Artigo no Alerta
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Por Carlos Henrique Abrão e Laércio
Laurelli
O Brasil ao longo
de várias décadas vem sendo vítima de inimagináveis catástrofes humanas,as
quais somente indicam o resultado nefasto da corrupção, da falta de competência
e sobretudo da despreocupação do administrador público com o bem comum.
Não há manutenção
ou preservação da coisa pública, desde museus, prédios históricos, tombados, até
pontes e viadutos o que culmina com o desabamento e risco à população, sem
falar nos incontáveis mortos da tragédia recente em Brumadinho.
Ao contrário de
Nações ricas, desenvolvidas, e cheias de vigor do homem público que sofrem
catástrofes naturais, o Brasil de seu turno apenas humanas. A roubalheira foi
tanta que somada à crise econômica dilacerou as finanças dos estados e de
milhares de municípios.
Eis o grito de
socorro que o Governo Federal não quer ouvir, o nosso modelo federalismo está
falido tudo se concentra nas mãos da União. E o pobre brasileiro que mais paga
impostos, em janeiro para o Estado (IPVA) em fevereiro prefeitura (IPTU) em
março (imposto de renda) depois os seguros do carro, da casa e tarifas e taxas,
etc.
Um Brasil que em pleno século XXI ainda trata
de doenças endêmicas e epidêmicas, como dengue e outras do genêro, mostra a
pobreza do administrador público e o descaso com os interesses da coletividade.
Enquanto não se orientar nosso governante pela absoluta neutralidade e
interesse da camada social menos favorecida continuaremos a sair no exterior
como o País das catástrofes, das tragédias, e todos os anos são assim, aliás
até pior já que não temos investimentos, as contas públicas não fecham e agora
querem nossos gestores públicos reduzir a jornada de trabalho para reduzir
salários dos servidores os grandes vilões de toda a história que começou há
mais dez anos atrás.
Foram pilhados
trilhões dos cofres públicos, nossos administradores viajam,passeiam no
exterior, nossos parlamentares não tem restrição de verba e culpam a magistratura
e tanto assim que já se cogita uma CPI nos tribunais superiores, mas para aonde
chegaremos poucos sabem. O túnel não tem luz no seu final e a barbárie
civilizatória nos impede de evoluir, crescer e desenvolver.
Enfim, enquanto
nosso homem público não tiver consciência que governar significa atender às
necessidades da população, veremos novamente Brumadinho, alagamentos, incêndios,
hospitais sucateados, e centros de pesquisas paralisados, um triste retrato do
que sobrou de nossa herança maldita deixada por aqueles que corrompem, corromperam
e corromperão a história de toda uma Nação.
Não é sem razão
que alguns países adotam prisão perpétua e até pena de morte para o hediondo
crime de corrupção tanto na esfera pública, mas também privada.
Carlos Henrique Abrão (ativa) e
Laércio Laurelli (aposentado) são Desembargadores do Tribunal de Justiça de São
Paulo. Autores de vários livros jurídicos.
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