poucos, pela
internet. A velha mídia morrerá antes que possa contar a verdadeira história do
Brasil dos últimos trinta anos.
Um comentário:
A muito não lia algo tão certo e esclatecedor. É por isso que não vejo TV e nem leio jornais a internet me supre e eu acredito mais. Claro, sabendo peneirar o joio do trigo.
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