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Pelo menos 25% dos entrevistados em uma recente pesquisa Ibope se
disseram “otimistas” com o Brasil. Em novembro, os “otimistas” eram 19%. Os
“deuses” do mercado seguem nesta mesma vibe, apostando que a economia
brasileira deverá crescer entre 2% e 3% no ano de 2020. Também otimista, o
governo Bolsonaro aposta na recuperação econômica para obter bons resultados na
eleição municipal de outubro/novembro.
O ministro-chefe da Secretaria de Governo de Bolsonaro, Luiz Eduardo
Ramos, também um otimista e flamenguista fez uma previsão muito além de 2020 ao
jornal Correio Braziliense: “A economia está dando sinais e, realmente, havendo
a melhora esperada, o presidente é favorito para 2022. Apesar de todas as
dificuldades e em que pese, às vezes, dizerem que ele é impopular, é um
candidato fortíssimo. Independentemente de polarização e de nomes de centro,
tem grandes chances de ser reeleito”.
O ano de 2020 começa amanhã, mas estamos muito longe para as especulações
sobre a eleição presidencial de outubro de 2022 – mesmo mês do vencimento da
renovação das principais emissoras da Rede Globo. Muitos analistas, pela
leitura de agora, prevêem a polarização entre Jair Bolsonaro e algum candidato
da esquerda (do PT ou do PC do B). Outros preferem apostar e acreditar na
possibilidade de que uma candidatura de centro se viabilize.
A sorte ou azar estão lançados... As apostas foram feitas... Petelândia e
esquerdopatas afins, bem como outros inimigos de Bolsonaro, vão torcer pelo
fracasso econômico. No entanto, a realidade pode produzir um resultado
diferente. A economia já apresenta sinais de melhora. A dúvida é se o
crescimento terá consistência para cobrir a gastança estatal e pagar as dívidas
persistentes. Politicamente, o que vale é a percepção de melhora sentida pelas
pessoas (ops, eleitores).
Vale a pena prestar atenção no que escreveu o economista Affonso Celso
Pastore, em recente artigo: “O Brasil ainda não está livre de um retorno da
dominância fiscal. Aprovamos uma reforma da Previdência e o governo tem um
diagnóstico correto, mas, se outras reformas não se seguirem, cairá por terra o
sonho da retomada do crescimento. Não tenho dúvidas de que a queda da
inclinação positiva da curva de juros deve muito menos ao que já foi atingido
na consolidação fiscal do que ao que se espera que ainda seja atingido. O que
gerou o aplainamento da curva de juros foi a expectativa de que a política
monetária conta, agora, com o suporte de uma âncora fiscal, entendida como um
conjunto de regras que impeçam o retorno da dominância fiscal. Sem esta âncora
fiscal, a curva de juros voltará a se inclinar, e o sonho de ter os
investimentos financiados por empréstimos de longo prazo a juros baixos irá por
água abaixo”.
Pastore acrescenta: “Não são necessárias apenas novas leis ou PECs. É
preciso que haja mecanismos institucionais que obriguem o seu cumprimento. O
cumprimento dessa condição não está nas mãos do Banco Central, e sim do
Congresso, do poder Judiciário e da sociedade civil”.
Agora, a vida parece bem mais amarga para um Supremo Tribunal Federal com
39% de reprovação e para um Congresso com 45% de avaliação ruim ou péssima –
segundo pesquisa Datafolha. Os errados terão de suportar a pressão – que
precisa aumentar, para a correção de rumos. Tudo vai dar certo? Eis a
questão...
Futurologia é muito legal... Mas vamos deixar para brincar disto em
2020... Feliz ano novo... Feliz década nova...
As coisas estão mudando... O sorteio da Mega Sena da Virada, que pagará R$ 300 milhoes, será nos estúdios da Rede Globo... Será este o sinal de uma nova boa relação com o governo Bolsonaro? Ou apenas uma bondade comercial da Caixa?
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Jorge Serrão é Editor-chefe do Alerta Total. Especialista em
Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos. A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é
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© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 31 de Dezembro de 2019.
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