Ensaio pré-carnavalesco
2a Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Membro do Comitê Executivo do
Movimento Avança Brasil
Não bastará
uma mera investigação da “Xerifa” do mercado de capitais no Brasil para
desvendar as jogadas de “informação privilegiada para manipulações financeiras”.
É preciso ir muito além da fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários
(CVM) para entender o providencial sobe-e-desce na cotação de ações da
Petrobras.
Seria um
trabalho para a esfera de Sérgio Moro, via Polícia Federal e COAF. As
negociações podem esconder outros crimes – que tornam a simples especulação
brincadeira de criança. Existem indícios de lavagem de dinheiro. Como se
explica o alto volume investido de fora para dentro na compra e venda de ações?
A CVM tem
mesmo de investigar como especuladores estão aproveitando a vitória eleitoral
de Jair Bolsonaro e, agora, o início de governo, para faturar com altas
circunstanciais na cotação das ações preferenciais da Petrobrás. É notória a troca
de posições de detentores de papéis. Muitos movimentos ocorrem, calculadamente,
com menos de 5% de participação. O negócio é driblar a lei que obriga a
divulgar uma movimentação maior, via comunicado ao mercado em “Fato Relevante”.
Há três
registros de “altas artificiais” com prováveis mudanças de troca de mãos de
papéis PTR4 entre grandes investidores institucionais. A primeira foi em maio,
durante a “greve” dos caminhoneiros até a derrubada de Pedro Parente. A
segunda, após o anuncio da vitória de Bolsonaro no segundo turno, na
segunda-feira, die 29 de novembro. A terceira foi ontem, quando a equipe
econômica assumiu as rédeas do poder.
Há uma
volúpia em torno da indefinição sobre a Cessão Onerosa da Petrobrás. A mesma
ganância se verifica nos movimentos estratégicos em torno da futura
privatização da Petrobras (via redução da participação acionária da União ou
pelo fatiamento, com a venda das subsidiárias da “estatal” de economia mista).
O problema
real é a movimentação de volumes fantásticos de determinado ativo, a partir de
informações de dentro da empresa, da área econômica do governo ou da mentira
produzida pelos delinqüentes de mercado, com reprodução instantânea na mídia
tradicional ou nas redes sociais. Parece um jogo no cassino do Al Capone. Os espertalhões
estrategistas faturam alto. Os “minorotários” tomam na bolsa...
Eis o
amargo cinismo do rentismo no Brasil. O negócio é especular, ganhar dinheiro
fácil e rápido, a qualquer custo, inclusive criminosamente. Atentos analistas
de mercado observam que, desde 2 de janeiro, a Bolsa (B3) tem negociado R$ 15
bilhões por dia. Só a Petrobrás tem movimentado, em média, R$ 2 bilhões
diários. Perguntinha básica: Tal movimento de entra e sal tem sido monitorado,
devidamente, pela CVM?
Aliás, a
CVM deve explicações aos investidores sobre os prejuízos bilionários causados
pela má gestão (temerária, criminosa ou incompetente) de executivos e membros
dos conselhos de Administração e Fiscal da Petrobras, nos tempos terríveis em
que Lula e Dilma presidiram o Brasil.
O
Presidente Jair Bolsonaro e seu Super-Ministro-da-Economia Paulo Guedes bem que
podiam agendar uma conversa oficial, no Palácio do Planalto, com o presidente
da CVM, Marcelo Barbosa. É fundamental que Bolsonaro tome conhecimento dos
problemas e crimes denunciados por investidores minoritários (ou, melhor
dizendo, minorotários).
Mourão do BB
É muito sórdida
a exploração midiática que se faz da promoção de carreira recebida por Antônio
Hamilton Rossel Mourão no Banco do Brasil.
O filho do Vice
Presidente da República é funcionário de carreira, há 18 anos, no BB.
O fato de só
agora ter ingressado no PAET (Programa de Alternativas para Executivos em
Transição) não se deve a um “pistolão” do pai.
O Mourão do
BB, que atua na área de agronegócio, não teve chances antes simplesmente porque
os melhores cargos da instituição estavam ocupados por velhos esquemas de
aparelhamento político.
Cabe apenas
ao Presidente do BB, Rubem Novaes, justificar por que o filho do Mourão fez jus
a um aumento salarial de R$ 12 mil para R$ 36 mil reais.
O Mourão do
BB não pode acabar sacaneado só por causa do parentesco com o Mourão do
Jaburu...
Nota oficial do Banco do Brasil
O BB soltou, no final da tarde, o seguinte comunicado oficial:
O Banco do Brasil informa que Antônio Hamilton Rossell Mourão foi nomeado
ontem, 7, para o cargo de assessor especial da Presidência. O cargo é de livre
provimento da Presidência do BB e a nomeação atende aos critérios previstos em
normas internas e no estatuto do Banco.
Antônio Hamilton é funcionário do BB há 18 anos e trabalhava há 11 anos
como assessor na Diretoria de Agronegócios. Ele é formado em Administração de
Empresas e possui pós-graduações em Agronegócios e em Desenvolvimento
Sustentável.
A respeito, o presidente do BB, Rubem Novaes, afirmou que o funcionário
Antônio Hamilton possui excelente formação e capacidade técnica. "Antônio
é de minha absoluta confiança e foi escolhido para minha assessoria, e nela
continuará, em função de sua competência. O que é de se estranhar é que não
tenha, no passado, alcançado postos mais destacados no Banco", disse
Novaes.
Confira a 1ª Edição de hoje: Quem fatura
manipulando ações da Petrobras?
Releia a 2ª Edição de ontem: Temporada de
caça aos Imbecis
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!
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© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 8 de Janeiro de 2019.
3 comentários:
LOGO COM UM GOVERNADOR COMUNISTA-PT ACONTECENDO ISSO NO CEARÁ?
Muito estranho!
Quem sabe forçando a barra para ver se soltam Lula que "ele dará o jeito nisso" e não duvidaria dessa estrategia e essa besta solta, nesse tempo, voltaria contra o governo Bolsonaro-povo, como procedia anteriormente...
Tem de se enfrentar como puder, calar as esquerdas e prender e, se as esquerdas partirem para o confronto, Bolsonaro topar a parada!
Ou, quem sabe, o agitador e revolucionario George Soros noutro front, especialista de conflitar, tumultuar povos, açulando as esquerdas daqui?
Garantido é que os comunistas são treteiros, peçonhentos e mestres na obra de enganar de seus reais propósitos, ALÉM DE DOUTORES EM ACUSAREM OS OUTROS DO QUE FAZEM DE TRAMÓIAS...
Parabéns, Jorge Serrão! Vc apenas mostrou o pouco conhecimento que tem do mercado financeiro, da função e da atuação da CVM e de quebra do qué é e como funciona a lavagem de dinheiro.
Fraca a matéria...
Há um potencial novo articulista para fazer justiça à importância do mercado financeiro e esclarecer sobre a lavagem de dinheiro?
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