Artigo no
Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Fábio Chazyn
Enquanto os técnicos dos vários
matizes vão ‘batendo cabeças’ na defesa de suas diferentes convicções e sobre
como contornar os obstáculos políticos para colocar as coisas nos eixos, os
cidadãos vão fazendo mais furos nas contas no banco, e nos cintos.
Quanto ao povo, vamos manter a
esperança que ele terá a paciência de aguardar mais um pouco antes da entrada
na ‘terra prometida’, mesmo que seja necessário produzir um ou outro ‘bezerro
de ouro’ p’ra entreter os mais aflitos.
Mas que não tenhamos ilusões.
Uma hora vamos ter de parar de adorar salvadores da Pátria e começar a adorar a
Pátria apesar deles. Parece que estamos no rumo certo. Mas ainda corremos o
risco de recaída se continuarmos esperando que o Bolsonaro vai resolver todos
os nossos problemas. Seria cometer os mesmos erros do passado. Seria
injustificável.
A eleição do Bolsonaro é uma
coisa, mas outra coisa é a escolha que ainda temos que fazer entre a facilidade
de viver tutelado e a dificuldade de construir uma Nação honrosa com as nossas
próprias mãos. Um dia vamos ter que escolher entre a vida fácil do “pão e
circo” e a difícil tarefa de construir uma Nação com a ajuda de cada cidadão.
O cidadão é a célula da Nação.
Exercer a cidadania exige que o cidadão respeite o seu próximo como a si
próprio, reconhecendo o seu valor. Exercer a cidadania é admitir que deixar um
cidadão apodrecer é o mesmo que não se importar com o apodrecimento da nossa
Nação e, daí, com o futuro dos nossos filhos.
O consumo faz girar a economia.
É o combustível da economia. A economia serve para desenvolver a sociedade,
oferecendo ao cidadão acesso ao consumo, que lhe propicia uma vida mais fácil e
mais longa.
Resgatar o cidadão implica
propiciar-lhe o desfrute das benesses que a sociedade de consumo nos oferece. O
conceito moderno de justiça social tem que levar em conta que todos têm o
direito de consumir qualidade de vida. É disso que temos de nos ocupar sem
demora e sem tergiversação. Tudo pelo Consumo Já!
Dizem que quem tem coração
grande sempre vê a ‘garrafa meio cheia’, então é hora de lembrar o velho sábio
que via na “nossa pobreza, a nossa maior riqueza”. De fato, a nossa pobreza é a
nossa grande oportunidade. Uma grande oportunidade de satisfazer uma grande
necessidade, com grandes repercussões.
É tudo grande por aqui. Temos
muito de tudo. Riqueza mineral, território, energia, água, florestas, belezas
naturais, clima incomparável e, principalmente uma grande população com grandes
necessidades.
Deus foi generoso com o
brasileiro, mas saciar as necessidades Ele deixou p’ra nós...
Com pouco mais de 200 milhões de
pessoas, dos quase 200 países do mundo somos o 6º país mais populoso. No
Brasil, a cada 5 brasileiros, 1 é trabalhador formal, 1 é aposentado e 3 são
desempregados se virando por aí. P’ra não entrar nos pontos ainda mais críticos
da educação, saúde e segurança, vamos ficar só com o desgosto de ver 30% das
famílias brasileiras sem renda nem para comprar uma geladeira, que é a base da
sociedade de consumo, e de constatar que metade dos que tem renda para comprar
uma geladeira estão sujos no SPC e, portanto, não têm crédito para continuar
consumindo.
Será que ainda não chegou a hora
de resgatar a população? Ou até que o último economista de plantão consiga
colocar tudinho nos trilhos, vamos ter que ficar adorando ‘o bezerro de ouro’?
Vamos ter que continuar ouvindo,
em plena recessão da economia, que temos que arrochar a demanda ainda mais,
cortando gastos com funcionários públicos e não chamando os velhos
desempregados de aposentados para evitar de ter de lhes dar algum dinheiro...
Está parecendo que vamos ter que
esticar a nossa paciência e a nossa capacidade de nos resignarmos. Os técnicos
já nos disseram que antes de nos preocuparmos com a população vamos ter que nos
ocupar do fantasma da inflação que ameaça o equilíbrio dos preços relativos e
que sem isso não seria possível crescer com estabilidade...
Na visão dos técnicos, antes
vamos ter que eliminar o déficit primário com corte na previdência social e
outros gastos públicos e com o fechamento e privatização de estatais, p’ra
depois equacionar a dívida pública e, antes de dar passos mais largos, vamos
ter que testar os efeitos dos aumentos e reduções de base monetária até a
política de juros conseguir ser instrumento de controle de demanda. Ufa!
Vamos torcer p’ra que tudo
caminhe bem, mas será que sem emprego, renda e consumo, o brasileiro vai
aguentar e sobreviver à tantas ‘batidas de cabeça’ na seara dos técnicos? Ou
seria melhor que quem puder contribuir para aliviar o sacrifício que se
manifeste? Quem sabe não é bom “já ir” atacando a cozinha até que o banquete
esteja na mesa, pois, na pior das hipóteses, já vamos saciando um pouco a fome,
e resgatando a qualidade de vida da nossa população mais marginalizada da
sociedade de consumo.
Por isso bolamos o “PVC -
Projeto Vale-Consumo”.
Quem quiser saber mais do PVC, é
só pedir pelo fchazyn@chazyn.com
Brasil
acima de tudo e que Deus nos ajude!
Fábio Chazyn é Empresário.
Um comentário:
Uma geladeira e uma máquina de lavar. https://www.estadao.com.br/noticias/geral,maquina-de-lavar-fez-mais-pela-mulher-do-que-pilula-diz-igreja,335773
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